Desindustrialização: Uma visão da economia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10494Palavras-chave:
Análise da indústria; PIB; IDH; Setores industriais; Produção; Economia.Resumo
Apesar de ser um tema mundialmente estudado, na literatura ainda há poucos resultados de pesquisas estudadas no Brasil a respeito da desindustrialização. O país passou por duas crises compreendidas entre 2001 e 2018, a primeira no biênio 2008-2009, quando houve recessão em 2009 e a segunda no biênio 2015-2016, com recessões em 2015 e em 2016. Em média, nessas quase duas décadas, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,3% ao ano em termos reais, enquanto a expansão do PIB per capita foi de 1,2%. Em 2020 veio então a pandemia COVID19 abalando as economias mundiais e a previsão de queda do Brasil na participação do PIB é de 5,8% segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), onde a previsão inicial seria em torno de 9,1% considerado se o maior em 120 anos. A produção industrial brasileira tem caído desde 1940. No país, a frase desindustrialização é empregada desde os anos de 1970 tendo como justificar a queda relativa do emprego indústria, em 2020 esta estimativa está em torno de 13,4%, podendo subir em 2021 como previsão em torno de 14,1%. Este estudo exploratório, analisou o fenômeno em empresas manufatureiras, com base em dados da Confederação Nacional da Indústria, utilizando como métrica de comparação para cada produto estudado o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Desemprego. Os resultados mostram uma queda na produção industrial dos setores estudados, no Brasil, desde 2005, e o setor de metalurgia com maior índice, apontando para um cenário desindustrialização.
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