Monitoramento de pesca predatória com uso de sistema de informação geográfica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10455Palavras-chave:
Rio Ubá; Pesca predatória; GIS.Resumo
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) determina um conjunto regulatório de instruções para acordos de pesca. Essas regras controlam a atividade pesqueira nas bacias brasileiras em épocas de defeso. No entanto, muitos pescadores violam o acordo, como visto na bacia do rio Úba, no município de Moju-Pará. Quando os pescadores violam os regulamentos declarados do IBAMA, o município precisa agir para coibir essas ações, porém há pouco conhecimento das áreas críticas que sofrem com a sobrepesca. Isso torna a logística de resolver esses problemas difícil e muitas vezes pouco eficientes. Este trabalho visa auxiliar os órgãos ambientais em seus esforços de fiscalizar e regulamentar a questão da pesca predatória em áreas críticas, como a bacia do rio Úba, no município de Moju-Pará. Nossos métodos incluíram a revisão da literatura de pesquisas sobre o tema, identificação de pontos críticos, bem como elaboração de mapas e propostas para o local das atividades de monitoramento ambiental na cidade. Identificamos os pontos críticos e observamos cinco tipos de vegetação distintos localizados a cerca de 10 quilômetros ao longo do rio. As áreas antrópicas agrícolas corresponderam a 49% de todo o território da área de estudo. Nota-se que as áreas de maior concentração de territórios sobrepesca são revestidas por áreas de campo, floresta e vegetação densa. Assim, a fiscalização ambiental deve atuar nas áreas próximas às comunidades e ao rio Úba e principalmente na área além do balneário do Levi, onde foi identificado o hot spot mais significativo, sempre considerando a logística para áreas de difícil acesso.
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