Avaliação microbiológica do peixe-pedra Genyatremus Luteus conservado em gelo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10735

Palavras-chave:

Bactérias; Frescor; Genyatremus Luteus; Qualidade.

Resumo

A conservação em gelo destaca-se como um dos mais econômicos, simples e adequados meios para manter o frescor do pescado. O estudo avaliou as alterações microbiológicas do Genyatremus luteus, eviscerado e não eviscerado, através das análises organolépticas pelo Método de Índice de Qualidade (MIQ) e presença de coliformes totais, termotolerantes e bactérias psicrófilas. Para a realização das análises microbiológicas, foram coletadas 18 amostras do peixe, sendo 9 evisceradas e 9 não evisceradas oriundas de três feiras livres do município de São Luís, durante os meses de outubro e novembro de 2019. Foram realizadas análises nos dias um, quatro e sete com o objetivo de avaliar o potencial do gelo em manter o frescor do pescado. O peixe não eviscerado apresentou o maior índice de microrganismos e bactérias psicrófilas, onde a feira B se destacou pelos valores mais elevados, sendo a quantidade inicial de coliformes totais do primeiro ao sétimo dia de 15,0 NMP/g, 240NMP/g e 1,1x10³NMP/g. Para os microrganismos termotolerantes iniciou-se com 15NMP/g, 460NMP/g e 460NMP/g. As bactéricas psicrófilas também formaram um maior número de colônias no peixe não eviscerado, sendo 1,68x105 UFC/g na diluição de 10-2 e 4,92x105 UFC/g na diluição 10-3 no primeiro dia e no quarto dia 2,47x105   UFC/g a 10-2 e 1,48x106 UFC/g a 10-7 e no sétimo dia foram consideradas “incontáveis”.  Com o estudo observamos que o peixe com o melhor estado de conservação em gelo foi o eviscerado, mantendo sua qualidade microbiológica própria para o consumo até o quarto dia.

Biografia do Autor

Maria da Glória Almeida Bandeira, Universidade Federal do Maranhão

Possui graduação em Engenharia de Alimentos (1989) e mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal da Paraíba (1994). Doutorado em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia - INPA (2009), com área de concentração em tecnologia de pescado É professora Associado IV da Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Alimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: inovação, propriedade intelectual, microbiologia, água, alimentos, pescado, tecnologia, qualidade e microrganismos. Foi Diretora de Departamento de Pós Graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação de setembro de 2012 a setembro de 2013. Foi Diretora do NIT/UFMA. Atualmente é Coordenadora do Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação-PROFNIT/UFMA. Membro do FORTEC-NE e FORTEC- Nacional. Possui depósito de patente junto ao Instituo Nacional da Propriedade Industrial - INPI. Participou da organização da 64 REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA -SBPC nas seguintes Comissões: 1- Comissão de Programação Científica; 2- Comissão de Pôsteres. Consultora "Ad Hoc" da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Maranhão - FAPEMA. Consultora "Ad Hoc" de Revistas Científicas Nacionais. Consultora "Ad Hoc" do Instituto Federal do Sertão do Pernambuco. Membro da Editora Universitária da Universidade Federal do Maranhão. Leciona disciplinas como professora visitante BIONEGÓCIOS E MARCOS LEGAIS EM BIOTECNOLOGIA nos cursos de pós graduação RENORBIO e BIONORTE, INOVAÇÃO TECNOLOGICA E EMPREENDORISMO no curso de Mestrado Saúde do Adulto, PROPRIEDADE INTELECTUAL no curso de Especialização em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos INOVAÇÃO TECNOLÓGICA no curso de graduação em Farmácia. Na área de inovação tecnológica, concluiu os cursos básico, intermediário, avançado e redação de patentes pelo INPI.

Referências

Almeida F. E. S. et al. Características microbiológicas de “pintado” (Pseudoplatystoma fasciatum) comercializado em supermercados e feira livre no município de Cuiaba-MT. Revista Higiene Alimentar, v.16, n.99, p.84-8, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. Portaria n.518, de 25 de março de 2004. Diário Oficial da União, de 26 de março de 2004. Seção I, p.266

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Unidade de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar – UVHA. Brasília: Coordenação de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar; 2016. 19p.

Feng, P.; Weagent, S. D; & Grant, M. A. Bacteriological Analytical Manual Online: Enumeration of Escherichia coli and Coliform Bacteria, 2002. Recuperado de: .

Franco, B. D. G. M; & Landgraf, M. Microbiologia de Alimentos. São Paulo: Atheneu, 2003

Lopes, M. L. B.; Costa, P. A.; Santos, J. S. B.; Cunha, S. J. T.; Santos, M. A. S; &

Gonçalves, A. A. editor. Tecnologia do pescado: ciência, tecnologia, inovação e legislação. São Paulo: Atheneu; 2011.

Nichols, G; & Gillespie, I. L. J. The microbiological quality of ice used to cool drinks and ready-to-eat food from retail and catering premises in the United Kingdon. Journal of Food Protection, v.63, n.1, p.78-82, 2000.

Oetterer, M.; Savay-da-Silva, L; & Galvão, J A. Congelamento é o melhor método para a conservação do pescado. Visão Agrícola, n.11, jul/dez, p.137-139, 2012.

Oliveira, V. M.; Freitas, M. Q.; São Clemente, S. C; & Márisco, E. T. Método do índice de qualidade (MIQ) desenvolvido para camarão (Litopenaeus vannamei) cultivado. Revista de Ciências da Vida, Seropédica, v. 29, n. 1, p. 60- 71, jan./jun. 2009.

Pimentel, L. P. S. Características físico-químicas e microbiológicas do gelo utilizado na conservação do pescado comercializado em supermercados da Grande São Paulo, Brasil. 1999. 2001. 72f. Dissertação (Mestrado em Prática de Saúde Pública) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

Santos, E. J. R.; Galeno, L. S.; Bastos, L.S.; Costa, T. F.; Carvalho, I. A; & Costa, F. N. Qualidade higiênico-sanitária de tambaqui (Colossoma macropomum) comercializado na cidade de São Luís - MA. Ciência Animal Brasileira, Goiânia, v.20, p.1-12, 2019.

Seixas, F. R. F.; Seixas, J. R. F.; Reis, J. A; & Hoffmann, F. L. Checklist para diagnóstico inicial das boas práticas de fabricação (BPF) em estabelecimentos produtores de alimentos da cidade de São José do Rio Preto (SP). Revista Analytica, São Paulo, v.33, p.36-41, 2008.

Silva, N.; Junqueira, V. C. A; & Silveira, N. F. A. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. São Paulo: Varela, 1997.

Silva, N; Junqueira, V. C. A; & Silveira, N. F. A. Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos. 2.ed. 229p., São Paulo: Varela, 2001.

Soares, K. M. P; & Gonçalves, A. A. Qualidade e segurança do pescado. Revista do Instituto Adolfo Lutz. São Paulo, v.71(1), p.1-10, 2012

Sousa, C. P. Segurança alimentar e doenças veiculadas por alimentos: utilização do grupo coliforme como um dos indicadores de qualidade de alimentos. Revista APS, v.9, n.1, p. 83-88, 2006.

Sveinsdottir, K.; Martinsdottir, E.; Jorgensen, B; & Kristbergsson, K. Application of quality index method (QIM) scheme in shelf-life study of farmed Atlantic salmon (Salmo salar). J Food Sci. 2002. cap.67: p.1570-1579.

Tavera, J. J.; Acero, Pizarro, A.; Cruzagüero, J; & Balart, E. F. 2011 Phylogeny and reclassification of the species of two neotropical grunt genera, Anisotremus and Genyatremus (Perciformes: Haemulidae), based on morphological evidence. Journal Zoological Systematics Evolutionary Research, 49(4): 315-323

Tononi, Jr. Indústria Do Pescado. Sebrae-ES. Online. Disponível em: Acesso em: 13 set. 2016

Vieira Rhsf. Microbiologia, higiene e qualidade do pescado: teoria e prática. São Paulo: Varela; 2004.

Nascimento, C. P. F.; Freitas, A. K. N.; Santos, P. C. M.; Silva, L. M. R.; Pinheiro, N. M. S.; Figueiredo, E. A. T; & Eça, K. F. (2020) Microbiological Quality Assesment of Salmon and Tuna Based Sashimi Marketed in Fortaleza-CE. Research, Society and Development, v.9 n.4, DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2971

Downloads

Publicado

26/12/2020

Como Citar

ABECASSIS, N. C. .; BANDEIRA, M. da G. A. . Avaliação microbiológica do peixe-pedra Genyatremus Luteus conservado em gelo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 12, p. e35191210735, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i12.10735. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/10735. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas