Investigação do perfil de epidemiológico e internações de pacientes por hanseníase no município de Pinheiro, Estado do Maranhão (MA), Brasil de 2017 a 2024

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48357

Palavras-chave:

Hanseníase; Epidemiologia; Hospitalização.

Resumo

Objetivo: Investigar o perfil epidemiológico e casos de internações de pacientes por hanseníase no município de Pinheiro – MA de 2017 a 2024. Metodologia: trata-se de um estudo de caráter transversal, exploratório, descritivo realizado a partir de dados secundários extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Resultados: Foram coletados 262 prognósticos de casos e 81.977 internações por hanseníase durante o período de 2017 a 2024. Eles foram divididos em variáveis, sendo a primeira representada por sexo, do qual 60% dos casos confirmados eram do sexo masculino, já 57,04% das internações foram do sexo feminino. Outrossim, das variáveis de cor e raça apresentam-se em 77,10% prognósticos e 52,65% das internações dispostas pela cor e raça parda. Já os casos confirmados por escolaridade se estabeleceram em maior diagnostico entre a 1ª e 8ª serie incompleta apresentando-se em 38,9%. Além disso, a faixa etária de ambas as variáveis, representam entre 15 e 59 anos. Por formas operacionais da hanseníase, 76% foram das formas Multibacilar (MB) e 24% Paucibacilar. Por gastos pela doença, o município de Pinheiro – MA gastou cerca de 65.330.035,12$. As mortes pela doença houve uma diminuição dos casos entre 2023 e 2024 que ficou cerca de menos de 52 mortes. Considerações Finais: O estudo buscou investigar o epidemiológico e internações por casos de hanseníase. Contudo, deve-se considerar que algumas variáveis como sexo e faixa etária precisam ser mais bem condicionadas na literatura nacional.

Referências

Bhushan, P., Sardana, K., Koranne, R. V., Choudhary, M., & Manjul, P. (2008). Diagnosing multibacillary leprosy: a comparative evaluation of diagnostic accuracy of slit-skin smear, bacterial index of granuloma and WHO operational classification. Indian journal of dermatology, venereology and leprology, 74, 322.

Brasil. (2022a). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da hanseníase [recurso eletrônico]. Ministério da Saúde.

https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/resumidos/PCDTResumidoHanseniase.pdf.

Brasil. (2022b). Hanseníase portaria conjunta sctie/ms nº 67 de 07 de julho de 2022. Ministério da Saúde.

https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/resumidos/PCDTResumidoHanseniase.pdf.

Brasil. (2023). Boletim Epidemiológico Hanseníase - Menores de 15 anos. Ministério da Saúde.

https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimHanseniaseMenor15anos_No02_janeiro2023.pdf.

Castro, G. R. S., & de Souza Silva, R. R. (2023). Relação entre nível de escolaridade com a continuidade do tratamento para hanseníase no Brasil de 2017 a 2022. Research, Society and Development, 12(9), e3312943137-e3312943137.

Cobo, B., Cruz, C., & Dick, P. C. (2021). Desigualdades de gênero e raciais no acesso e uso dos serviços de atenção primária à saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 26(09), 4021-4032.

Cordeiro, T. L., & Frade, M. A. C. (2014). Leprosy: education as first priority. Journal of neurosciences in rural practice, 5(Suppl 1), S3.

Crispim, J. C., & Oliveira, J. C. de. (2024). Doenças infecciosas e população negra em uberlândia: desigualdades raciais reveladas pelo datasus em 10 anos. Hygeia - Revista Brasileira De Geografia Médica E Da Saúde, 20, e2079. https://doi.org/10.14393/Hygeia2071805

Daniel, E., & Ebenezer, G. J. (2023). Qua vadis leprosy?. Indian Journal of Medical Research, 157(1), 5-9.

Dijkstra, J. I., & van Elteren, M. (2017). Gender and leprosy-related stigma in endemic areas: A systematic review. Leprosy review, 88(3), 419-440.

Froes, L. A. R., Sotto, M. N., & Trindade, M. A. B. (2022). Leprosy: clinical and immunopathological characteristics. Anais Brasileiros de Dermatologia, 97(3), 338-347.

Gilmore, A., Roller, J., & Dyer, J. A. (2023). Leprosy (Hansen’s disease): an update and review. Missouri Medicine, 120(1), 39.

Giordano, M. P. D. L., & Carneiro, F. R. O. (2024). Hanseníase em menores de 15 anos de idade na Amazônia: epidemiologia, vigilância e desafios no estado do Pará, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, 15.

Gupte, M. (2023). Global leprosy scenario: Eradication, elimination or control?. Indian Journal of Medical Research, 157(1), 1-4.

IBGE. (2025). Desigualdades sociais por cor ou raça no brasil. https://educa.ibge.gov.br/jovens/materias-especiais/21039-desigualdades-sociais-por-cor-ou-raca-no-brasil.html.

Jesus, I. L. R. D., Montagner, M. I., Montagner, M. Â., Alves, S. M. C., & Delduque, M. C. (2023). Hanseníase e vulnerabilidade: uma revisão de escopo. Ciência & Saúde Coletiva, 28, 143-154.

Li, X., Ma, Y., Li, G., Jin, G., Xu, L., Li, Y., ... & Zhang, L. (2024). Leprosy: treatment, prevention, immune response and gene function. Frontiers in Immunology, 15, 1298749.

Li, Y. Y., Shakya, S., Long, H., Shen, L. F., & Kuang, Y. Q. (2021). Factors influencing leprosy incidence: A comprehensive analysis of observations in Wenshan of China, Nepal, and other global epidemic areas. Frontiers in Public Health, 9, 666307.

Maymone, M. B., Laughter, M., Venkatesh, S., Dacso, M. M., Rao, P. N., Stryjewska, B. M., ... & Dunnick, C. A. (2020). Leprosy: clinical aspects and diagnostic techniques. Journal of the American Academy of Dermatology, 83(1), 1-14.

Mendonça, V. A., Costa, R. D., Melo, G. E. B. A. D., Antunes, C. M., & Teixeira, A. L. (2008). Imunologia da hanseníase. Anais Brasileiros de Dermatologia, 83, 343-350.

Mi, Z., Liu, H., & Zhang, F. (2020). Advances in the immunology and genetics of leprosy. Frontiers in immunology, 11, 567.

Neta, T. T. F., de Oliveira, M. A. M., Vacari, L., Petroli, L. M., de Araújo Scherer, A. A., Junior, E. D. C. C., ... & da Cruz Souza, E. W. (2024). Análise das internações por Hanseníase: Tendências, desafios e abordagens de tratamento. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(4), 1891-1901.

Neves, K. V. R. N., Nobre, M. L., Machado, L. M. G., Steinmann, P., & Ignotti, E. (2021). Misdiagnosis of leprosy in Brazil in the period 2003-2017: spatial pattern and associated factors. Acta Tropica, 215, 105791.

Patel, K., Patel, P. R., Vyas, J., & Bhagat, V. M. (2022). A study of histopathological spectrum of leprosy at tertiary care hospital. Indian J Pathol Oncol, 9(1), 16-20.

Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica [e-book gratuito]. Editora da UAB/NTE/UFSM.

Peres, G. L., Griep, R., & Gomes, E. C. Z. (2023). Hanseníase e racismo estrutural: análise dos determinantes sociais de saúde no município de cascavel, paraná. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 9(9), 4546-4559.

Rafferty, J. (2005). Curing the stigma of leprosy. Leprosy review, 76(2), 119-126.

Ribeiro, U. K. S., & Almeida, P. D. (2023). Hanseníase em menores de quinze anos no amazonas: aspectos clínicos e epidemiológicos e distribuição espacial. Revista Enfermagem Atual In Derme, 97(3), e023170-e023170.

Richardus, J. H. (2021). Towards zero leprosy: Dream or vision? Indian Journal of Medical Research, 153(4), 401-403.

Rocha, M. C. N., Lima, R. B. D., Stevens, A., Gutierrez, M. M. U., & Garcia, L. P. (2015). Óbitos registrados com causa básica hanseníase no Brasil: uso do relacionamento de bases de dados para melhoria da informação. Ciência & Saúde Coletiva, 20, 1017-1026.

Santacroce, L., Del Prete, R., Charitos, I. A., & Bottalico, L. (2021). Mycobacterium leprae: A historical study on the origins of leprosy and its social stigma. Le infezioni in medicina, 29(4), 623.

Shitsuka, Ricardo et al. Matemática aplicada. (3.ed.). Editora Somos, 2018.

Silva, F. J. L. D. A., Aquino, D. M. C. D., Monteiro, E. M. L. M., Coutinho, N. P. S., Corrêa, R. D. G. C. F., & Paiva, M. D. F. L. (2022). La lepra en menores de 15 años: caracterización sociodemográfica y clínica de los casos en un municipio hiperendémico. Cogitare enfermagem, 27, e82221.

´

Thakkar, S., & Patel, S. V. (2014). Clinical profile of leprosy patients: a prospective study. Indian journal of dermatology, 59(2), 158-162.

Toassi, R. F. C., & Petry, P. C. (2021). Metodologia científica aplicada à área da Saúde. Editora da UFRGS.

Varkevisser, C. M., Lever, P., Alubo, O., Burathoki, K., Idawani, C., Moreira, T. M., & Patrobas, P. (2009). Gender and leprosy: case studies in Indonesia, Nigeria, Nepal and Brazil. Leprosy review, 80(1), 65-76.

Downloads

Publicado

06/03/2025

Como Citar

PEREIRA, G. H.; SARGES, L. S.; MACHADO, L. C.; AMORIM, M. A. A.; RIBEIRO, R. I. M.; RIBEIRO, L. A. L.; GARCIA, C. S.; RIBEIRO, A. K. Investigação do perfil de epidemiológico e internações de pacientes por hanseníase no município de Pinheiro, Estado do Maranhão (MA), Brasil de 2017 a 2024. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 3, p. e1114348357, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i3.48357. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/48357. Acesso em: 2 jun. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde