Mudanças de incidência e classificações clínicas da sífilis em gestantes pela pandemia do COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27433Palavras-chave:
Sífilis; Incidência; Gestantes.Resumo
O presente estudo teve como objetivo o levantamento e análise de dados estatísticos referente aos casos de Sífilis em gestantes, assim como as mudanças de classificações clínicas no período anterior e durante a pandemia no Brasil. Para a construção do artigo, realizou-se um estudo ecológico de série temporal, utilizando dados sobre a incidência e mudanças clínicas da sífilis em gestantes, alinhadas à unidade geográfica regional a que pertenciam, no período de 2018 a 2021. Segundo os dados obtidos, vemos uma grande queda entre os anos de 2020 a 2021 nos casos de sífilis em gestantes, queda de 51.42%, sendo possivelmente devido à priorização das emergências e à redução do risco de transmissão do SARS-CoV-2 nos serviços de saúde, isolamento social, subnotificações e agudização de iniquidades sociais durante a pandemia, redução na taxa de natalidade, redução da socialização por isolamento durante pandemia. Essa descoberta acarreta diversas complicações futuras tanto para as pacientes quanto aos prestadores de serviços de saúde, que eventualmente trará mais custos para o sistema, pois se houvesse uma descoberta precoce dessa doença, poderia realizar-se um tratamento menos invasivo, doloroso e com maior chance de cura. É necessário a intensificação de alerta para os cidadãos para não negligenciar sua saúde em meio ao medo implantado na pandemia, para assim ser possível identificar, tratar e consequentemente impedir que novas vidas sejam ceifadas na população brasileira.
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