Sarampo e Rubéola: suscetibilidade em adolescentes, adultos jovens em Belém e Ananindeua, Pará, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32062

Palavras-chave:

Sarampo; Rubéola; Epidemiologia.

Resumo

Sarampo e Rubéola são doenças infecciosas virais exantemáticas, contagiosas, transmitidas pelas vias respiratórias, quadros clínicos similares podendo evoluir com graves complicações. Não existe tratamento específico até o momento, ambas são de distribuição universal, a prevenção é por meio da vacinação. Objetivo: avaliar o estado imunitário em população entre 15 a 39 anos quanto ao sarampo e rubéola, identificando suscetíveis entre 2016 a 2018 nos municípios de Belém e Ananindeua, Pará, Brasil. A detecção de anticorpos IgG humanos no soro sanguíneo foram realizados pelo método de ELISA. Considerados suscetíveis indivíduos com títulos não reativos e inconclusivos. Em Belém participaram 1109 residentes, as faixas etárias suscetíveis ao sarampo foram 15 a 19 anos (22,4%); 20 a 29 anos (16,2%) e de 30 a 39 anos (8,8%) quanto à rubéola foram detectados suscetíveis na faixa etária de 15 a 19 anos; 20 a 29 anos com 11,3% e 6,6% respectivamente. Ananindeua obteu-se 1111 participantes, as faixas etárias 15-19; 20-29; 30 a 39 anos foram vulneráveis para o vírus do sarampo, apresentando suscetibilidade de 21%, 17,7% e 9,5% respectivamente, para a rubéola a faixa etária de 15 a 29 anos estava suscetível. Existindo risco de surtos de sarampo e rubéola nos municípios estudados, apontando a necessidade do fortalecimento nas estratégias de vacinação, monitoramento das fronteiras, pois a imigração de estrangeiros não vacinados contribuiu para a ocorrência de surtos de sarampo no Brasil nos últimos cinco anos, ocasionando a perda da certificação da eliminação do sarampo, e ameaça de reintrodução do vírus da rubéola ao Brasil.

Biografia do Autor

Dorotéa Lobato da Silva, Instituto Evandro Chagas

Possui graduação em Biomedicina pela Universidade Federal do Pará (1989), mestrado em Ciências Biológicas, área de concentração Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Pará (1999) e doutorado em Patologia Tropical - Núcleo de Medicina tropical da UFPA (2015)

Renato Lopes Fernandes de Medeiros, Instituto Evandro Chagas

Possui graduação em Biomedicina pela Universidade Federal do Pará (2000) e mestrado em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários pela Universidade Federal do Pará (2004). Atualmente é Pesquisador colaborador do Instituto Evandro Chagas. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Médica e diagnóstico laboratorial, atuando principalmente nos seguintes temas: Viroses Congênitas e Exantemáticas (Citomegalovírus, Rubéola e Sarampo). Professor universitário de microbiologia, Patologia, Ética, etc.

Maria Izabel de Jesus, Instituto Evandro Chagas

Possui Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2018); Mestrado em Neurociências e Biologia Celular pela Universidade Federal do Pará (2012). É especialista em Vigilância Ambiental em Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). É graduada em Biomedicina pela Universidade Federal do Pará (1990). É Tecnologista em Pesquisa e Investigação Biomédica do Instituto Evandro Chagas-SVS/MS. Tem experiência na área de Microbiologia e cultura de tecidos, com ênfase em Virologia (Viroses congênitas HCMV e Rubéola). Atualmente trabalha principalmente nos seguintes temas: população ribeirinha, saúde ambiental, xenobióticos, além de atuar na docência do ensino básico público.

Fernanda do Espírito Santo Sagica, Instituto Evandro Chagas

Graduação em Biologia Bacharelado Modalidade Médica pela Universidade Federal do Pará (1996) e Mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2000). Doutora em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Pará (2012). Atualmente é Analista de Gestão em Pesquisa Biomédica e Saúde Pública na Seção de Meio Ambiente do Institudo Evandro Chagas. Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em Saúde (PPGEVS) do Instituto Evandro Chagas. Membro do Comitê do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica-CNPq do Instituto Evandro Chagas. Tem experiência nas áreas de Epidemiologia e Genética, atuando principalmente nos seguintes temas: Epidemiologia Ambiental e Mutagênese.

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Publicado

18/07/2022

Como Citar

MORAES, M. M. de .; SILVA, D. L. da .; MEDEIROS, R. L. F. de .; JESUS, M. I. de .; SAGICA, F. do E. S. . Sarampo e Rubéola: suscetibilidade em adolescentes, adultos jovens em Belém e Ananindeua, Pará, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 9, p. e53211932062, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i9.32062. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/32062. Acesso em: 13 jun. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde