O ensino-aprendizagem das cores e das formas na educação infantil: uma experiência com alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5925Palavras-chave:
Autismo; Educação Infantil; Relato de experiência.Resumo
A discussão sobre inclusão escolar de alunos que possuem necessidades específicas está cada vez mais presente na sociedade. É preciso fornecer meios e condições adequadas para aprendizado destes alunos e incluí-los com os demais, como: aulas diferenciadas, brincadeiras e jogos educativos que facilitam a aprendizagem. Ações como estas e outras permitem o desenvolvimento dos mesmos. Sendo assim, o presente estudo se propôs a relatar as contribuições para a inclusão a partir de uma atividade “Comprando minha fruta preferida” desenvolvida com uma aluna com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em uma turma de Educação Infantil. Foi aplicada uma atividade dinâmica de visita a um comércio de alimentos, onde os alunos compraram uma fruta de sua preferência, no local foi explicado sobre as formas, variedades e cores das frutas, verduras e legumes. Logo após, os alunos retornaram à escola para ser explicado sobre a utilização das frutas e dos resíduos gerados após o consumo, como a casca e sementes. A degustação destas frutas foi realizada em seguida, e após esta etapa os alunos realizaram uma atividade no livro referente a prática. Durante a atividade, observou-se, a participação da aluna com TEA. As atitudes da mesma foram opostas ao habitual da sala de aula, a agressividade, a constante agitação e a dificuldade de concentração deram lugar ao interesse e realização da atividade, além da maior afetividade e envolvimento com colegas e professoras. Portanto, estratégias pedagógicas diferenciadas ampliam possibilidades de aprendizagem e, bem como, a função de atender com eficácia alunos com necessidades específicas.
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