Uso da carapaça do mexilhão-dourado como substituto do calcário, na correção do solo e no fornecimento de cálcio
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10396Palavras-chave:
Limnoperna fortunei; Calagem; Solos ácidos; Cultivo de milho; Destinação de resíduo.Resumo
Neste trabalho propôs-se avaliar o uso da carapaça do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) como substituto do calcário na correção do solo. Para isto, vasos de 30 L foram preenchidos com solo ácido e arenoso, a este adicionaram-se doses (0, 1,0; 2,0 e 2,5 t ha-1) de carapaças de mexilhão moída-MM (0,25mm), em pedaços-MP (8 mm) e de calcário-CALC, este último como referencia. Uma adubação com NPK (08-28-16) de 1t ha-1 foi realizada para o crescimento inicial do milho, planta indicadora. Após 30 dias de incubação do solo com os corretivos (CALC, MM e MP), o milho foi semeado e permaneceu em cultivo 90 dias. Transcorrido este período procedeu-se às avaliações de solo (fertilidade) e planta (altura, diâmetro do colmo, clorofila foliar, massa seca de parte aérea e raiz e comprimento de raiz). Os resultados mostram que MM pode substituir CALC, pois eleva o Ca2+no solo, o pH, reduz Al3+ e acidez potencial, em comportamento estatisticamente igual a CALC. O MP produziu o mesmo padrão de resposta para as variáveis analisadas, no entanto necessita de doses maiores ou mais tempo para reação, devido à granulometria mais grosseira. Diante das observações conclui-se que o MM pode substituir o CALC e que a neutralização do alumínio ocorre, para ambos, com 1,8 t ha-1, enquanto para MP são necessárias 3,05 t ha-1. O milho respondeu igualmente a CALC, MM e MP, portanto o uso da carapaça do mexilhão como corretivo pode ser um meio eficaz de destinação deste resíduo.
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