Tratamento tópico para feridas oncológicas sangrantes em pacientes com câncer de mama: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33942Palavras-chave:
Ferimentos e Lesões, Neoplasias da Mama, Terapêutica.Resumo
Objetivo: Analisar as principais evidências clínicas acerca do tratamento tópico para feridas oncológicas sangrantes em pacientes com câncer de mama. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada por meio do método PRISMA, nas bases de dados eletrônicas PubMed, Scopus e Web of Science, por meio dos seguintes descritores: “breast neoplasms” “breast cancer”, “wounds and injuries”, “malignant fungating wounds”, “malignant wounds” e “bleeding”. Foram incluídos textos completos, disponíveis em português, inglês ou espanhol, publicados entre janeiro de 2010 a junho de 2022. Além desses fatores, foi definido como critério de inclusão estudos primários que investigaram tratamentos, intervenções ou quaisquer medidas tópicas para o controle do sangramento de feridas oncológicas em pacientes adultos (≥ 18 anos) com câncer mama. Resultados: 06 artigos compuseram a amostra final desse estudo, com maior frequência de publicação em 2012 (n: 02). As participantes dos estudos primários analisados foram submetidas a 12 tipos diferentes de tratamentos tópicos, que incluíram revestimentos hemostáticos, revestimentos não aderentes, medicamento vasoativo e substâncias cauterizantes. No geral, todos os estudos relataram sucesso terapêutico em relação às formas específicas de tratamento empregadas. Conclusão: As evidências atuais mostram sucesso terapêutico em feridas oncológicas sangrantes a partir da aplicação tópica de diversos produtos. Porém os resultados devem ser interpretados com cautela, dado ao baixo nível de evidência apresentado pelos estudos.
Referências
Almeida, G. L., Nascimento, J. W. A., Souza, M. A. O., Santos, B. G. G., Roque, G. S. L., & Santos, I. C. R. V. (2020). Termo adequado para feridas resultantes de processos oncológicos: uma revisão integrativa. Revista Nursing, 23(267), 4478-4481.
Ausen, K., Hagen, A. I., Østbyhaug, H. S., Olafsson, S., Kvalsund, B. J., Spigset, O., et al. (2020). Topical moistening of mastectomy wounds with diluted tranexamic acid to reduce bleeding: randomized clinical trial. BJS Open. 4(2), 216-224.
Brasil. Ministério da Saúde (MS). (1998). Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília: Ministério da Saúde. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm
Choate, E. A., Nobori, A., & Worswick, S. (2019). Cutaneous metastasis of internal tumors. Dermatol Clin. 37(4), 545–554.
Finlayson, K., Teleni, L., & Mccarthy, A. L. (2017). Topical opioids an antimicrobials for the management of pain, infection, and infection-related odors in malignant wounds: a systematic review. Oncol Nurs Forum. 44, 626-662.
Fromantin, I., Watson, S., Baffie, A., Riva, A., Falcou, M. C., & Kriegel, I. (2014). A prospective, descriptive cohort study of malignant wound characteristics and wound care strategies in patients with breast cancer. Ostomy Wound Manage. 60(6), 38-48.
Kakimoto, M., Tokita, H., Okamura, T., & Yoshino, K. (2010). A chemical hemostatic technique for bleeding from malignant wounds. J Palliat Med. 13(1), 11-13.
Monleón-Just, M., Garcia, Y. R., Ruiz-López, D., Borrego, A. S., Crespo, A. A., Jiménez, G. C., et al. (2012). Care in the deterioration of skin integrity due to ductal carcinoma. Palliat Med. 19(4), 155-159.
Nascimento, J. W. A., Santos, R. S., Santos, T. M. R., Silva, A. L. B., Rodrigues, L. D. C., Silva, V. W., et al. (2021). Complications associated with intimate partner violence in pregnant women: a systematic review. Int. J. Dev. Res. 11(7), 48924-48928.
Nielsen, J., & Fogh, K. (2015). Clinical utility of foam dressings in wound management: a review. Chronic Wound Care Management Res. 2, 31-38.
Page, M. J., McKenzie, J. E., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D., et al. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ. 372:n71.
McHugh, M. L. (2012). Interrater reliability: the kappa statistic. Biochemia Medica. 22(3), 276-282.
Meaume, S., Fromantin, I., & Teot, L. (2013). Neoplastic wounds and degenerescence. J Tissue Viability. 22(4), 122–130.
Merz, T., Klein, C., Uebach, B., Kern, M., Ostgathe, C., & Bükki, J. (2011). Fungating wounds - Multidimensional challenge in palliative care. Breast Care. 6, 21-24.
Pati, D., & Lorusso, L.N. (2018). How to Write a Systematic Review of the Literature. HERD. 11(1), 15-30.
Pereira, J., & Phan, T. (2004). Management of bleeding in patients with advanced cancer. Oncologist. 9(5), 561-570.
Qiu, J. M., & DelVecchio Good, M. J. (2021). Making the best of multidisciplinary care for patients with malignant fungating wounds: a qualitative study of clinicians’ narratives. Palliat Med. 35, 179–187.
Santos, A. S. O., Mesquita, A. C., Silva, A. M. C. R., Paiva, F. M. S. N., Nascimento, C. T., & Peres, L. M. V. (2022). Aspectos fisiopatologicos das feridas neoplasicas: revisão de escopo. Research, Society and Development. 11(3), e58711326832.
Seaman, S., & Bates-Jensen, M. (2015). Skin disorders. Malignant wounds, fistulas, and stomas. Oxford Textbook of Palliative Nursing (4ª ed), Oxford University Press, Nova York.
Simman, R., Reynolds, D., & Saad, S. (2013). Bedside bleeding control, review paper and proposed algorithm. J Am Coll Clin Wound Spec. 4(2), 40-44.
Stillwell, S., Fineout-Overholt, E., Melnyk, B. M., & Wiliamson, K. M. (2010). Evidence– based practice: step by step. Am J Nurs; 110(5), 41-47.
Tilley, C., Lipson, J., & Ramos, M. (2016). Palliative Wound Care for Malignant Fungating Wounds: Holistic Considerations at End-of-Life. Nurs. Clin. N. Am. 51, 513–531.
Tilley, C. P., Fu, M. R., Cleeve, J. V., Crocilla, B. L., & Comfort, C. P. (2020). Symptoms of Malignant Fungating Wounds and Functional Performance among Patients with Advanced Cancer: An Integrative Review from 2000 to 2019. J Palliat Med. 23(6), 848-862.
Tsichlakidou, A., Govina, O., Vasilopoulos, G., Kavga, A., Vastardi, M., & Kalemikerakis, I. (2019). Intervention for symptom management in patients with malignant fungating wounds - a systematic review. J BUON. 24(3), 1301–1308.
Tsukada, T., Nakano, T., Matoba, M., Matsui, D., & Sasaki, S. (2012). Locally advanced breast cancer made amenable to radical surgery after a combination of systemic therapy and Mohs paste: two case reports. J Med Case Rep. 6, 360.
Uebach, B., Krull, E., Simon, S. T., Bausewein, C., Voltz, R., Doll, A., et al. (2022). Guideline-based Care for patients with malignant lesions : The new S3 guideline for patients with incurable cancer. HNO. 70(3), 167-178.
Vardhan, M., Flaminio, Z., Sapru, S., Tilley, C. P., Fu, M. R., Comfort, C., et al. (2019). The Microbiome, Malignant Fungating Wounds, and Palliative Care. Front. Cell. Infect. Microbiol. 9, 373.
Verdon, A. (2015). Fungating wounds: causes, characteristics and impact on patients. Wound Essentials. 10(2), 60-63.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Cynthia Lopes Ferreira; Karoliny Alves Pereira; Mariana Silva Vasconcelos dos Santos; Etiene Alves de Santana Uchôa; Polyana Alves Bernardino; Vitória Campos dos Santos; Rayane Gomes de Barros; Thaysa Rafaela Lima da Silva; José William Araújo do Nascimento
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
