Caracterização físico-química e tecnológica de farinha de batata-doce biofortificada seca em diferentes temperaturas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10386Palavras-chave:
Ipomoea batatas (L.) Lam; Polpa alaranjada; Desidratação.Resumo
A batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.) da polpa alaranjada se destaca por ser fonte abundante de β-caroteno, porém um dos maiores desafios é o seu alto teor de água que faz com que a durabilidade da sua vida útil seja reduzida. Uma das alternativas para prolongar a vida de prateleira é a secagem, o processamento deste tubérculo pode contribuir para a valorização da cultura e o desenvolvimento de novos produtos. O objetivo foi caracterizar a farinha da polpa da batata-doce biofortificada seca em diferentes temperaturas. As batata-doce (acesso CNPH1210) biofortificada foram secas em estufa com ventilação de ar forçada, em quatro condições de temperatura: 45, 55, 65 e 75°C. A secagem prosseguiu até as raízes fatiadas atingissem teor de água de 14% (b.u.). Foram avaliados a composição proximal, pH, acidez, índice de absorção em água, índice de absorção em óleo e índice de absorção em leite. As farinhas obtidas de raízes fatiadas secas a 45, 55, 65 e 75ºC apresentaram estável na sua composição proximal. A farinha apresenta características tecnológicas favoráveis, pode ser utilizada como cobertura para empanados ou para produtos crocantes.
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