Correlação do perfil lipídico e glicêmico com estresse oxidativo em idosos com ou sem doenças crônicas não transmissíveis
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10980Palavras-chave:
Estresse Oxidativo; Lipídeos; Envelhecimento.Resumo
Objetivos: O objetivo deste estudo foi verificar se há correlação entre os níveis de lipídeos e glicose e o estresse oxidativo em idosos com e sem doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Métodos: Concentrações bioquímicas séricas de lipoproteínas, glicose e marcadores de estresse oxidativo (malondialdeído e óxido nítrico) foram determinadas em 44 pacientes idosos (22 idosos sem DCNT e 22 idosos com DCNT), com idades entre 60 e 81 anos. Resultados: Os idosos com DCNT apresentaram maiores concentrações de LDL, glicose e marcadores de estresse oxidativo do que aqueles sem DCNT. Houve correlação positiva e significativa entre os níveis de malondialdeído com o perfil lipídico anormal de idosos sem DCNT e a hiperglicemia apresentada por idosos com DCNT. A capacidade antioxidante total equivalente a trolox apresentou correlação negativa com os níveis de malondialdeído em idosos sem DCNT. Outra correlação negativa foi observada entre os níveis de óxido nítrico e malondialdeído em idosos com DCNT. Conclusão: Uma vez que o estresse oxidativo e o perfil lipídico anormal ocorreram em ambos os grupos, sugere-se que a hiperglicemia presente no grupo com doenças crônicas tenha sido determinante para o aumento do estresse oxidativo encontrado neste grupo.
Referências
Ayaz, K. M., Ravindra, M., Vivek, R. J., Gaurav, S., & Marya, A. (2011). A Study on malondialdehyde as a marker of lipid peroxidation in male and female patients with type 2 Diabetes Mellitus. Int. J. Pharm. Sci. Rev. Res., 8, 198-201.
Barreiros, A. L. B. S., David, J. M., & David, J. P. (2006). Estresse oxidativo: Relação entre geração de espécies reativas e defesa do organismo. Quím Nova, 29(1), 113-123.
Batista, G. C. F., Cardoso, J.B., Martins, J. R., Oliveira, K. J. M., Souza, L. B., Rodrigues, P. T. C., Oliveira, R. R., & Torres., M. M. M. (2009). Fatores de risco para doenças cardiovasculares em pacientes idosos com aterosclerose e orientações de enfermagem para o autocuidado. Faculdade São Francisco de Barreiras. Barreiras (BA), Brasil.
Bonnes, T., & Guérin, T. (1992) Is malonaldehyde a valuable of peroxidation? Biochem. Pharmacol.,44(5), 985-988.
Casella Filho, A. Concentração e funcionalidade da HDL. (2011). Departamento de Aterosclerose. Soci/edade Brasileira de Cardiolgia. RevCardiolípedes, 2(1),10-16.
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2013–2014/Sociedade Brasileira de Diabetes; [organização José Egídio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio]. (2014). São Paulo, AC Farmacêutica.
Ferreira, L. T., Saviolli, I. H., Valenti, V. E., & Abreu, L. C. (2011). Diabetes mellitus: hiperglicemia crônica e suas complicações. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde. São Paulo, 36(3), 182-188.
Gottieb, M. G. V., Morassutti, A. L., & Cruz, I. B. M. (2011). Transição epidemiológica, estresse oxidativo e doenças crônicas não transmissíveis sob uma perspectiva evolutiva. Scientia Medica, 21(2), 69-80.
Grisham, M. B., Johnson, G. G., & Lancaster, J. R. (1996). Quantitation of nitrate and nitrite in extracellular fluids. Methods Enzymol., 268, 237-246.
Hardman, D. (1956) Aging: A theory based on free radical and radiation chemistry. J. Gerontol., 11, 298-300.
Harman, D. (2001). Aging: Overview. Ann. NY Acad. Sci., 928, 1-21.
Isaacs, A., Willems, S. M., Bos, D., Dehghan, A., Hofman, A., Ikram, M. A., Uitterlinden, A. G., Oostra, B, A., Franco, O. H., Witteman, J. C., &Van Duijn, C. M. (2013). Risk scores of common genetic variants for lipid levels influence atherosclerosis and incident coronary heart disease. Arterioscler. Thromb. Vasc. Biol., 33, 2233-2239.
Khazan, M., & Hdayati, M. (2014). The role of nitric oxide in health and diseases. Scimetr, 3 (1), e20987.
Lawrence, G. D. (2010). Oxidation and lipid peroxidation. In: Lawrence, G. D., ed. Fats of life: Essential fatty acids in health and disease. Rutgers University Press, New Jersey, USA, 60-72.
Mecocci, P., Fano, G., Fulle, S., MacGarvey, U., Shinobu, L., Polidori, M. C., Cherubini, A., Vecchiet, J., Senin, U., & Beal, M. F. (1999). Age-dependent increases in oxidative damage to DNA, lipids, and proteins in human skeletal muscle. Free Radic. Biol. Med., 26, 303-308.
Millar, J. S., Lichtenstein, A. H., Cuchel, M., Dolnikowski, G. G., Hachey, D. L., Cohn, J. S., & Schaefer, E. J. (1995). Impact of age on the metabolism of VLDL, IDL, and LDL apolipoprotein B100 in men. J. Lipid Res., 36, 1155-1167.
Nasser, A. L. M., Dourado, G. K., Manjate, D.A., Carlos, I. Z., & César, T. B. (2011). Avaliação do estresse oxidativo no sangue de consumidores habituais de suco de laranja. RevCiêncFarm Básica Apl., 32(2), 275-279.
Percário, S. (2004). Dosagem do dialdeído malônico. Newslab., 6, 46-50.
Pereira, A.S., Shitsuka, D.M., Parreira, F.J., & Shitsuka, R. (2018). Scientific research methodology. [eBook]. Ed. UAB / NTE / UFSM. Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Available at: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.
Pirinccioglu, A. G. Gökalp, D., Pirinccioglu, M., Kizil, G., Kizil, M. (2010). Malondialdehyde (MDA) and protein carbonyl (PCO) levels as biomarkers of oxidative stress in subjects with familial hypercholesterolemia. Clin. Biochem. 43(15), 1220–1224.
Prashant Akila, V., Harishchandra, H., D'souza, V., & D'souza, B. (2007). Age related changes in lipid peroxidation and antioxidants in elderly people. Indian J. Clin. Biochem., 22(1), 131- 134.
Rabelo, L. M., & Martinez, T. L. R. (2017). Dislipidemias. Rev. Soc. Cardiol. Estado de São Paulo, 8 (5), 908-913.
Re, R., Pellegrini, N., Proteggente, A., Pannala, A., Yang, M., & Rice-Evans, C. (1999). Antioxidant activity applying an improved ABTS radical cation decolorization assay. Free Radic Biol Med., 26, 1231-1237.
Salmon, A. B. Richardson, A., & Perez, V. I. (2010). Update on the oxidative stress theory of aging: Does oxidative stress play a role in aging or healthy aging? Free Radic. Biol. Med., San Antonio, 48(1), 642-655.
Santos, N. C. F. (1998). Quantificação da ação antioxidante do piridoxal isonicotinoil hidrazona (PIH) contra o estresse oxidativo induzido por íons ferro. Universidade de Brasília, Brasília – DF, Brasil.
Simões, K. C. C. (2003). Papel do estresse oxidativo no envelhecimento. 2003. 60 f. Monografia – Faculdades de Ciências da Saúde, Centro Universitário de Brasília. Brasília, Brasil.
Suresh, D. R., Sendil, K., Annam, V., &Hamsaveena. (2010). Age related changes in malondialdehyde: Total antioxidant capacity ratio - A novel marker of oxidative stress. Int. J. Pharma Bio Sci. 1(2), 1-6.
Taskien, M. R., & Borén, J. (2015). New insights into the pathophysiology of dyslipidemia in type 2 diabetes. Atherosclerosis, 239(2), 483-495.
Tatsch, E. (2011), Bochi, G. V., Pereira, R. S., Kober, H., Oliveira, J. R., & Moresco, R. N. (2011). Influência dos anticoagulantes e da temperatura de armazenamento sobre os níveis sanguíneos de nitrito. J. Bras. Patol. Med. Lab. 47(2), 147-150.
V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. (2013). Arq Bras Cardiol., 101(4), 1, 1-20.
Valko, M., Leibfritz, D, Moncol, J., Cronin, M. T. D., Manzur, M., & Telser, J. (2007). Free radicals and antioxidants in normal physiological functions and human disease. Int. J. Biochem. Cell Biol., 39, 44-84.
Yamaguchi, Y., Yoshikawa, N., Kagota, S., Nakamura, K., Haginaka, J.,& Kunitomo, M. (2006). Elevated circulating levels of markers of oxidative-nitrative stress and inflammation in a genetic rat model of metabolic syndrome. Nitric Oxide, 15, 380-386.
Zimmermann, A. M., & Kirsten, V. R. (2008). Alimentos com função antioxidante em doenças crônicas: Uma abordagem clínica. Disc. Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, 9(1), 51-68.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Danusa Pereira Barbosa; Fernanda Gomes Souza; Érica dos Santos Sarges; Ana Cristina Lo Prete; Chriscia Jamilly Pinto de Sousa; Marta Chagas Monteiro; Carolina Heitmann Mares Azevedo Ribeiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
