Nitrogênio e formas de aplicação de Azospirillum brasilense em milho cultivado em solo arenoso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35819Palavras-chave:
Adubação nitrogenada; Bactéria promotora de crescimento em plantas; Formas de inoculação com microrganismos benéficos; Zea mays.Resumo
A cadeia produtiva de alimentos deve tornar-se mais eficiente e sustentável, novas tecnologias como o uso de bactérias promotoras de crescimento associadas à adubação nitrogenada tende a elevar os patamares produtivos do milho e minimizar os efeitos negativos ao meio ambiente provocado pela aplicação de nitrogênio sintético. O objetivo do trabalho foi analisar o efeito sinérgico entre a forma de aplicação de Azospirillum brasilense e doses de nitrogênio, sobre a produtividade do milho em solo arenoso, localizado no município de Nova Andradina-MS. O delineamento experimental foi de blocos casualizados em esquema fatorial 4×2, englobando quatro formas de aplicação de A. brasilense (controle; inoculação na semente; inoculação via linha de semeadura no estádio V2 e inoculação via foliar no estádio V4) e 2 doses de nitrogênio (120 e 160 kg ha-1 de N, em cobertura). As variáveis analisadas foram a massa seca de raízes, nitrogênio do tecido radicular, diâmetro do colmo, altura de inserção da primeira espiga, altura de planta, número de grãos por espiga, massa de 100 grãos, nitrogênio do tecido foliar e produtividade de grãos de milho. A adubação nitrogenada em milho, na maior dose promove aumento das concentrações deste elemento nos tecidos radiculares e foliares. As formas de inoculação via foliar e na linha de semeadura são mais eficientes que a aplicação via tratamento de sementes, promovendo ganhos em todos os parâmetros avaliados, exceto na AIE. A aplicação de A. brasilense potencializa o efeito da aplicação de N no milho.
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