A importância da nutrição adequada na prevenção da doença de Alzheimer
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i5.48926Palavras-chave:
Nutrição; Alzheimer; Prevenção de doença; Envelhecimento cognitivo; Demência pré-senil.Resumo
A Doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento. A nutrição adequada tem sido identificada como um fator importante na manutenção da saúde do cérebro e na prevenção do Alzheimer. O objetivo do presente estudo foi avaliar como a nutrição adequada pode ajudar na prevenção da doença de Alzheimer, investigando quais nutrientes e padrões alimentares são mais eficazes na redução do risco de desenvolvimento da doença. O estudo foi de caráter revisional e exploratório, revisando a literatura científica disponível sobre a relação entre nutrição e Doença de Alzheimer. Utilizou-se uma abordagem de revisão de literatura narrativa, analisando artigos e pesquisas recentes sobre a influência de diferentes nutrientes e dietas na saúde do cérebro e na prevenção do Alzheimer. Os estudos mostraram que a nutrição é fundamental para a promoção da saúde e prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento, especialmente as neurodegenerativas, como o Alzheimer. Com o aumento da expectativa de vida, cresce a incidência de demências, exigindo estratégias eficazes. Dietas ricas em antioxidantes, vitaminas e ácidos graxos essenciais, como a mediterrânea, mostraram-se protetoras contra o declínio cognitivo e influenciaram positivamente mecanismos epigenéticos, podendo ativar genes benéficos e silenciar os prejudiciais. Nesse contexto, o nutricionista exerce um papel essencial ao atuar de forma preventiva e terapêutica, identificando as necessidades nutricionais do idoso e promovendo intervenções que preservaram a funcionalidade e a cognição.
Referências
Akhgarjand, C., Hashemi, R., Amini, M., Rasekhi, H., Farazandeh, D., Etesam, F., Rasooli, A., Houjaghani, H., Faezi, S., & Vahabi, Z. (2024). The relationship between micronutrients and cognitive ability in an elderly population with mild cognitive impairment and Alzheimer’s disease: A cross-sectional study. BMC Neurology, 24(1), 416. https://doi.org/10.1186/s12883-024-03800-2.
Berthoud, H. R., & Neuhuber, W. L. (2000). Functional and chemical anatomy of the afferent vagal system. Anatomic Neuroscience: Basic and Clinical, 85(1–3), 1–17.
Bredesen, D. E. (2017). O fim do Alzheimer: O primeiro programa para prevenir e reverter o declínio cognitivo (G. Hirata, Trad., 1. ed., Coleção Vida e Saúde). Ed. Planeta do Brasil.
Kurtaj-Bajrami, B. (2023). Importance of nutritional biochemistry. Journal of Hygienic Engineering & Design, 44, 70–74. https://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=ffh&AN=2024-04-Aj7577&lang=pt-br&site=ehost-live.
Campos, E. M. C., Abreu, F. A., Hayakava, L. A., Boschi, M. M., Souza, N. P., Marques, R. A., & Chaud, D. M. A. (2020). Nutrição e doença de Alzheimer: breve revisão. Revista Univap, 26(50), 130–143. https://doi.org/1022-1-10-20200701. https://revista.univap.br.
FAO/WHO. (1998). Carbohydrates in human nutrition: Report of a Joint FAO/WHO Expert Consultation (FAO Food and Nutrition Paper No. 66, pp. 1–140). Food and Agriculture Organization of the United Nations.
https://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=cmedm&AN=9743703&lang=pt-br&site=ehost-live.
Cervi, A., Franceschini, S. C. C., & Priore, S. E. (2005). Análise crítica do uso do índice de massa corporal para idosos. Revista de Nutrição, 18, 765–75. https://doi.org/10.1590/S1415-52732005000600010.
Chowen, J. A., & Garcia-Segura, L. M. (2020). Microglia, neurodegeneration and loss of neuroendocrine control. Progress in Neurobiology, 184, 101720. https://doi.org/10.1016/j.pneurobio.2019.101720.
De Falco, A., Alves, F. C., Lima, F. A., Carvalho, K. S., & Castilho, M. S. (2016). Doença de Alzheimer: Hipóteses etiológicas e perspectivas de tratamento. Química Nova, 39(1), 1–9. https://doi.org/10.5935/0100-4042.20150152.
Institute of Medicine. (2007). Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids (macronutrients). National Academies Press. ISBN 9780309085373.
Duarte, P., Lima Filho, D. O., & Farias, S. A. (2021). A alimentação saudável como tendência: A percepção dos consumidores em relação a produtos com alegações nutricionais e de saúde. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 23(3), 405–21. https://doi.org/10.7819/rbgn.v23i3.4113.
Elmer, S. R., Harrison, J. A., & da Silva, V. R. (2016). Social media as a supplement to face-to-face education: The perspectives of Expanded Food and Nutrition Education Program paraprofessionals and graduates. Journal of Extension, 54(3), Article 3A5. https://www.joe.org/joe/2016june/pdf/JOE_v54_3a5.pdf.
https://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=eric&AN=EJ1107408&lang=pt-br&site=ehost-live.
Fernandes, J. da S. G., & Andrade, M. S. (2017). Revisão sobre a doença de Alzheimer: diagnóstico, evolução e cuidados. Psicologia, Saúde & Doenças, 18(1), Artigo 11. https://doi.org/10.15309/17psd180111.
Flores-Cordero, J. A., Fernández-Puga, N., Luque-Tévar, M., Sánchez-Garrido, M. A., & Moreno, M. (2022). Obesity as a risk factor for dementia and Alzheimer’s disease: The role of leptin. International Journal of Molecular Sciences, 23(9), 5202. https://doi.org/10.3390/ijms23095202.
Fornazari, V. B. R., & Obara, A. T. (2018). A alfabetização científica em nutrição humana: intersecções e divergências. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas, 14(30), 123–40.
https://doi.org/10.18542/amazrecm.v14i30.5291. https://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/5291/4897.
Fu, L.-L., et al. (2025). The role of 25-OH vitamin D in Alzheimer’s disease through Mendelian randomization and MRI. QJM: Monthly Journal of the Association of Physicians, 118(1), 24–32. https://doi.org/10.1093/qjmed/hcae166
https://research.ebsco.com/linkprocessor/plink?id=c8c5ab61-be98-3a34-9328-76670f0a9d4a
Hooper, C., et al. (2018). The relationship of omega-3 polyunsaturated fatty acids in red blood cell membranes with cognitive function and brain structure: A review focussed on Alzheimer’s disease. The Journal of Prevention of Alzheimer’s Disease, 5(1), 78–84. https://doi.org/10.14283/jpad.2017.19.
https://research.ebsco.com/linkprocessor/plink?id=7062175e-03bb-3d92-8ff9-eea5c4ed6442.
IBGE. (2023). Anuário Estatístico do Brasil, 2023: Indicadores demográficos. Esperança de vida ao nascer e taxa de mortalidade infantil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). http://www.anuario.ibge.gov.br/2023/caracteristicas-da-populacao/demografia.html.
Lee, C.-Y., et al. (2024). Role of vitamin B12 and folic acid in treatment of Alzheimer’s disease: A meta-analysis of randomized control trials. Aging, 16(9), 7856–7869. https://doi.org/10.18632/aging.205788. https://research.ebsco.com/linkprocessor/plink?id=9ce82a72-a6b8-33c2-b7e8-f5cee2f62391.
Lima, D. A. (2008). Tratamento farmacológico da doença de Alzheimer. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ, Ano 7. Jan-jun.
Liu, J., et al. (2025). The blood-brain barriers: Novel nanocarriers for central nervous system diseases. Journal of Nanobiotechnology, 23(1), 146. https://doi.org/10.1186/s12951-025-03247-8. https://research.ebsco.com/linkprocessor/plink?id=7b72e927-6669-3ca5-b97d-3cd5be1756e8.
Luna, R. F. S., & Francisco, J. G. O. (2014). A epigenética como uma nova hipótese etiológica. Physis: Revista de Saúde Coletiva, (24), 1. https://doi.org/10.1590/S0103-73312014000300006.
Murray, M. T. (2012). A Bíblia da Alimentação Saudável. Editora BestSeller.
Nitrini, R., et al. (2005). Diagnóstico de Doença de Alzheimer no Brasil: avaliação cognitiva e funcional. Recomendações do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 63(3), 720-727.
Naufel, M. F., et al. (2023). The brain-gut-microbiota axis in the treatment of neurologic and psychiatric disorders. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 81(7), 670–684. https://doi.org/10.1055/s-0043-1767818 https://research.ebsco.com/linkprocessor/plink?id=decf6484-b43d-3226-9d2a-b39f834574f0.
Organização Mundial da Saúde (OMS). (2022). Demência pode afetar até 78 milhões de pessoas até 2030. ONU News. https://doi.org/10.1804302. http://www.news.un.org/pt/story/2022/10/1804302.
Pantoja Fernandes, A. et al. (2024). Psicobióticos no tratamento da depressão: Um novo olhar para a saúde mental - revisão de busca sistematizada. Revista Foco (Interdisciplinary Studies Journal), 17(10), 1–15. https://doi.org/10.54751/revistafoco.v17n10-044.
https://research.ebsco.com/linkprocessor/plink?id=ed4e6940-70f9-31f8-9910-13da2c305fe7
Pereira, G. S., et al. (2023). Efeitos da estimulação não invasiva do nervo vago porta VNS
https://research.ebsco.com/linkprocessor/plink?id=aa670902-df48-3bec-9c4c-d3a889476ca9.
Philippi, S. T. (2013). Tabela de composição de alimentos: Suporte para decisão nutricional (4.ed). Editora Manole.
Reis, A. M. D., et al. (2018). Use of dietary fibers in enteral nutrition of critically ill patients: A systematic review. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 30(3), 358–365. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20180050.
https://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=cmedm&AN=30328989&lang=pt-br&site=ehost-live
Ribeiro, P. R., et al. (2019). Efeitos da dieta mediterrânea na saúde cognitiva de idosos. Alimentos e Nutrição, 30(4), 543–51.
https://doi.org/10.1590/1678-9865201930.038. https://www.scielo.br/j/alimentosnutricao/article/view/58263.
Silva, J. R., et al. (2020). Doença de Alzheimer: uma revisão da literatura. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 23(4), 123–34.
https://doi.org/10.1590/1809-9823.2020.190146. https://www.scielo.br/j/rbgg/article/view/190146
Silva, L. M., et al. (2020). A importância dos nutrientes na prevenção da doença de Alzheimer. Revista de Nutrição, 33(1), 1-10.
https://doi.org/10.1590/1678-986520203301. https://www.scielo.br/j/nutr/article/view/1678-986520203301.
Souzedo, F. B., Bizarro, L., & Pereira, A. P. A. de. (2020). O eixo intestino-cérebro e sintomas depressivos: uma revisão sistemática dos ensaios clínicos avaliados com probióticos. Jornal Brasileiro de Psiquiatria.
https://doi.org/10.1590/0047-2085000000285.
Sturmer, J., Silva, B. A. da, Seibel, R., Brunelli, Â. V., Garces, S. B. B., & Rosa, C. B. (2013). Risco nutricional de idosos portadores do mal de Alzheimer. Revista Contexto & Saúde, 11(20), 483–90. https://doi.org/10.21527/2176-7114.2011.20.483-490.
Sun, S., et al. (2024). Folic acid and S-adenosylmethionine reverse homocysteine-induced Alzheimer’s disease-like pathological changes in rat hippocampus by modulating PS1 and PP2A methylation levels. Brain Research, 1841, 149095.
https://doi.org/10.1016/j.brainres.2024.149095. https://research.ebsco.com/linkprocessor/plink?id=9413e013-b5b9-3a88-b4ca-3ee946dab272.
Valdivieso Castro, M. P., Ojeda Sánchez, J. C., & Ochoa Aucay, J. E. (2023). The role of the intestine as a target with a therapeutic role in people with neurodegenerative diseases. Salud, Ciencia y Tecnología, 3, 1–9.
https://doi.org/10.56294/saludcyt2023310. https://research.ebsco.com/linkprocessor/plink?id=294ae99d-61c0-3543-bad1-379675dc3b5d.
Vieira, G. D., & Sousa, C. M. (2013). Aspectos celulares e fisiológicos da barreira hematoencefálica. Journal of Health & Biological Sciences, 1(4), 166. https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v1i4.38.p166.2013 https://periodicos.unichristus.edu.br/jhbs/article/view/38.
Vitall, M. A. B. F., et al. (2008). A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e farmacológicos. Revista Psiquiatria Rio Grande do Sul, 30(1 supl). https://doi.org/10.1590/S0101-81082008000200002. https://www.scielo.br/j/rprs/a/LNQzKPVKxLSsjbTnBCps4XM.
Whitmer, R. A., Gunderson, E. P., Quesenberry Jr, C. P., & Yaffe, K. (2007). Body mass index in midlife and risk of Alzheimer disease and vascular dementia. Current Alzheimer Research, 4(2), 103–9.
WHO. (2020). Healthy diet. ONU News. http://www.news.un.org/pt/story/2022/10/1804302.
Xia, X., et al. (2018). Aging and Alzheimer’s disease: Comparison and associations from molecular to system level. Aging Cell, 17(5), e12802. https://doi.org/10.1111/acel.12802.
Zhang, J., et al. (2024). A two-front nutrient supply environment fuels small intestinal physiology through differential regulation of nutrient absorption and host defense. Cell, 187(22), 6251. https://doi.org/10.1016/j.cell.2024.08.012.
Zhu, X., et al. (2024). Relationship between dietary macronutrients intake and biological aging: A cross-sectional analysis of NHANES data. European Journal of Nutrition, 63(1), 243–51. https://doi.org/10.1007/s00394-023-03261-2.
Zimmermann, M. B., & Hurrell, R. F. (2007). Nutritional iron deficiency. The Lancet, 370(9586), 511–20. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(07)61235-5.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Alessandra Lazzarini Marcondes de Santi; Carlos Alberto Maciel Teixeira; Maria Claudia da Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.