Potencial antimicrobiano de extratos de própolis amazônica de Apis mellifera L. em Xanthomonas axonopodis pv. manihotis no estado do Pará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10239Palavras-chave:
Apicultura; Amazônia; Mandioca; Compostos fenólicos; Fitopatógeno.Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial efeito in vitro de extratos de própolis apícola amazônica sobre o crescimento de Xanthomonas axonopodis pv. manihotis, agente causal da bacteriose da mandioca. As amostras de própolis foram coletadas em apiários com colmeias habitadas por abelhas Apis mellifera L. (africanizadas) nos municípios de Santa Izabel e Curuçá, no estado do Pará. Os extratos foram obtidos a partir de maceração estática por 24 h com os solventes hexano, acetato de etila e etanol 80%. Os perfis fenólicos das amostras foram obtidos através de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência/Detecção de Arranjo de Diodos/Espectrometria de Massas com Ionização Electrospray (HPLC/DAD/ESI-EM). A atividade antibacteriana foi verificada com os extratos nas concentrações de 0,1; 0,2; 0,3 e 0,4%. A análise química revelou a presença do kaempferol na amostra de Santa Izabel-PA, do ácido gálico na amostra de Curuçá-PA, e do 3,4-dihidroxibenzoico em ambas amostras. O extrato etanólico a 80% da própolis apícola de Santa Izabel reduziu significativamente o crescimento de X. axonopodis pv. Manihotis.
Referências
Bankova, V., Popova, M., & Trusheva, B. (2014). Propolis volatile compounds: Chemical diversity and biological activity: A review. Chemistry Central Journal, 8(1), 28. https://doi.org/10.1186/1752-153X-8-28
Bertrams, J., Müller, M. B., Kunz, N., Kammerer, D. R., & Stintzing, F. C. (2013). Phenolic compounds as marker compounds for botanical origin determination of German propolis samples based on TLC and TLC-MS. Journal of Applied Botany and Food Quality, 86(1), 143–153. https://doi.org/10.5073/JABFQ.2013.086.020
Bonamigo, T., Campos, J. F., Oliveira, A. S., Torquato, H. F. V., Balestieri, J. B. P., Cardoso, C. A. L., Paredes-Gamero, E. J., de Picoli Souza, K., & dos Santos, E. L. (2017). Antioxidant and cytotoxic activity of propolis of Plebeia droryana and Apis mellifera (Hymenoptera, Apidae) from the Brazilian Cerrado biome. PLOS ONE, 12(9), 1–19. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0183983
Boonsai, P., Phuwapraisirisan, P., & Chanchao, C. (2014). Antibacterial activity of a cardanol from thai apis mellifera propolis. International Journal of Medical Sciences, 11(4), 327–336. https://doi.org/10.7150/ijms.7373
Castro, C., Mura, F., Valenzuela, G., Figueroa, C., Salinas, R., Zuñiga, M. C., Torres, J. L., Fuguet, E., & Delporte, C. (2014). Identification of phenolic compounds by HPLC-ESI-MS/MS and antioxidant activity from Chilean propolis. Food Research International, 64, 873–879. https://doi.org/10.1016/j.foodres.2014.08.050
Catchpole, O., Mitchell, K., Bloor, S., Davis, P., & Suddes, A. (2015). Antiproliferative activity of New Zealand propolis and phenolic compounds vs human colorectal adenocarcinoma cells. Fitoterapia, 106, 167–174. https://doi.org/10.1016/j.fitote.2015.09.004
IBGE. (2018). Produção Agrícola Municipal 2018. https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/agricultura-e-pecuaria/9117-producao-agricola-municipal-culturas-temporarias-e-permanentes.html.
Kado, C. I., & Heskett, M. G. (1970). Selective media for isolation of Agrobacterium, Corynebacterium, Erwinia, Pseudomonas, and Xanthomonas. Phytopathology, 60(6), 969–976. https://doi.org/10.1094/Phyto-60-969
Lopes, C. V. A., & Albuquerque, G. S. C. de. (2018). Agrotóxicos e seus impactos na saúde humana e ambiental: uma revisão sistemática. Saúde Em Debate, 42(117), 518–534. https://doi.org/10.1590/0103-1104201811714
Lozano, J. C. (1986). Cassava Bacterial Blight: A Manageable Disease. Plant Disease, 70(12), 1089. https://doi.org/10.1094/pd-70-1089
Muli, E. M., & Maingi, J. M. (2007). Antibacterial activity of Apis mellifera L. propolis collected in three regions of Kenya. Journal of Venomous Animals and Toxins Including Tropical Diseases, 13(3), 655–663. https://doi.org/10.1590/S1678-91992007000300008
Murphy, S. E., Raulinaitis, V., & Brown, K. M. (2005). Nicotine 5′-oxidation and methyl oxidation by P450 2A enzymes. Drug Metabolism and Disposition, 33(8), 1166–1173. https://doi.org/10.1124/dmd.105.004549
Nováková, L., Solich, P., & Solichová, D. (2008). HPLC methods for simultaneous determination of ascorbic and dehydroascorbic acids. TrAC - Trends in Analytical Chemistry, 27(10), 942–958. https://doi.org/10.1016/j.trac.2008.08.006
Okińczyc, P., Paluch, E., Franiczek, R., Widelski, J., Wojtanowski, K. K., Mroczek, T., Krzyżanowska, B., Skalicka-Woźniak, K., & Sroka, Z. (2020). Antimicrobial activity of Apis mellifera L. and Trigona sp. propolis from Nepal and its phytochemical analysis. Biomedicine and Pharmacotherapy, 129, 110435. https://doi.org/10.1016/j.biopha.2020.110435
Pereira, D. S., De Holanda-Neto, J. P., De Oliveira, M. S., Pereira, N. S., Maracajá, P. B., & Souza Filho, A. P. D. S. (2017). Phytotoxic potential of the geopropolis extracts of the jandaira stingless bee (Melipona Subnitida) in weeds. Revista Caatinga, 30(4), 876–884. https://doi.org/10.1590/1983-21252017v30n407rc
Pereira, R. C. A. ., & Santos, O. G. (2013). Plantas Condimentares: Cultivo e Utilização (1st ed.). Embrapa Agroindústria Tropical.
Rahmatullah, M., Rahman, T., & Jahan, R. (2012). Anti-malarial plants used in folk medicine in Bangladesh. In L. R. M. K. Rai, Geoffrey A. Cordell, Jose L. Martinez, Mariela Marinoff (Ed.), Medicinal Plants: Biodiversity and Drugs (1st ed., pp. 241–290). CRC Press. https://doi.org/10.1201/b12527-10
Sampietro, D. A., Sampietro Vattuone, M. M., & Vattuone, M. A. (2016). Immunomodulatory activity of Apis mellifera propolis from the North of Argentina. LWT - Food Science and Technology, 70, 9–15. https://doi.org/10.1016/j.lwt.2016.02.028
Silva, J. C., Rodrigues, S., Feás, X., & Estevinho, L. M. (2012). Antimicrobial activity, phenolic profile and role in the inflammation of propolis. Food and Chemical Toxicology, 50(5), 1790–1795. https://doi.org/10.1016/j.fct.2012.02.097
Siripatrawan, U., Vitchayakitti, W., & Sanguandeekul, R. (2013). Antioxidant and antimicrobial properties of Thai propolis extracted using ethanol aqueous solution. International Journal of Food Science and Technology, 48(1), 22–27. https://doi.org/10.1111/j.1365-2621.2012.03152.x
Souza, A. L., Martínez, F. P., Ferreira, S. B., & Kaiser, C. R. (2017). A complete evaluation of thermal and oxidative stability of chia oil: The richest natural source of α-linolenic acid. Journal of Thermal Analysis and Calorimetry, 130(3), 1307–1315. https://doi.org/10.1007/s10973-017-6106-x
Szweda, P., Gucwa, K., Kurzyk, E., Romanowska, E., Dzierżanowska-Fangrat, K., Zielińska Jurek, A., Kuś, P. M., & Milewski, S. (2015). Essential Oils, Silver Nanoparticles and Propolis as Alternative Agents Against Fluconazole Resistant Candida albicans, Candida glabrata and Candida krusei Clinical Isolates. Indian Journal of Microbiology, 55(2), 175–183. https://doi.org/10.1007/s12088-014-0508-2
Toreti, V. C., Sato, H. H., Pastore, G. M., & Park, Y. K. (2013). Recent progress of propolis for its biological and chemical compositions and its botanical origin. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2013, 13. https://doi.org/10.1155/2013/697390
Vauterin, L., Hoste, B., Kersters, K., & Swings, J. (1995). Reclassification of Xanthomonas. International Journal of Systematic Bacteriology, 45(3), 472–489. https://doi.org/10.1099/00207713-45-3-472
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Daniel Santiago Pereira ; Alessandra Keiko Nakasone; Mozaniel Santana de Oliveira; Luana Cardoso de Oliveira; Natanael Santiago Pereira; Pollyane da Silva Ports; Antônio Pedro da Silva Souza Filho; Joyce Caroline da Silva Teixeira; Jorddy Neves Cruz; Aline Carla de Medeiros; Giorgio Cristino Venturieri; Rosilene Agra da Silva; Patricio Borges Maracaja; Marinalva Oliveira Freitas; Carlos Iberê Alves Freitas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.