Verificação de corantes por meio da rotulagem de alimentos destinados ao público infantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4146

Palavras-chave:

Aditivos alimentares; Crianças; Alimentos industrializados.

Resumo

O presente estudo teve por objetivo verificar a presença dos principais corantes utilizados nos produtos alimentícios destinados ao público infantil por meio da rotulagem. Trata-se de um estudo de caráter exploratório, descritivo e quantitativo realizado em estabelecimentos comerciais do município de Teresina-PI. A verificação dos corantes foi por meio de registro fotográfico da rotulagem, na qual os produtos analisados foram categorizados com base ao grupo de alimentos à qual cada produto pertence e os relacionou com os possíveis efeitos à saúde. De acordo com os resultados, os corantes naturais (41%) foram os mais presentes nos alimentos, seguido pelos corantes artificiais (35%), sendo a tartrazina (16,5%) o mais presente, seguido pelo amarelo crepúsculo e dióxido de titânio, ambos com 14,3%. Nos grupos alimentares, destaca-se a presença de carmim em biscoitos e bolos recheados, urucum nos salgadinhos e snacks e em macarrão instantâneo e dióxido de titânio em sucos de pacote. Diante disso, observou-se um percentual considerável de corantes naturais e artificias nos produtos infantis analisados demonstraram sua ampla utilização nesses produtos. Entretanto, não existe consenso sobre as repercussões para a saúde diante do consumo desses corantes, sendo necessária a realização de mais estudos experimentais e longitudinais para comprovar seu efeito em longo prazo.

Referências

Alison, D & Collins, P. (2000). Colouring our food in the last and next Millennium. International Journal of Food Science and Technology. 35:5-22.

Al-Shabib, NA, Khan. JM, Khan. MS, Ali. MS, Al-Senaidy. AM, Alsenaidy. MA, Husain. FM, & Al-Lohendan. HA. (2017). Synthetic food additive dye "Tartrazine" triggers amorphous aggregation in cationic myoglobin. International Journal of Biological Macromolecules. 98: 277-286.

Amchova, P, Kotolova, H & Ruda-Kucerova, J. (2015). Health safety issues of synthetic food colorants. Regulatory toxicology and pharmacology. 73(3): 914-922.

Amin, KA, Hameid, HA & Elsttar, AHA (2010). Effect of food azo dyes tartrazine and carmoisine on biochemical parameters related to renal, hepatic function and oxidative stress biomarkers in young male rats. Food and Chemical Toxicology. 48:2994-2999.

Bastos, D. H. M., Rogero, M. M., &Arêas, J. A. G. (2009). Mecanismos de ação de compostos bioativos dos alimentos no contexto de processos inflamatórios relacionados à obesidade. Arquivos Brasieliros de Endocrinologia & Metabogia. 53(5):646-656.

Bettini, S, Boutet-Robinet, E, Cartier, C, Coméra, C, Gaultier, E, Dupuy, J, Naud, N, Taché, S, Grysan, P, Reguer, S, Thieriet, N, Réfrégiers, M, Thiaudière, D, Cravedi, JP, Carrière, M, Audinot, JN, Pierre, FH, Guzylack-Piriou, L & Houdeau, E. (2017). Food-grade TiO2 impairs intestinal and systemic immune homeostasis, initiates preneoplastic lesions and promotes aberrant crypt development in the rat colon. Scientific reports.7: 40373.

Brasil. (1997). Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997. Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares - definições, classificação e emprego. Diário Oficial da União, 28 de out.

Carocho, M, Morales, P & Ferreira, ICFR. (2015). Natural food additives: quo vadis? Trends in food science & technology. 45(2): 284-295.

Gomes, KMS & Oliveira, MVG. (2013). Citotoxicity of food dyes sunset yellow (e-110 ), bordeaux red ( e-123 ), and tatrazine yellow ( e-102 ) on allium cepa l . root meristematic cells. Food science and technology. 33(1):218-223.

Gupta, V, Mittal. A, Krishnan, L & Mittal, J. (2006). Adsorption treatment and recovery of the hazardous dye, brilliant blue fcf, over bottom ash and de-oiled soya. Journal of Colloid and Interface Science. 293:16–26.

Khiralla, GM, Salem, SA & El-Malky, WA. (2015). Effect of natural and synthetic food coloring agents on the balance of some hormones in rats. 5(2):88-95.

König, J. (2015). Food colour additives of synthetic origin. In: SCOTTER, Michael J. (Ed.). Colour Additives for Foods and Beverages. Cambridge: Woodhead Publishing.

Leo, L, Loon, C, Ho, XL, Raman. MFB, Suan. MYT & Loke. WM. (2018). Occurrence of azo food dyes and their effects on cellular inflammatory responses. Nutrition. 46:36–40.

Marmitt, S, Pirotta, LV & Stülp, S. (2010). Aplicação de fotólise direta e UV/H2O2 a efluente sintético contendo diferentes corantes alimentícios. Revista Química. 33(2): 384-8.

Martins, N, Roriz, CL, Morales, P, Barros, L & Ferreira, ICFR (2016). Food colorants: challenges, opportunities and current desires of agro- industries to ensure consumer expectations and regulatory practices. Trends in Food Science & Technology. 52, 1-15.

Masone, D & Chanforan, C. (2015). Study on the interaction of artificial and natural food colorants with human serum albumin: a computational point of view. Computational biology and chemistry. 56:152-158.

Mpountoukas, P, Pantazaki, A, Kostareli. E, Christodoulou.P, Kareli. D, Poliliou, S, Mourelatos. C, Lambropolou, V, & Lialiaris, T. (2010). Cytogenetic evaluation and dna interaction studies of the food colorants amaranth, erythrosine and tartrazine. Food and chemical toxicology. 48(10): 2934-2944.

Pereira, AS, Shitsuka, DM, Parreira, FJ, Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Acesso em 6 maio 2020, em https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/%20Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Prado, MA & Godoy, HT. (2007). Teores de corantes artificiais em alimentos determinados por cromatografia líquida de alta eficiência. Química Nova. 30: 268-73.

Polônio, M. L. T., & Peres, F. (2009). Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. Cadernos de saúde pública. 25(8):1653-1666.

Schumann, SPA, Polônio, MLT & Gonçalves, ECBA. (2008). Avaliação do consumo de corantes artificiais por lactentes, pré-escolares e escolares. Ciência e Tecnologia de Alimentos. 28(3):534-9.

Stevens, LJ, Burgess. JR, Stochelski, MA & Kuczek. T. (2015). Amounts of artificial food colors in commonly consumed beverages and potential behavioral implications for consumption in children: revisited. Clinical pediatrics. 54(12):1228-1230.

Stevenson J. (2007). Food additives and hyperactive behaviour in 3-yaer-old and 8/9-year-old children in the community: a randomized, double- -blinded, placebo-controlled trial. The Lancet. 370:1560-1567.

Tomaska, LD & Brooke-Taylor, S. (2014). Food Additivis: Food Additivis. General Eneyclopedia of Food Safety. 2:449-454.

Volp, ACP, Renhe, IRT & Stringueta, PC. (2009). Pigmentos Naturais Bioativos. Alimentos e Nutrição, 20(1):157-166.

Yadav, A, Kumar.A & Tripathi, AM. (2013). Sunset yellow fcf, a permitted food dye, alters functional responses of splenocytes at non-cytotoxic dose. Toxicology letters. 217(3):197-204.

Ye, X, Du, Y, Lu, D & Wang, C. (2013). Fabrication of β-cyclodextrin-coated poly (diallyldimethylammonium chloride) - functionalized graphene composite film modified glassy carbon-rotating disk electrode and its application for simultaneous electrochemical determination colorants of sunset yellow and tartrazine. Analytica Chimica Acta. 779: 22-34.

Downloads

Publicado

11/05/2020

Como Citar

SOUSA, F. das C. D. A. de; MOREIRA, L. R. S.; OLIVEIRA, J. M. de S.; BRITO, M. M. de; BARROS, N. V. dos A.; SANTOS, G. M. dos; ABREU, B. B. de; SOUSA, P. V. de L. Verificação de corantes por meio da rotulagem de alimentos destinados ao público infantil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e250974146, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.4146. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/4146. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde