Perfil epidemiológico de doenças transmitidas por insetos vetores em municípios brasileiros localizados na região de fronteira com a Argentina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24070

Palavras-chave:

Fronteira internacional; Políticas públicas; Promoção da saúde; Vulnerabilidades em saúde.

Resumo

As doenças vetoriais tornaram-se uma preocupação permanente na área da saúde e apresentam características endêmicas que desafiam a saúde pública. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico de doenças transmitidas por insetos vetores em municípios brasileiros localizados em região de fronteira com a Argentina. Trata-se de uma pesquisa quantitativa de caráter retrospectivo e transversal, cujos dados foram obtidos junto ao Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN). As doenças abordadas foram a dengue, febre amarela, febre chikungunya, leishmaniose e zika vírus em municípios localizados no estado do Rio Grande do Sul (Barra do Guarita, Derrubadas e Esperança do Sul) e em Santa Catarina (Guaraciaba, Itapiranga, Paraiso, Santa Helena e Tunápolis), relativo ao período de 2014 a 2019. Observaram-se casos isolados esporádicos das doenças nos municípios. Evidenciou-se maior incidências de casos no estado de Santa Catarina, com predominância para o sexo masculino, da cor branca e local de residência urbana. Os meses que apresentaram maior notificações foram março, abril e maio, sendo que não ocorrem internações hospitalares e a maioria evoluiu para cura. Observa-se uma carência de estudos sobre a distribuição geográfica e dispersão de vetores, bem como das doenças veiculadas por estes na região de fronteira. Os resultados desta pesquisa contribuem para a fundamentação de políticas públicas de saúde e para embasar ações específicas de controle em municípios localizados nesta região.

Referências

Almeida, S. P., de Lima Palmeira, A. M., Toledo, M. M., & Pereira, L. S. (2021). Análise da qualidade e oportunidade dos dados do sinan no enfrentamento à dengue: reflexões e contribuições para políticas públicas de saúde. Práticas e Cuidado: Revista de Saúde Coletiva, 2, e12964-e12964.

Armada, C. A. S. (2016). Governança global e justiça ambiental face aos desafios da mudança climática planetária. Tese de doutorado, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, Santa Catarina, Brasil, e98-e114.

Brasil. Ministério da Saúde. Estratégia de saúde digital para o Brasil 2020-2028. (2020). 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde.

Borges, S. M. A. A. (2018). Importância epidemiológica do Aedes albopictus nas Américas. Dissertação de mestrado, Faculdade de Saúde Pública de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil, e18-e33.

Campos, F. I., Campos, D. M. B., Vital, A. V., & Paixão, T. F. P. (2018). Meio ambiente, Desenvolvimento e expansão de doenças transmitidas por vetores. Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science, 7(2), 49-63.

Costa, G. V. L. (2018). Governamentalidade e Soberania na Fronteira Brasil-Bolívia: Segurança Nacional e Saúde. Dados, 61 (2), 373-404.

Creswell, J. W., & Creswell, J. D. (2021). Projeto de pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. Penso Editora.

Ellwanger, J. H. (2019). Fatores imunogenéticos e ambientais envolvidos no estabelecimento de doenças virais emergentes, reemergentes e negligenciadas no Brasil um enfoque na perspectiva One Health. Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, e22-e63.

Fraga. L. S., & Monteiro, S. (2014). A gente é um passador de informação: práticas educativas de agentes de combate a endemias no serviço de controle de zoonoses em Belo Horizonte, MG. Saúde e Sociedade, 23 (3). 993-1006.

Kohler, L. I. A., de Azevedo, J., Lima, M. A., Marinho, R. A., & de Souza, L. J. (2018). Perfil epidemiológico dos pacientes com evolução subaguda e crônica de infecção por Chikungunya. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, 16(1), 13-17.

Lima, C. C. M. (2015). Entre a estima pelo animal e o risco à saúde: os saberes e as experiências dos proprietários de cães com leishmaniose. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, e44-58.

Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2011) Metodologia Científica: métodos científicos. Atlas editora.

Mendes, A. M., Peiter, P. C., Eugênio, N. C. C., Trindade, F. R., Franco, V. D. C., Morel, V. & Gastel, B. V. (2018). Vulnerabilidade e acesso a atenção a saúde e às ações de prevenção à face das doenças de transmissão vetorial na zona transfronteiriça Brasil-Guiana Francesa

Rodrigues, C. F. M., Rodrigues, V. S., Neres, J. C. I., Guimarães, A. P. M., Neres, L. L. F. G., & Carvalho, A. V. (2017). Desafios da saúde pública no Brasil: relação entre zoonoses e saneamento. Scire Salutis, 7(1), 27-37.

Santos, A. F. S, Pinto, T. R.S e de Lima, A. F (2018). Análise do perfil epidemiológico dos casos de leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral no município de maceió / al nos anos de 2011 a 2016. Semana de Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes-SEMPESq-Alagoas, (6).

Teixeira, M. G., Costa, M. D. C. N., Carmo, E. H., Oliveira, W. K. D., & Penna, G. O. (2018). Vigilância em Saúde no SUS-construção, efeitos e perspectivas. Ciência & Saúde Coletiva, 23, 1811-1818.

Downloads

Publicado

22/12/2021

Como Citar

ANTUNES, K. .; BUSATO, M. A. .; LUTINSKI, J. A. Perfil epidemiológico de doenças transmitidas por insetos vetores em municípios brasileiros localizados na região de fronteira com a Argentina. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 17, p. e112101724070, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i17.24070. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24070. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde