Transtornos motores da fala: uma análise da atuação de fonoaudiólogos brasileiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34165

Palavras-chave:

Fonoaudiologia; Reabilitação dos Transtornos da Fala e da Linguagem; Integralidade em saúde; Qualidade da Assistência em Saúde; Educação parental.

Resumo

Introdução: Para que exista a fala é necessário haver o controle motor dos órgãos fonoarticulatórios envolvidos. O controle motor da fala, que envia informação de forma a contrair a musculatura e as estruturas como lábios, língua e mandíbula e os recruta para a execução de movimentos precisos e coordenados, inclui o planejamento, que seria a preparação dos movimentos e a programação da preparação e produção desses sons. Objetivo: Compreender a atuação dos fonoaudiólogos brasileiros nos transtornos motores de fala infantil. Método: Foi elaborado um questionário para investigar a respeito da prática clínica fonoaudiológica e conhecimentos sobre os Transtornos Motores da Fala (TMF), onde 95 fonoaudiólogos preencheram um questionário online, desenvolvido exclusivamente para esta pesquisa. O questionário foi elaborado na plataforma Google Forms TM; com perguntas objetivas. O estudo caracteriza-se por ser do tipo exploratório, transversal, descritivo, quantitativo. Para a análise dos dados, após a finalização os dados dos sujeitos foram tabulados individualmente e assim passaram por tratamento estatístico e descrição quantitativa. Resultados: Este estudo favoreceu a caracterização de quem são os profissionais que atuam com TMF no Brasil e mostrou que a maioria está na rede privada de saúde e tinham alguma formação dedicada à atuação desses transtornos. Os dados também são explanados com relação à dinâmica dos atendimentos, frequência e duração demonstrando que o serviço no Brasil está distante de realidades internacionais.

Biografia do Autor

Sandra Regina Mota Ortiz, Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1998) e Doutorado em Fisiologia Humana, pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (2001). Possui Pós Doutorado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, onde atuou no Departamento de Fisiologia e Biofísica de 2002 a 2004 e no Departamento de Anatomia de 2004 a 2009; tendo trabalhado com o estudo morfológico e funcional da matéria cinzenta periaquedutal na modulação de comportamentos motivados, em particular, comportamentos de defesa, predatório e maternal. Trabalhou como professora dos cursos de Graduação em Medicina, Odontologia, Biomedicina, Enfermagem e Ciências Biológicas, na Universidade Cidade de São Paulo de 2009 a 2016, coordenando também o Laboratório Bases Neurais do Comportamento no Núcleo de Pesquisa em Neurociência (NUPEN). Atuou como professora do Curso de Medicina da Faculdade das Américas, entre 2016 e 2017, onde também atuou como Coordenadora de Pesquisa e Pós Graduação. Atuou como professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde no IAMSPE entre 2014 e 2021. Atua como professora titular do Curso de Medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) desde 2014, onde também, está como professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Inovação do Ensino Superior em Saúde, desde 2018. Capacita professores universitários em cursos de Medicina em Metodologias Ativas de Ensino e Aprendizagem em Especial na Aprendizagem Baseada em Problemas o PBL, na Aprendizagem em Baseada em Equipes - TBL e na Problematização. Atua na Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade São Judas Tadeu, como professora permanente do Mestrado em Ciências do Envelhecimento, desde 2019 e, como professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Educação Física, desde 2021, além de participar do Comitê de Iniciação Científica desde 2018 e do Comitê de Experimentação e Uso de Animais (CEUA), desde 2022. Na Universidade São Judas Tadeu esteve à frente da Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu de 2018 à 2021. Atualmente é responsável pela Gerência Nacional de Pesquisa da Ânima Educação, sendo responsável pelo desenvolvimento das políticas de pesquisa de 17 instituições de ensino superior no Brasil, dentre elas a Universidade São Judas.Tem experiência na área de Fisiologia Humana, com ênfase em Neurofisiologia, Neurociências e Comportamento.

Referências

ASHA. (2007). Childhood Apraxia of Speech [Technical Report]. American Speech-Language-Hearing Association (ASHA). www.asha.org/policy

CFFa, Conselho Federal de Fonoaudiologia, (2013). Guia de Orientação para Fonoaudiólogos: balizador de Tempo de Tratamento em Fonoaudiologia.

Costa, A.A. (2008). Abordagens Linguísticas..In: MARTELOTTA, M.E. et al (org.). Manual de Linguística.Ed. Contexto. São Paulo, 111-126.

Crosbie, S., Holm, A., & Dood, B. (2005). Intervention for children with severe speech disorder: a comparison of two approaches. International Journal of Language & Communication Disorders. 40(4), 467-91. 10.1080/13682820500126049.

Dias, R.I.S.C.,Barreto, J.O.M., Vanni, T., Candido A.M.S.C., Moraes, L.H., & Gomes, M.A.R. (2015). Estratégias para estimular o uso de evidências científicas na tomada de decisão. Cad Saúde Coletiva, 23, 316-22.

Fish, M. (2019). Como tratar apraxia da fala na infância. Editora: Pro-Fono.

Klatte, I.S., Lyons, R., Davies, K.,Harding, S., Marshall, J.; Mckean, C., & Roustone, S.(2020). Collaboration between parents and SLTs produces optimal outcomes for children attending speech and language therapy: Gathering the evidence. International Journal of Language & Communication Disorders, 55(4), 618-628.

Krögerström, S.,Liljebäck,A.M., & Isaksson,J. W. (2013). Kartläggning av barnlogopedisk intervention i dagens Sverige [A survey of speech and language therapy for children in today’s Sweden].

Loncke, F. (2020). Augmentative and alternative communication: Models and applications. Plural publishing.

Maas, E., Robin, D.A., Hula, S.N.A., Freedman, S.E., Wulf, G., Ballard, K.J., & Schmidt, R.A. (2008). Principles of motor learning in treatment of motor speech disorders. American journal of speech-language pathology, 17 (3), 277-98. doi:10.1044/1058-0360(2008/025).

Marcuzzo, S.W., & Souza, C.R. (2019). Percepção dos Acadêmicos de Medicina sobre a Fonoaudiologia, Trabalho de Conclusão de Curso, Curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Medrado, C.S., & Sobrinho, F.P.N. (2016). Prática Baseada em Evidência (PBE) em Fonoaudiologia. Distúrbios Comunicação, 28, 341-49.

Morelli, J. M. G.; Grillo, L. P.; Lacerda, L. L. V.; Mezadri, T. & Baumgartel, C. L. (2015). Tempo de tratamento em fonoaudiologia em um serviço público versus balizadores preconizados. Revista CEFAC, 17, 1556-1562.

Namasivayam, A. K., Huynh, A., Granata, F., Law, V., & van Lieshout, P. (2021). PROMPT intervention for children with severe speech motor delay: a randomized control trial. Pediatric research, 89(3), 613-621.

Namasivayam, A. K., Pukonen, M., Goshulak, D., Granata, F., Le, D. J., Kroll, R., & van Lieshout, P. (2019). Investigating intervention dose frequency for children with speech sound disorders and motor speech involvement. International journal of language & communication disorders, 54(4), 673-686.

Namasivayam, A. K., Jethava, V., Pukonen, M., Huynh, A., Goshulak, D., Kroll, R., & Van Lieshout, P. (2018). Parent–child interaction in motor speech therapy. Disability and rehabilitation, 40(1), 104-109.

Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica [recurso eletrônico]. Santa Maria, BR:UFSM, NTE.

Sapage, S.;Cruz-Santos, A.,& Fernandes, H. (2018). A comunicação aumentativa e alternativa em crianças com perturbações graves da comunicação: cinco mitos. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, 5(2), 229-240.

Shriberg, L. D., Fourakis, M., Hall, S. D., Karlsson, H. B., Lohmeier, H. L., McSweeny, J. L., Potter, N.L., Scheer-Cohen,A.R., Strand, E.A., Tilkens, C.M., & Wilson, D. L. (2010). Extensions to the speech disorders classification system (SDCS). Clinical linguistics & phonetics, 24(10), 795-824.

Shriberg, L. D., Kwiatkowski, J., & Mabie, H. L. (2019). Estimates of the prevalence of motor speech disorders in children with idiopathic speech delay. Clinical linguistics & phonetics, 33(8), 679-706.

Shriberg, L. D., & Wren, Y. E. (2019). A frequent acoustic sign of speech motor delay (SMD). Clinical linguistics & phonetics, 33(8), 757-771.

Tandon, A., Murray, C.J.L., Lauer, J.A., & Evans, D.B. (2015). Measuring overall health system performance for 191 countries. Genebra: World Health Organization, Global Programme on Evidence Discussion Paper Series, 30.

Downloads

Publicado

08/09/2022

Como Citar

ESTEVES, C.; ORTIZ, S. R. M. . Transtornos motores da fala: uma análise da atuação de fonoaudiólogos brasileiros . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e112111234165, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.34165. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/34165. Acesso em: 12 abr. 2025.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais