Um olhar teórico-prático da difusão da inovação e Propriedade Intelectual
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10440Palavras-chave:
Inovação; Propriedade Intelectual; Patente; Universidade-empresa.Resumo
A inovação é reconhecida como um movimento complexo e construído a partir de diversas dinâmicas. Precisa aplicar a criatividade e construir novos produtos, a inovação requer também o entendimento de outros tantos fatores socioeconômicos, culturais e mercadológicos envolvendo a formação técnica-científica. Assim, o objetivo desse artigo é caracterizar a inovação numa visão teórico-prática, triangulado com as questões da Propriedade Intelectual e da relação Universidade-Empresa. A partir da abordagem qualitativa de pesquisa, a metodologia adotada foi descritiva exploratória, com uso de dados secundários com as principais referências nas áreas citadas e artigos científicos capturados na plataforma Scorpus. Somado a isso, foi adicionado dados atualizados, de modo a entrelaçar a teoria à prática. Ao final, percebeu-se evidências do quão a inovação vem ratificando seu papel socioeconômico na sociedade contemporânea. Como resultado, verifica-se o significativo papel da relação governo-universidade-mercado – Triple Hélix – como fonte de estímulo à inovação, apelo à criatividade e uma atenção específica à Propriedade Intelectual.
Referências
Abifina. (2020). Uso Estratégico Da Propriedade Intelectual Em Situação De Pandemia. Recuperado de http://www.protec.org.br/patentes/38224/uso-estrategico-da-propriedade-intelectual-em-situacao-de-pandemia
Bauer, M. W., & Gaskell, G, (2003). A pesquisa qualitativa com texto, imagem e som – um manual prático. (2a ed.), Ed. Vozes.
Brasil. (2020). Texto Base para consulta pública da Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual (ENPI). Recuperado de https://www.gov.br/economia/pt-pt/acesso-a-informacao/participacao-social/consultas-publicas/2020/arquivos/anexo-ii_enpi.pdf
Brasil. (1996) Lei da Propriedade Industrial N 9.279/96. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5772.htm
Brasil. (2004). Lei n 10.973 de Incentivos à Inovação e à Pesquisa Científica e Tecnológica no ambiente produtivo de 2 de dezembro de 2004. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm
Buainain, A. M., & Souza, R. F. (2018). Propriedade Intelectual, Inovação e Desenvolvimento: desafios para o Brasil. RJ: ABPI.
Carayannis, E. G., Goletsis, Y., & Grigoroudis, E. (2017). Composite innovation metrics : MCDA and the Quadruple Innovation Helix framework. Technological Forecasting & Social Change, 131, 4–17. https://doi.org/10.1016/j.techfore.2017.03.008
Chesbrough, H; Schwartz, K. (2007) Innovating business models with co-development partnerships. Research Technology Management, 50(1), 55-59.
Chizzotti, A., (2006). A pesquisa qualitativa em Ciências Humanas e Sociais. Petrópolis: Vozes.
Desidério, P. H. M., & Popadiuk, S. (2015). Redes de inovação aberta e compartilhamento do conhecimento: aplicações em pequenas empresas. INMR - Innovation & Management Review, 12(2), 110–129. https://doi.org/10.11606/rai.v12i2.100335
Di Minim, A.; Faems, D. (2013). Building appropriation advantage, Calif. Manag. Rev. 55 (4), 7-14.
Etzkowitz, H., & Zhou, C. (2017). Hélice Tríplice: Inovação e empreendedorismo universidade-indústria-governo. Estudos Avançados, 23–48. https://doi.org/10.1590/s0103-40142017.3190003
Galli, R., Teubal, M. (1997) Paradigmatic Shifts in National Innovation Systems. Systems of Innovation: Technologies, Institutions and Organizations, Londres e Washington. Pinter, p.342-70.
Gimenez, A. M. N., Machado Bonacelli, M. B., & Carneiro, A. M. (2016). A Universidade Em Um Contexto De Mudanças: Integrando Ciência, Tecnologia e Inovação. Revista de Propriedade Intelectual - Direito Constitucional e Contemporâneo, 10(1), 115–133. https://doi.org/10.16928/2316-8080.v10n1p.115-133
Grzebieluckas, C., Buson, M. A., Queiroz, S. G., Ensslin, L., Ensslin, S., Nickel, E., & Balbim, A. J. (2011). Instrumento para identificação das necessidades do consumidor no processo de desenvolvimento do design : um estudo ilustrado com o projeto de um automóvel. Gestão & Produção, São Carlos, 18(n.2), 337–350.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). PINTEC - Pesquisa de Inovação 2017. 2015–2018.
Instituto Nacional Da Propriedade Industrial (2020). Classificação de Patentes. Recuperado de https://www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/patentes/classificacao-de-patentes.
Kanama, D. (2012). Why do the joint applications by university and industry keep increasing in Japan? A study on the issue of the Article 73 of the Patent Act in the university-industry collaboration. Int. J. Intellect. Prop. Manag. 5(2). 101-114.
Kinsella, S. (2010). Contra a propriedade intelectual. SP: Instituto Ludwig Von Mises Brasil.
Mineiro, A. A. Da C., Souza, D. L., Vieira, K. C., Castro, C. C., & Brito, M. J. de. (2018). Da Hélice Tríplice a Quíntupla: Uma Revisão Sistemática. E&G Economia e Gestão, 18(51), 77–93.
Neves, R. C.. (2015). Difusão de Conhecimento e Mobilização Social para Adoção da Política Pública do Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento da Bahia. UFBA - Universidade Federal da Bahia.
Ompi. (2019). World Intellectual Property Indicators 2019.
Oslo, M. De. (2005). Manual de Oslo: Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados Sobre Inovação.
Pereira, F. D. C., Costa, H. G., & Pereira, V. (2017). Patent filings versus articles published: A review of the literature in the context of Multicriteria Decision Aid. World Patent Information, 50, 17–26. https://doi.org/10.1016/j.wpi.2017.07.003
Perucchi, V., & Mueller, S. P. M. (2016). Produção de conhecimento científico e tecnológico nos institutos federais de educação, ciência e tecnologia: Uma investigação sobre a sua natureza e aplicação. Perspectivas em Ciencia da Informacao, 21(1), 134–151. https://doi.org/10.1590/1981-5344/2503
Powell, W. W., & Grodal, S. (2005). Network of innovators. In J. Fagerberg, D. C. Mowery, & R. R. Nelson (Eds.). The oxford handbook of innovation. New York: Oxford University Press.
Quandt, C. O. (2012). Redes de Cooperação e Inovação Localizada: estudo de caso de um arranjo produtivo local. In: Revista de Administração e Inovação, São Paulo, 9(1), 141-166, jan./mar.
Rodrigues, F. C. R., & Gava, R. (2016). Capacidade De Apoio À Inovação Dos Institutos Federais e das Universidades Federais No Estado De Minas Gerais: Um Estudo Comparativo. REAd. Revista Eletrônica de Administração (Porto Alegre), 22 (1), 26–51. https://doi.org/10.1590/1413-2311.0282015.5445
Rogers, E. M. (2003) Diffusion of innovations. (5a ed.), Nova York: Free Press.
Sábato, J., Botana, N. (1968) Tecnología en el desarrollo futuro de América Latina. Revista de la Integración, Comunidad Andina, 15-36, nov.
Silva, L. C. S., Kovaleski, J. L., Gaia, S., Segundo, G. S. A., & Ten Caten, C. S. (2015). Processo de transferência de tecnologia em universidades públicas Brasileiras por intermédio dos núcleos de inovação tecnológica. Interciencia, 40(10), 664–669.
Suzigan, W., & Tessarin, M. S. (2011). O Perfil das Interações de Universidades e Empresas no Brasil a Partir de Alguns Segmentos da Indústria*. Congresso Latino-Íbero Americano de Gestão Tecnológica - ALTEC, 1–15.
Suzuki, H. (2018) Uso Estratégico de Patnetes em Projetos de P&D e Negócios – Foco em Informações Tecnológicas. Notas de aula. Polo de Inovação Salvador - IFBA.
Tigre, P. (2008). Gestão da inovação: a economia da tecnologia no Brasil. (7a ed.), Vol 12. RJ: Elsevier.
Wang, L., Juan, Y. K., Wang, J., Li, K. M., Ong, C. (2012). Fuzzy-QFD approach based decision support model for licensor selection. Expert Syst. Appl. 39(1), 1484 – 1491
Wu, W., Zhou, Y. (2012) The Third Mission Stalled? Universities In China's Techno- Logical Progress, J. Technol. Transf. 37(6), 812 – 827.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Catarina Ferreira Silveira; Jardelina Bispo do Nascimento; Hugo Saba Pereira Cardoso
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.