Automedicação e seus impactos na saúde pública do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i5.48627

Palavras-chave:

Automedicação; Impactos; Fatores de Risco; Brasil.

Resumo

A automedicação é conceituada como a prática de ingerir substâncias de ação medicamentosa sem o aconselhamento e/ou acompanhamento de um profissional de saúde qualificado com a intenção de trazer benefícios no tratamento de doenças ou alívio de sintomas. Este trabalho visa analisar a prevalência da automedicação no Brasil e entender hábitos e padrões de consumo e contexto relacionados a essa prática. A metodologia se baseou em uma revisão bibliográfica com estudos em diversas áreas da saúde para identificar fatores determinantes e consequências da automedicação. Estudos indicam que a prevalência de automedicação no Brasil é mais frequente em mulheres e idosos.  Esta prática inadequada pode gerar efeitos e consequências indesejáveis, como doenças iatrogênicas, intoxicações, interações medicamentosas e também mascaramento de doenças evolutivas, sendo um problema para ser prevenido e alertado.  Alguns fatores que facilitam a automedicação no país incluem facilidade de acesso aos medicamentos sem prescrição, recomendações de familiares e amigos, além de um grande número de propagandas de produtos farmacêuticos que vendem a ideia de "bem-estar” após o uso do produto. Diante das evidências levantadas na literatura, a automedicação no Brasil é uma prática disseminada que requer atenção das autoridades, e trabalhadores da saúde para promover o uso racional de medicamentos e conscientizar a população da gravidade da automedicação.

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Publicado

09/05/2025

Como Citar

REZENDE, G. S.; PINTO, J. C. Automedicação e seus impactos na saúde pública do Brasil . Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 5, p. e3514548627, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i5.48627. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/48627. Acesso em: 24 jul. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde