Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) dos produtores rurais que desenvolvem a silvicultura no Município de Peçanha, Minas Gerais, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10123Palavras-chave:
Produtor fomentado; Indústria de celulose; Produtor independente.Resumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar o Índice de Desenvolvimento da Família (IDF) dos produtores rurais que trabalham com silvicultura no município de Peçanha, Minas Gerais. O enfoque foi dado a dois grupos de produtores identificados na pesquisa, classificados como produtores fomentados e produtores independentes. O primeiro grupo destaca-se pela parceria estabelecida com a indústria de celulose, por meio do programa de fomento florestal para produção de madeira, e o segundo, por atuar de forma independente, cuja madeira é destinada para produção de carvão vegetal, sem vínculo com a indústria de celulose. Para cumprir com as demandas do trabalho, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais e foi feita uma incursão ao campo. Para validar os dados, foram utilizados testes estatísticos para compreender as diferenças encontradas nos dois grupos de produtores. O IDF foi a ferramenta empregada para conhecer a realidade das famílias dos produtores entrevistados. Os resultados apontaram que os produtores fomentados apresentam um IDF melhor que o dos produtores independentes, ou seja, que o fomento florestal tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida dos produtores, possibilitando melhores condições de saúde e educação para os membros de sua família. Por meio da distribuição do IDF dos produtores nos dois grupos, verifica-se a influência do tamanho da propriedade, da área de silvicultura e da área de fomento no nível de desenvolvimento de cada produtor.
Referências
Andrade, F. F. de & Dias, C. R. P. (2009). Desenvolvimento social e dimensões da pobreza: uma análise do índice de desenvolvimento das famílias (IDF) na região de Bocaiuva-MG. Desenvolvimento em Questão, Ijuí, RS, 7(14) 143-72. DOI: https://doi.org/10.21527/2237-6453.2009.14.143-172.
Barbosa, R. A., Braga, G. B., Valverde, S. R., Vilela, K. de F., Queiroz, C. S. de, Souza, P. B. de & Gonçalves, W. (2020). The evolution of planted forests from 1986 to 2017: the Brazilian case of Peçanha, Minas Gerais. Brazilian Journal of Production Engineering - BJPE, 6(4) 72-84. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/bjpe/article/view/30030.
Barros, R. P. de, Carvalho, M. de, & Franco, S. (2003). O Índice de Desenvolvimento da Família (IDF). Repositório do conhecimento do IPEA, Rio de Janeiro, 1-19. Recuperado de http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2946.
Bussab, W. O., & Morettin, P. A. (1987). Estatística básica. (4a ed.), São Paulo: Atual.
Canto, J. L. do, Coelho, F. M. G., Noce, R., Machado, C. C., Rezende, J. L. P. de, Mendes, L. M., & Oliveira, J. M. de. (2009). Aspectos sociais do fomento florestal no Estado do Espírito Santo. Cerne, Lavras, MG, 15(2) 123-32. Recuperado de https://www.redalyc.org/pdf/744/74413018002.pdf
Cardoso, D. F., & Ribeiro, L. C. S. (2015). Índice Relativo de Qualidade de Vida para os municípios de Minas Gerais. Planejamento e Políticas públicas, 45. Recuperado de https://www.ipea.gov.br/ppp/index.php/PPP/article/view/503
CENIBRA [Celulose Nipo-Brasileira]. Coordenação de Fomento Florestal – DESIL-F. Dados do fomento da CENIBRA. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por rodney.barbosa@ifmg.edu.br em 30 jul. 2019.
Cohn, A. (2005). Equidade, saúde e critérios para alocação de recursos. Ciência e Saúde Coletiva, 10, 287-288. Recuperado de https://www.scielosp.org/pdf/csc/2005.v10n2/287-288/pt.
Graça, C. T., et al. (2017). Fragilidade dos direitos de propriedade no Brasil: diagnóstico e estimativa de alguns custos para o setor florestal. In: Graça, C. T., et al.(2017) Governança de terras: da teoria à realidade brasileira. Brasília: FAO/SEAD. 14, 339-68.
IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]. (2017). Produção da extração vegetal e da silvicultura (SIDRA/Tabela 5930). Rio de Janeiro: IBGE. Recuperado de https://sidra.ibge.gov.br/tabela/5930.
Kageyama, A. A. (2004). Desenvolvimento rural: conceito e medida. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, 21(3) 379-408. DOI: http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct2004.v21.8702
Minayo, M. C. de S. (org.). Deslandes, O. C., & Gomes, R. (2009). Pesquisa social teoria, método e criatividade. (28a ed.), Petrópolis, RJ: Vozes.
Najar, A. L., Baptista, T. W. de F., & Andrade, C. L. T. de. (2008). Índice de desenvolvimento da família: uma análise comparativa em 21 municípios do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24, 134-147. Recuperado de https://www.scielosp.org/article/csp/2008.v24suppl1/s134-s147/pt/
Ney, M. G., & Hoffmann, R. (2003). Desigualdade de renda na agricultura: o efeito da posse da terra. Revista Economia. Niterói, RJ, 4(1), 13-152. Recuperado de https://www.researchgate.net/profile/Rodolfo_Hoffmann/publication/4982716_Desigualdade_de_renda_na_agricultura_o_efeito_da_posse_da_terra/links/56eab6d808ae95fa33c8497e.pdf.
Olher, B. S. Família e educação: um estudo do desenvolvimento local da Zona da Mata mineira. (2018). Tese (Doutorado em Economia Doméstica) – Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.
Olher, B. S., Barreto, M. de L. M., Braga, G. B., & Loreto, M. das D. S. (2018). A evolução do índice de desenvolvimento da família (IDF) da cidade de Viçosa entre os anos de 1980 e 2010. Interações, Campo Grande, 19(3), 643-653. DOI: http://dx.doi.org/10.20435/inter.v19i3.1739.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa cientifica. Santa Maria, RS. UFSM, NTE. Recuperado de https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/358/2019/02/Metodologia-da-Pesquisa-Cientifica_final.pdf
Projeto MapBIOMAS. (2019). Coleção v. 3.1 da série anual de mapas de cobertura e uso de solo do Brasil. Recuperado de http://mapbiomas.org/map#coverage.
PNUD [Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento]. Desenvolvimento Humano e IDH. (2018). Recuperado de http://www.br.undp.org/content/brazi l/pt/home/idh0.html.
Raupp, F. M., & Beuren, I. M. (2003). Metodologia da pesquisa aplicável às ciências sociais. 3, 76-97. Recuperado de http://www.geocities.ws/cienciascontabeisfecea/estag io/Cap_3_Como_Elaborar.pdf
Sen, A. (2000). Desenvolvimento como liberdade. Introdução, – Capítulos 1 e 2. São Paulo: Companhia das Letras.
Silva, E. L. da, & Menezes, E. M. (2001). Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC.
Silva, M. Z., Rech, L. C., & Rech, G. M. (2010). Estudo sobre as práticas de gestão utilizadas no gerenciamento das pequenas propriedades rurais de Guaramirim. Revista Ciências Sociais em Perspectiva, 9(17) DOI: http://dx.doi.org/10.5935/rcsp.v9i17.3969.
Silva, V. A., Ribeiro, L. C. de S., & Esperidião, F. (2020). Municipal development and infrastructure index and its relationship with child mortality in brazilian municipalities. Research, Society and Development, 9(6), e169963491. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3491
Sousa, D. V. de. (2005). Utilização do índice de desenvolvimento familiar (IDF) como ferramenta de análise urbana. Caminhos de Geografia. Uberlândia 20(16), 225-234, Recuperado de http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/15461/ 8751
Ultramari, C., & Duarte, F. (2009). Desenvolvimento local e regional. Curitiba: IBPEX.
Vergara, S. C. (2004). Projetos e relatórios de pesquisa em administração. (5a ed.), São Paulo: Atlas.
Vinuto, J. (2014). A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate aberto. Temáticas, Campinas, SP, 22(44), 203-20. Recuperado de https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas/article/view/10977
Vivan, A. M., & Sette, R. de S. (2001). Análise de eficiência técnica e identificação do perfil gerencial de produtores rurais. Revista de Administração da UFLA: Organizações Rurais e Agroindústrias, 3(1). DOI: 10.22004/ag.econ.43364.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Rodney Alves Barbosa; Gustavo Bastos Braga; Sebastião Renato Valverde; Katia de Fatima Vilela; Bruno Silva Olher; Marco Paulo Andrade; João Paulo Louzada Vieira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.