Assédio sexual sofrido por profissionais de enfermagem nas instituições de saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17582Palavras-chave:
Enfermagem; Assédio Sexual; Violência no trabalho.Resumo
Objetivo: identificar nas publicações científicas as características e desfechos do assédio sexual sofrido por profissionais de enfermagem nas instituições de saúde. Método: Revisão integrativa, realizada no mês de junho de 2021. A princípio, foram identificados nas bases de dados 112 publicações. Após aplicar os critérios de inclusão foram encontrando 23 artigos, que foram lidos na íntegra. Aplicados os critérios de exclusão, obtendo após análise criteriosa uma amostra de nove artigos. Resultados: As vítimas mais frequentes, foram as mulheres jovens, solteiras, e com pouco tempo de atuação. Entre os apontados como perpetradores de assédio sexual, a maioria era homem, paciente e/ou familiar, médico, outro enfermeiro, e os profissionais que exerciam cargos de chefia. Entre os obstáculos para não denunciar estão, os sentimentos de vergonha e constrangimento, desacreditar que haveria sanções aos assediadores, e as dificuldades em realizar as denúncias. Os enfermeiros apresentaram elevados níveis de estresse, expressaram tristeza, e tiveram lembranças perturbadoras sobre o momento do assédio. Conclusões: Diante do exposto faz necessário o encorajamento dos profissionais e o treinamento destes para conseguirem identificar essas situações, e agir corretamente denunciando. Além disso, se faz necessário não normalizar as situações difíceis que muitas vezes os profissionais deixam passar em função do trabalho.
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