O protagonismo do enfermeiro da Atenção Primária à Saúde (APS) na quebra do ciclo de doenças e danos ambientais por água contaminada em comunidades vulneráveis: Uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48414Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde; Saúde Coletiva; Educação em Saúde; Poluição da Água; Saneamento Básico.Resumo
O estudo teve como objetivo analisar o protagonismo do enfermeiro da Atenção Primária à Saúde (APS) na quebra do ciclo de doenças e danos ambientais causados por água contaminada em comunidades vulneráveis, por meio de uma revisão integrativa da literatura. Realizou-se uma revisão integrativa descritiva com abordagem qualitativa, utilizando bases de dados como LILACS, BVS, SciELO e PubMed. Foram selecionados 11 artigos publicados entre 2016 e 2024, que abordavam a atuação do enfermeiro da APS no enfrentamento de doenças relacionadas à água contaminada. A análise focou em estratégias, desafios e impactos das intervenções. As principais estratégias adotadas pelos enfermeiros da APS incluem educação em saúde, vigilância epidemiológica, articulação intersetorial e uso de tecnologias de baixo custo. Os desafios enfrentados são a falta de recursos, sobrecarga de trabalho e necessidade de capacitação contínua. As intervenções lideradas por esses profissionais impactaram positivamente na redução de danos ambientais e na melhoria da saúde coletiva, especialmente em regiões periféricas e rurais. O enfermeiro da APS desempenha um papel crucial no enfrentamento das doenças relacionadas à água contaminada, promovendo práticas preventivas e educativas que reduzem a morbimortalidade e fortalecem a resiliência das comunidades. No entanto, é necessário superar desafios como a falta de recursos e a sobrecarga de trabalho para maximizar o impacto dessas intervenções. Investimentos em infraestrutura, capacitação e políticas públicas são essenciais para garantir a eficácia e a sustentabilidade das ações.
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