Comportamento alimentar e estado nutricional de estudantes de uma escola em Brasília/DF

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32307

Palavras-chave:

Estado nutricional, Ingestão alimentar, Alimentação escolar, Inquéritos nutricionais.

Resumo

Alterações no estado nutricional estão diretamente relacionadas ao consumo excessivo de alimentos, especialmente de processados e ultraprocessados. Isso porque essas fontes alimentares são ricas em sódio, açúcar e gorduras, além de aditivos alimentares. Na infância, o risco de desenvolver deficiências nutricionais é elevado devido ao aumento das necessidades nutricionais, nessa fase também é importante a comensalidade visto que há a formação dos hábitos alimentares. O objetivo da pesquisa é compreender como a alimentação impacta no estado nutricional das crianças de uma escola no Distrito Federal, por meio de um estudo de caso do tipo descritivo e transversal. O trabalho foi realizado com crianças que frequentam uma escola em Brasília, no período matutino, a amostra foi definida por conveniência. A primeira etapa foi realizada por um questionário avaliando hábitos de vida e alimentares e na segunda etapa foram definidos os pontos críticos, na qual obteve como resultado um consumo regular de alimentos in natura, como frutas (65,6%), verduras e legumes (59,4%) e minimamente processados, como o arroz e feijão (46,9%), mas com um alto consumo de alimentos ultraprocessados, especialmente bebidas açucaradas (50%), doces e guloseimas (43,8%). Além disso, a falta de comensalidade na realização das refeições prevalece na maioria das crianças. Porém, a maioria do público apresentou um peso (76,6%), estatura (93,3%) e IMC (56,6%) adequados para a idade. Concluindo que há a necessidade de acompanhamento nutricional de forma periódica e contínua com avaliação do padrão alimentar dentro e fora da escola do público avaliado.

Biografia do Autor

  • Walney Fernandes Martins da Silva, Centro Universitário de Brasília

    Discente em nutrição do Centro Universitário de Brasília

  • Ana Beatriz de Oliveira Andrade, Centro Universitário de Brasília

    Discente em nutrição do Centro Universitário de Brasília

  • Ana Carolina de Faria Silva Guimarães, Centro Universitário de Brasília

    Discente em nutrição do Centro Universitário de Brasília

  • Maria Júlia Assumpção Alves da Silva, Centro Universitário de Brasília

    Discente em nutrição do Centro Universitário de Brasília

  • Larissa de Freitas Macedo Bessa, Centro Universitário de Brasília

    Discente em nutrição do Centro Universitário de Brasília

  • Cristiane Dormundo Nerys, Centro Universitário de Brasília

    Orientadora de prática do curso de nutrição do Centro Universitário de Brasília

  • Dayanne da Costa Maynard, Centro Universitário de Brasília

    Departamento de Nutrição

Referências

Barcelos, G. T., Rauber, F. & Vitolo, M. R. (2014). Produtos processados e ultraprocessados e ingestão de nutrientes em crianças. Ciência e saúde. 7 (3). https://doi.org/10.15448/1983-652X.2014.3.19755

Brasil. (Ministério da Saúde). (2021). Guia de Atividade Física para a População Brasileira: Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_atividade_fisica_populacao_brasileira.pdf.

Chaffee, B. W. (2014). Fatores nos primeiros anos de vida que influenciam o consumo de frutas e verduras entre crianças. Jornal de Pediatria, 90, 437-439. https://doi.org/10.1016/j.jped.2014.06.001

Conceição, S. I. O. & Santos, C. J. N. (2011). Consumo alimentar de escolares das redes pública e privada de ensino em São Luís, Maranhão. Revista de Nutrição. 23 (6), 993-1004. https://doi.org/10.1590/S1415-52732010000600006.

Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.

Faltin, A. O. & Gimenes-Minasse, M. H. (2018). Commensality, Hospitality and Conviviality: A Theoretical Essay. Rosa dos Ventos - Turismo e hospitalidade. 11 (6). http://dx.doi.org/10.18226/21789061.v11i3p634.

Garcia G. C. B., Gambardella, A. M. D. & Frutuoso, M. F. P. (2003). Estado nutricional e consumo alimentar de adolescentes de um centro de juventude da cidade de São Paulo. Rev Nutr. 16 (1):41-50. 10.15 90/S1415-52732003000100005

Hu F.B. (2013). Resolvido: há evidências científicas suficientes de que a diminuição do consumo de bebidas açucaradas reduzirá a prevalência de obesidade e doenças relacionadas à obesidade. Obesidade revisões: um jornal oficial da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade, 14 (8), 606-619. https://doi.org/10.1111/obr.12040

IBGE. (2018). Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: participação relativa dos grupos e subgrupos de alimentos. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/24786-pesquisa-de-orcamentos-familiares-2.html?edicao=27139&t=resultados

Karnopp, E. V., Vaz, J. D., Schafer, A. A., Muniz, L. C., Souza, R. L., Santos, I. D., Gigante, D. P., & Assunção, M. C. (2017). Food consumption of children younger than 6 years according to the degree of food processing. Jornal de pediatria, 93 (1), 70–78. https://doi.org/10.1016/j.jped.2016.04.007

Libano, I. F. F., Correa, R. S., Monteiro, A. S. & Vallandro, J. P. (2019). Consumption of Ultraprocessed Foods in Children attended by the Basic Attention Service in the South Region of Brazil. International Journal of Nutrology. https://doi.org/10.1055/s-0039-1693673.

Lucca, V. K., & Oliveira, N. R. F. (2015). Consumo da combinação arroz-feijão por escolares. Revista Contexto Saúde, 15 (28), 76-83. https://doi.org/10.21527/2176-7114.2015.28.76-83

Ministério da Saúde. (2014). Guia Alimentar para População Brasileira promovendo a alimentação saudável. Normas e manuais técnicos: Brasília.

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf

Muttoni, S. (2018). Suplementos proteicos. In: Muttoni, S. Nutrição na prática esportiva. SER - SAGAH, (4), 141-154.

Oliveira, B. M. F. & Frutuoso, M. F. P. (2021). Muito além dos nutrientes: experiências e conexões com crianças autistas a partir do cozinhar e comer juntos. Cadernos de Saúde Pública. 37(4), e00132020. https://doi.org/10.1590/0102-311X00132020.

Prado, M. L., Velho, M. B., Espíndola, D. S., Sobradinho, S. H. & Backes, V. M. S. (2012). Arco de Charles Maguerez: refletindo estratégias de metodologia ativa na formação de profissionais de saúde. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. 16, (1),172-177. https://doi.org/10.1590/S1414-81452012000100023

Ramos, G., Patrícia Fernandes Nunes, L., & Trindade Silveira, J. (2020). Consumo de alimentos in natura e minimamente processados entre estudantes concluintes no curso de nutrição. Anais Do Salão Internacional De Ensino, Pesquisa E Extensão, 10 (2). https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/100259

Rekhy, R., & McConchie, R. (2014). Promover o consumo de frutas e legumes para uma melhor saúde. As campanhas cumpriram os objetivos? Apetite, 79, 113-123. https://doi.org/10.1016/j.appet.2014.04.012

Rossi, A., Moreira, E. A. M. & Rauen, M. S. (2008). Determinantes do comportamento alimentar: uma revisão com enfoque na família. Revista de Nutrição. 21 (6), 739-748. https://doi.org/10.1590/S1415-52732008000600012.

Silva, J. A., Gonçalves, E. C. A., Silva, D. A. S. & Silva, K. S. (2019). Programas de intervenção para atividade física nas escolas brasileiras: revisão com base no modelo RE-AIM. Ciênc. saúde coletiva, 24 (9), 3443-3456. https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.23502017

Souza, N. P. P. & Oliveira, M. R. M. (2008). O ambiente como elemento determinante da obesidade. Rev. Simbio-Logias, 1 (1), 157-173. https://www1.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Educacao/Simbio-Logias/artigo_nutr_12_o_ambiente_como_elemento_determinante_da_ob.pdf.

Severino, A. J. (2018). Metodologia do trabalho científico. Ed. Cortez. 7.

Downloads

Publicado

2022-07-16

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Comportamento alimentar e estado nutricional de estudantes de uma escola em Brasília/DF. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 9, p. e49511932307, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i9.32307. Disponível em: https://rsdjournal.org/rsd/article/view/32307. Acesso em: 28 ago. 2025.