Qual o impacto da pesquisa com Morus nigra? – Um estudo cienciométrico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12838Palavras-chave:
Amora preta; Gênero Morus; Tendências em pesquisa.Resumo
A amoreira (Morus spp.) é uma árvore perene que pertence à família Moraceae. O gênero Morus possui inúmeras espécies descritas, incluindo Morus nigra, uma planta importante na agricultura e nas culturas tradicionais. O objetivo deste estudo foi realizar uma investigação cienciométrica sobre a espécie M. nigra. Os dados bibliográficos foram obtidos na base de dados Web of Science considerando dois períodos de tempo. Essas análises mostraram que as pesquisas envolvendo M. nigra estão concentradas nas áreas de nutrição, farmacologia e ciências agronômicas. Os países do Leste e o Brasil são os maiores produtores de conhecimento sobre M. nigra. As pesquisas mostraram diferentes interesses nas últimas décadas, mostrando que o conhecimento científico produzido sobre a espécie está associado ao propósito para o qual a planta foi utilizada ao longo da história. Há uma tendência crescente de publicações com foco no potencial antioxidante dos produtos de M. nigra. Os artigos tiveram um fator de impacto maior no passado, porém, uma tendência de crescimento significativo das pesquisas com M. nigra nos últimos três anos, sugerida também pelo aumento do número de publicações no período. Compreender os padrões de publicação ajuda a orientar pesquisas futuras, bem como compreender o panorama atual de pesquisas associadas às espécies.
Referências
Aljane, F., &Sdiri, N. (2016). Morphological, phytochemical and antioxidant caharacteristics of white (Morus alba L.), red (Morus rubra L.) and rlack (Morus nigra L.) mulberry fruits grown in arid regions of Tunisia. Journal of new sciences Agriculture and Biotechnology, 35(351), 1940–1947.
Almeida, J. R. G. S., Souza, G. R., Araujo, E. C. C., Silva, F. S., Lima, J. T., Ribeiro, L. A. A., & Santos, M. R. V. (2012). Medicinal Plants and Natural Compounds from the Genus Morus (Moraceae) with Hypoglycemic Activity: A Review. In: Sureka Chackrewarthy. (Org.). Glucose Tolerance. (1st.ed.) Rijeka - Croatia: InTech - Open Access Publisher, 1, 189-206.
Antunes, L. E. C. (2002). A cultura da amora-preta: EPAMIG, 28 p.
Antunes, L. E. C., Pereira, I. dos S., PicolottoI, L., Vignolo, G. K., & Gonçalves, M. A. (2014). Produção de amoreira-preta no Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, 36(1), 100-111: 10.1590/0100-2945-450/13
Bassols, M. C., & Moore, J. N. (1981). ‘Ébano’ primeira cultivar de amoreira-preta sem espinhos lançada no Brasil: EMBRAPA UEPAE de Cascata. 16p.
Capecka, E., Mareczek, A., & Leja, M. (2005). Antioxidant activity of fresh and dry herbs of some Lamiaceae species. Food Chemistry, 93, 223-226: 10.1016/j.foodchem.2004.09.020
Carneiro, F. M. C., Nabout, J. C., & Bini, L. M. (2008) Trends in the scientific literature on phytoplankton. Liminology, 9: 153-158: 10.1007/s10201-008-0242-8
Carvalho, P., Diniz-Filho, J. A. F., & Bini, L. M. (2005) The impacto f Felsentein’s “Phylogenies and the comparative method” on evolutionary biology. Scientometrics, 62: 53-66.
Chen, H. et al. (2016). Anti-inflammatory and antinociceptive properties of flavonoids from the fruits of black mulberry (Morus nigra L). PLoS ONE, 11(4), 1–14: 10.1371/journal.pone.0153080
Clark J. R. (2006). Encontro de Pequenas Frutas Nativas do Mercosul, 2.Palestras. P.11-16. (Embrapa Clima Temperado. Documentos, 171).
Lúcio, K. P., et al. (2018) Anti-Inflammatory and Antioxidant Properties of Black Mulberry (Morus nigra L.) in a Model of LPS-Induced Sepsis. Oxidative Medicine and Cellular Longevity, 1–13: 10.1155/2018/5048031
Ercisli, S., & Orhan, E. (2007). Chemical composition of white (Morus alba), red (Morus rubra) and black (Morus nigra) mulberry fruits. Food Chem., 103(4), 1380- 1384: 10.1016/j.foodchem.2006.10.054
Gundogdu, M., Muradoglu, F., Gazioglu-Sensoy, R. I., & Yilmaz, H. (2011). Determination of fruit chemical properties of Morus nigra L., Morus alba L. and Morus rubra L. by HPLC. Scientia Horticulture, 132, 37-41: 10.1016/j.scienta.2011.09.035
Hammer, Ø, Harper, D. A. T., & Ryan, P. D. (2001). Past: Paleontological Statistics Software Package for Education and Data Analysis. Palaeontologia Electronica, 4(1), 1-9.
Hu, X. et al. (2018). Isoprenylated phenolic compounds with tyrosinase inhibition from Morus nigra. Journal of Asian Natural Products Research, 20(5), 488–493: 10.1080/10286020.2017.1350653
Kawvised, S., Wattanathorn, J., & Thukham-Mee, W. (2017). Neuroprotective and Cognitive-Enhancing Effects of Microencapsulation of Mulberry Fruit Extract in Animal Model of Menopausal Women with Metabolic Syndrome. Oxidative Medicine and Cellular Longevity, 1–13: 10.1155/2017/2962316
Kawanishi, S., Hiraku, Y., Murata, M., & Oikawa S. (2002). The role of metals in site-specific DNA damage with reference to carcinogenesis. Free Radic Biol Med, 32:822–32: 10.1016/S0891-5849(02)00779-7
Kumar, V. R., & Chauhan, S. (2008). Mulberry: Life enhancer. Journal of Medicinal Plants Research, 2(10), 271-278.
Kumar, A., Chauhan, P. K., Bhardwaj, V. S., Kumar, R., & Tyagi, A. (2011). In vitro antioxidant and phytochemical investigations of ethanolic extracts of Viola serpens and Morus nigra. J. Chem. Pharm. Res, 3(4):166-71.
Laguerre, M., Lecomte, J., & Villeneuve, P. (2007) Evaluation of the ability of antioxidants to counteract lipid oxidation: Existing methods, new trends and challenges. Review. Progress in Lipid Research, 46, 244-282: 10.1016/j.plipres.2007.05.002
Lim, S. H., & Choi, C. I. (2019). Pharmacological properties of Morus nigra L. (Black Mulberry) as a promising nutraceutical resource. Nutrients, 11(2), 1–18. 10.3390/nu11020437
Lorenzi, H., Bacher, L., & Lacerda, M. S. S. (2006). Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura). Instituto Plantarum.
Miljkovick, V., et al. (2015). Morus species through centuries in pharmacy and as food. Savremenetehnologije, 3(2), 111–115.
Morgan R. (1982). Enciclopédia das ervas e Plantas Medicinais: Hemus editora. 555 p.
Nabout, J. C., et al. (2012). Trends and biases in global climate change literature. Natureza & Conservação, 10: 45-51. 10.4322/natcon.2012.008
Oliveira, T. N. F. L., et al. (20189). Morus nigra L.: revisão sistematizada das propriedades botânicas, fitoquímicas e farmacológicas. Archives of Health Investigation, 7(10), 450–454. 10.21270/archi.v7i10.3023
Özgen, M., Serçe, S., & Kaya, C. (2009). Phytochemical and antioxidant properties of anthocyanin-rich Morus nigra and Morus rubra fruits. Sci. Hortic., 119(3), 275-279. 10.1016/j.scienta.2008.08.007
Padilha, M. M., Vilela, F. C., da Silva, M. J., Santos, M. H., Alves-da-Silva, G., & Giusti-Paiva, A. (2009). Antinociceptive effect of the extract of Morus nigra leaves in mice. J. Med. Food, 12(6):1381-85. 10.1089/jmf.2009.0012
Park, E., Lee, S. M., Lee, J. E., & Kim, J. H. (2013). Anti-inflammatory activity of mulberry leaf extract through inhibition of NF-kB. Journal of Functional Foods, 5, 178- 186. 10.1016/j.jff.2012.10.002
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia de pesquisa científica. UFSM. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Podsekek, A. (2007). Natural antioxidants and antioxidant capacity of Brassica vegetables: A review. LWT-Food Sci. Technol, 40, 1-11. 10.1016/j.lwt.2005.07.023
Ribeiro, A. E. A. S., et al. (2019). Inhibitory effects of Morus nigra L. (Moraceae) against local paw edema and mechanical hypernociception induced by Bothrops jararacussu snake venom in mice. Biomedicine and Pharmacotherapy, 111, 1046–1056. 10.1016/j.biopha.2019.01.011
Tutin, et al. (1996).Morus L. In Flora Europa. Psilotaceae to Platanaceae. Cambrigde University Press.
Volpato, G. T., Calderon, I. M. P., Sinzato, S., Camposa, K. E., Rudge, M. V. C., & Damasceno, D. C. (2011). Effect of Morus nigra aqueous extract treatment on the maternal–fetal outcome,oxidative stress status and lipid profile of streptozotocin-induced diabetic rats. Journal of Ethnopharmacology 138, 691– 696. 10.1016/j.jep.2011.09.044
Wu, C. H., Chen, S. C., Ou, T. T., Chyau, C. C., Chang, Y. C., & Wang, C. J. (2013). Mulberry leaf polyphenol extracts reduced hepatic lipid accumulation involving regulation of adenosine monophosphate activated protein kinase and lipogenic enzymes. Journal of Functional Foods, 5, 1620-1632. 10.1016/j.jff.2013.07.004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Mêriane Lourdes de Paiva Brandão; Camila Aline Romano; Andressa Tuane Santana Paz; José Realino de Paula

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.