Sentimentos envolvidos no ato de cuidar a partir das perspectivas dos cuidadores formais de pessoas idosas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i4.48601

Palavras-chave:

Cuidador; Satisfação pessoal; Sentimentos.

Resumo

Introdução: O perfil demográfico brasileiro está mudando desde a década de 70, em que houve um aumento do envelhecimento populacional levando a sociedade a uma alteração no padrão de adoecimento e epidemiológico. Diante disso, o cuidador é a pessoa encarregada de cuidar do paciente dependente. Contudo, ainda que o cuidador formal tenha uma remuneração pelos serviços prestados, não há diretrizes que facilitem a formação desse profissional no Brasil. Objetivo: Identificar as características sociodemográficas do cuidador formal e conhecer os sentimentos envolvidos no processo de ser esse profissional. Metodologia: O estudo foi desenvolvido por meio da abordagem qualitativa, do tipo descritivo e exploratório. Participaram do estudo 20 cuidadores formais de Itajubá-MG. Os critérios de inclusão foram: ter 18 anos ou mais; realizar atividade de cuidador formal há pelo menos 6 meses. Os critérios de exclusão foram: conteúdo das entrevistas gravadas que não atenderam ao teor da pergunta e instrumento de caracterização sociodemográfica incompleto quanto ao preenchimento. Para análise de dados, utilizou-se o método do Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: De acordo com estudo, notou-se a prevalência de 70% de participantes do sexo feminino; 70% têm escolaridade entre 5 e 9 anos, além de tempo de profissão acima de 6 anos, representando 65% do total de participantes. Do tema explorado “Qual o sentimento envolvido no processo de ser cuidador formal?” emergiram duas ideias centrais agrupadas: “Satisfação e prazer” e “Reconhecimento”. Conclusão: O trabalho mostrou que, embora os cuidadores tenham dificuldade de realizar a atividade de cuidar, os estes se sentem satisfeitos e reconhecidos mediante o trabalho que prestam.

Referências

Batista, M. P. P., Almeida, M. H. M. de, & Lancman, S. (2014). Cuidadores formais de idosos: contextualização histórica no cenário brasileiro. Revista Brasileira de Geriatria E Gerontologia, 17(4), 879–885. https://doi.org/10.1590/1809-9823.2014.13148

Cardoso, L., Vieira, M. V., Ricci, M. A. M., & Mazza, R. S. (2012). Perspectivas atuais sobre a sobrecarga do cuidador em saúde mental. Revista Da Escola de

Enfermagem Da USP, 46(2), 513–517. https://doi.org/10.1590/s0080-62342012000200033

Carvalho, A. M. A., Cavalcanti, V. R. S., Almeida, M. A. de, & Bastos, A. C. de S. (2008). Mulheres e cuidado: bases psicobiológicas ou arbitrariedade cultural? Paidéia (Ribeirão Preto), 18(41), 431–444. https://doi.org/10.1590/s0103-863x2008000300002

Chambel, D. A. A. (2016). Trabalhar com idosos institucionalizados: análise dos níveis de sobrecarga dos cuidadores formais. Instituto Politécnico de Porto Alegre. https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/17845/1/Trabalhar%20com%20Idosos%20Institucionalizados%20An%c3%a1lises%20dos%20 Niveis%20de%20Sobrecarga%20de%20Cuidadores%20Formais.pdf

Debert, G. G., & Oliveira, A. M. de. (2015). A profissionalização da atividade de cuidar de idosos no Brasil. Revista Brasileira de Ciência Política, 07-41. https://doi.org/10.1590/0103-33522015180

Diniz, M. A. A., Melo, B. R. de S., Neri, K. H., Casemiro, F. G., Figueiredo, L. C., Gaioli, C. C. L. de O., & Gratão, A. C. M. (2018). Estudo comparativo entre cuidadores formais e informais de idosos. Ciência & Saúde Coletiva, 23(11), 3789–3798. https://doi.org/10.1590/1413-812320182311.16932016

Figueiredo, M. do L. F., Gutierrez, D. M. D., Darder, J. J. T., Silva, R. F., & Carvalho, M. L. de. (2021). Cuidadores formais de idosos dependentes no domicílio: desafios vivenciados. Ciência & Saúde Coletiva, 26(1), 37–46. https://doi.org/10.1590/1413-81232020261.32462020

Guerra, M., Martins, I., Santos, D., Veiga, J., Moitas, R., & Silva, R. (2019). Cuidadores formais de idosos institucionalizados: perceções e satisfação profissional. Gestão E Desenvolvimento, 27, 291–313. https://doi.org/10.7559/gestaoedesenvolvimento.2019.385

Lefèvre, F., & Lefèvre A. M. C. (2012). Pesquisa de Representação Social: um enfoque qualiquantitativo. Editora Liberlivro.

Lefèvre, F. (2017). Discurso do Sujeito Coletivo: novos modos de pensar nosso eu coletivo. Editora Andreoli.

Martins, S. I. A. (2016). Burnout e sobrecarga em cuidadores formais de idosos: complementaridade das abordagens quantitativa e qualitativa. Universidade de Lisboa. https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/29463/1/ulfpie051423 _tm_tese.pdf

Maronesi, C. L., Rogério Da Silva, N., De Oliveira Cantu, S., Rizzo, A., & Santos, D. (2014). Indicadores de estresse e sobrecarga em cuidadores formais e informais de pacientes oncológicos. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 14(3), 877-892.. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v14n3/v14n3a10.pdf

Monteiro, B. et al. (2014). Empatia e engagement como preditores do bornout em cuidadores formais de idosos. Psicologia, Saúde e Doenças, 15(1), 2-12. https://redalyc.org/articulo.oa?id=36231157002

Nunes, D. P., Brito, T. R. P. de, Duarte, Y. A. de O., & Lebrão, M. L. (2018). Cuidadores de idosos e tensão excessiva associada ao cuidado: evidências do Estudo SABE. Revista Brasileira de Epidemiologia, 21(suppl 2). https://doi.org/10.1590/1980-549720180020.supl.2

Pereira S. A. S., & Marques, E. M. B. G. (2014). Dificuldades dos cuidadores formais de idosos institucionalizados. Int J Dey Educ Psychol, 2(1), 133-140. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/3498/34983 3719004.pdf

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Editora UAB/NTE/UFSM.

Regina, M., César, C., Rita, S., Capelo, Quintal, José, L., Silva, R. M., & Synthia, E. (2024). Percepções de cuidadoras informais sobre motivações, necessidades e benefícios do cuidado para o idoso dependente. Ciência & Saúde Coletiva, 29, e05612024. https://doi.org/10.1590/1413-81232024298.05612024

Rodrigues, C. A. (2014). Perfil dos cuidadores formais de idosos e motivos para a função: um estudo de caso. Instituto Politécnico.

http://repositorio. ipvc.pt/bitstream/20.500.11960/1141/1/Catarina_Rodrigues.pdf

Sequeira, C. (2007). Cuidador de idosos dependentes. Quarteto Editora.

Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental para tecnologia. (2ed.). Editora Erica.

Sousa, G. S. de, Minayo, M. C. de S., Silva, R. M. da, Meneghel, S. N., & Ceccon, R. F. (2024). Homens cuidadores informais de idosos dependentes no Brasil. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 28, e230174. https://doi.org/10.1590/interface.230174

Silva, C., Rocha, A., José Augusto Palhares, & Martins, C. (2021). Profissão e profissionalização de cuidadores: um estudo a partir dos discursos de sites de empresas especializadas no Brasil. 24(1), 33–50. https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v24i1p33-50

Downloads

Publicado

12/04/2025

Como Citar

RAMOS, M. C. N.; BRISOLA, L. G. H. .; REIS, R. D. . Sentimentos envolvidos no ato de cuidar a partir das perspectivas dos cuidadores formais de pessoas idosas. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 4, p. e3414448601, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i4.48601. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/48601. Acesso em: 30 maio. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde