Análise de modos de pensar o conceito de Substância Mobilizadas por professores de Ciências
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18002Palavras-chave:
Perfil conceitual; Substância; Professores; Ensino de Ciências.Resumo
Este artigo teve por objetivo analisar modos de pensar do conceito de substância mobilizadas na fala de dois professores de Ciências do 9º ano do Ensino Fundamental de duas escolas da rede pública de São Raimundo Nonato-PI. Para tanto, nos guiamos na teoria dos perfis conceituais que discutem acerca da pluralidade de significados que um determinado conceito científico pode apresentar, mais especificamente o conceito de substância, uma vez que seu entendimento é muito importante para a aprendizagem dos estudantes e na compreensão de outros conceitos químicos. Essa pesquisa foi realizada em duas etapas, na primeira etapa foi aplicado um questionário para traçar o perfil profissional dos docentes e mapear as principais concepções empregadas para o conceito em tela. A segunda etapa correspondeu à observação de três aulas sobre o conceito de substância e suas aplicações ministradas pelos os sujeitos em investigação, que foram registradas com o auxílio de equipamentos audiovisuais. Assim, os resultados apontaram uma polissemia de conceitos sobre substância, emergindo nas falas dos dois professores investigados e, assim, constatamos que eles utilizam em suas respostas várias formas de pensar esse conceito, seja uma linguagem mais formal, a científica, ou uma maneira de pensar mais simples, a linguagem cotidiana. Com isso, percebemos que nem sempre na escola são empregados conceitos aceitos cientificamente para se apresentar aos alunos um determinado termo científico, como é o caso de substância química, mas vale ressaltar que toda forma de pensamento deve ser considerada, porquanto contribuem para a construção de novas formas de significados.
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