Perceptions and practices of psychologists experts in the field of domestic and family violence against women

Authors

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v13i3.45385

Keywords:

Domestic violence; Violence against women; Gender; Forensic psychology; Judiciary.

Abstract

This study aimed to investigate how the practices that psychologists experts develop in the field of domestic and family violence against women are characterized and which are the perceptions they present about their performance. This is a qualitative, cross-sectional and exploratory research. The participants were six psychologists experts who work in Courts of Domestic and Family Violence against Women in the state of Rio Grande do Sul in Brazil. Semistructured interviews were performed and analyzed using content analysis. The results indicate that the professionals have conceptions in line with the literature on the repercussions of gender roles in the phenomenon of violence against women. However, they consider that the cyclical dynamics of this phenomenon has secondary importance, favoring individual issues of those involved in the situation of violence for the understanding of the cases. The psychologists' previous experiences seem to contribute to qualify their expert performance. On the other hand, a lack of convergence was found among the participants about the knowledge that underlies their practical. Judicial determinations for assessment usually occur during the implementation of urgent protective measures and predominantly involve the evaluation of male perpetrators of violence. The interview was referred to as the main evaluative procedure used in the assessments. Finally, while the intersectoral actions articulated with the service network for women seem promising, the care for men remains challenging. The findings of this study provide contributions on theoretical and technical aspects that can be prioritized in training that seeks to qualify the psychological assessments carried out in this area.

References

Bardin, L. (2015). Análise de conteúdo. Edições 70.

Beiras, A. (2009). Grupos de homens autores de violência: possibilidades de intervenções diante das recomendações propostas na Lei Maria da Penha. In S. L. R. Rovinski, & R. M. Cruz (Orgs.), Psicologia jurídica: perspectivas teóricas e processos de intervenção (pp. 145-158). Vetor Editora.

Boeckel, M. G., Wagner, A., & Grassi-Oliveira, R. (2015). The effects of intimate partner violence exposure on the maternal bond and PTSD symptoms of children. Journal of Interpersonal Violence, 32(7), 1127-1142.

Brasil. (2018). Conselho Nacional de Justiça. Manual de Rotinas e Estruturação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Brasília: CNJ. https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2011/02/b3f18ac2f32a661bd02ca82c1afbe3bb.pdf

Brasil. (2011). Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 128, de 17 de março de 2011. Determina a criação de Coordenadorias Estaduais das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar no âmbito dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal. Brasília: CNS. https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/151

Brasil. (2012). Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: CNS. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Brasil. (2006). Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Brasília: PR. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

Brasil. (2020). Lei nº 13.984, de 3 de abril de 2020. Altera o art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para estabelecer como medidas protetivas de urgência frequência do agressor a centro de educação e de reabilitação e acompanhamento psicossocial. Brasília: PR. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l13984.htm

Brito, L. M. T. (2011). Avaliação psicológica no contexto das instituições de justiça. In Conselho Federal de Psicologia (Org.), Ano da avaliação psicológica: textos geradores (pp. 85-88). Brasília: CFP.

Bueno, S., Martins, J., Pimentel, A., Lagreca, A., Barros B., & Lima, R. S. (2021). Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil (3. ed). São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública. https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/06/relatorio-visivel-e-invisivel-3ed-2021-v3.pdf

Conselho Federal de Psicologia. (2013). Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) em Programas de Atenção à Mulher em situação de Violência. Brasília: CFP. http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Acervo_files/crepop_mulher_situacao_violencia.pdf

Conselho Federal de Psicologia. (2003). Resolução nº 002, de 24 de março de 2003. Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução CFP n° 025/2001. Brasília: CFP. https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/05/resoluxo022003.pdf

Conselho Federal de Psicologia. (2010). Resolução nº 008, de 30 de junho de 2010. Dispõe sobre a atuação do psicólogo como perito e assistente técnico no Poder Judiciário. Brasília: CFP. https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2010/07/resolucao2010_008.pdf

Curia, B. G., Gonçalves, V. D., Zamora, J. C., Ruoso, A., Ligório, I. S. & Habigzang, L. (2020). Produções científicas brasileiras em psicologia sobre violência contra mulher por parceiro íntimo. Psicologia: Ciência e Profissão, 40(n.spe), 1-19.

Dillon, G., Hussain, R., Loxton, D., & Rahman, S. (2013). Mental and physical health and intimate partner violence against women: a review of literature. International Journal of Family Medicine, 2013, 1-15.

Falcke, D., Oliveira, D. Z., Rosa, L. W., & Bentancur, M. (2009). Violência conjugal: um fenômeno interacional. Contextos Clínicos, 2(2), 81-90.

Flick, U. (2013). Introdução à metodologia de pesquisa: um guia para iniciantes. Penso.

Fontanella, B. J. B., Luchesi, B. M., Saidel, M. G. B., Ricas, J., Turato, E. R., & Melo, D. G. (2011). Amostragem em pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cadernos de Saúde Pública, 27(2), 388-394.

Gadoni-Costa, L. M., Zucatti, A. P. N., & Dell'Aglio, D. D. (2011). Violência contra a mulher: levantamento dos casos atendidos no setor de psicologia de uma delegacia para a mulher. Estudos de Psicologia, 28(2), 219-227.

Garcia, A. L. C., & Beiras, A. (2019). A Psicologia social no estudo de justificativas e narrativas de homens autores de violência. Psicologia: Ciência e Profissão, 39(n.spe), 45-58.

Gil, A. C. (2022). Como elaborar projetos de pesquisa (7a ed.). Atlas.

Gomes, R. M. (2012). Mulheres vítimas de violência doméstica e transtorno de estresse pós-traumático: um enfoque cognitivo comportamental. Revista de Psicologia da IMED, 4(2), 672-680.

Hanada, H., D'Oliveira, A. F. P. L., & Schraiber, L. B. (2010). Os psicólogos na rede de assistência a mulheres em situação de violência. Revista Estudos Feministas, 18(1), 33-60.

Harrison, A., O’Sullivan, L. F., Hoffman, S., Dolezal, C., & Morrell, R. (2006). Gender role and relationship norms among young adults in South Africa: measuring the context of masculinity and HIV risk. Journal of Urban Health, Berlim, 83(4), 709-722.

Lago, V. M., Amato, P., Teixeira, P. A., Rovinski, S. L. R., & Bandeira, D. R. (2009). Um breve histórico da psicologia jurídica no Brasil e seus campos de atuação. Estudos de Psicologia, 26(4), 483-491.

Lago, V. M., & Puthin, S. R. (2020). Demandas de avaliação psicológica no contexto forense. In C. S. Hutz, D. R. Bandeira, C. M. Trentini, S. L. R. Rovinski, & V. M. Lago (Orgs.), Avaliação psicológica no contexto forense (pp. 30-40). Artmed.

Meneghel, S. N., Bairros, F., Mueller, B., Monteiro, D., Oliveira, L. P., & Collaziol, M. E. (2011). Rotas críticas de mulheres em situação de violência: depoimentos de mulheres e operadores em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 27(4), 743-752.

Meneghel, S. N., & Vial, S. R. M. (2008). Rotas críticas: mulheres enfrentando as violências. Athenea Digital: Revista de Pensamiento e Investigación Social, (14), 199-213.

Morrow, S. L. (2005). Quality and trustworthiness in qualitative research in counseling psychology. Journal of Counseling Psychology, 52(2), 250-260.

Moura, J. Q., Bordini, T. C. P. M., Ennes, J. V., Kucera, M. F., Krindges, C., & Habigzang, L. F. (2020). Homens autores de violência contra mulher: um estudo descritivo. Contextos Clínicos, 13(1), 174-197.

Olabuénaga, J. I. R. (2012). Metodologia de la investigación cualitativa (5. ed.). Universidad de Deusto.

Ortiz, M. C. M. (2012). A constituição do perito psicólogo em varas de família à luz da análise institucional de discurso. Psicologia: Ciência e Profissão, 32(4), 894-909.

Petersen, M. G. F., Zamora, J. C., Fermann, I. L., Crestani, P. L., & Habigzang, L. F. (2019). Psicoterapia cognitivo-comportamental para mulheres em situação de violência doméstica: revisão sistemática. Psicologia Clínica, 31(1), 145-165.

Presser, A. D., Meneghel, S. N., & Hennington, É. A. (2008). Mulheres enfrentando as violências: a voz dos operadores sociais. Saúde e Sociedade, 17(3), 126-137.

Rolim, K. I., & Falcke, D. (2017). Violência conjugal, políticas públicas e rede de atendimento: percepção de psicólogos(as). Psicologia: Ciência e Profissão, 37(4), 939-955.

Rovinski, S. L. R. (2013). Fundamentos da perícia psicológica forense (3a ed.). Vetor Editora.

Ruble, D. N., Martin, C. L., & Berenbaum, S. A. (1998). Gender development. In N. Eisenberg, W. Damon, & R. M. Lerner (Eds.), Handbook of child psychology: social, emotional, and personality development (pp. 933-1016). Wiley.

Santos, A. S., & Carmo, T. M. (2018). A psicologia no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Anais eletrônicos. Jataí: Universidade Federal de Jataí.

Santos, H. B., & Nardi, H. C. (2018). Entre o trabalhador e o vagabundo: produção de masculinidades na história da saúde no Brasil. Trends in Psychology, 26(4), 2299-2316.

Silva, O. M. A., Alípio, M. P. P., & Moreira, L. E. (2016). Mulheres e violência doméstica: relato de experiência num juizado especializado. Polis e Psique, 6(3), 145-165.

Strey, M. N., & Jardim, R. T. (2018). Protocolos de avaliação de risco: ferramentas para avaliar e combater a violência contra as mulheres. Revista de Ciências Humanas, 52, e56966.

Walker, L. E. (1979). The battered woman. Harper & Row.

Werlang, B. S. G., Sá, S. D., & Borges, V. R. (2009). Violência doméstica contra a mulher e a Lei Maria da Penha. In S. L. R. Rovinski, & R. M. Cruz (Orgs.), Psicologia jurídica: perspectivas teóricas e processos de intervenção (pp. 107-114). Vetor Editora.

World Health Organization. (2013). Global and regional estimates of violence against women: prevalence and health effects of intimate partner violence and non-partner sexual violence. Genebra: WHO. https://www.who.int/publications/i/item/9789241564625

Published

31/03/2024

How to Cite

MARQUES, I. Z. .; ROLIM, K. I. . Perceptions and practices of psychologists experts in the field of domestic and family violence against women. Research, Society and Development, [S. l.], v. 13, n. 3, p. e13213345385, 2024. DOI: 10.33448/rsd-v13i3.45385. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45385. Acesso em: 8 may. 2024.

Issue

Section

Human and Social Sciences