Avaliação do consumo de substâncias psicotrópicas por estudantes da área da saúde: Retrato de uma década
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10983Palavras-chave:
Saúde do estudante; Epidemiologia; Psicotrópicos.Resumo
Nos últimos anos, os índices de consumo de drogas psicotrópicas na população brasileira têm-se elevado de forma exorbitante, caracterizando assim um fato preocupante para o país. Apesar da perspectiva terapêutica positiva que tais drogas trazem a população diante dos diversos problemas de saúde psicológica bem como os transtornos de ansiedade, seus resultados negativos também são dados relevantes que devem ser avaliados. Os psicotrópicos agem no sistema nervoso central, alterando padrões comportamentais, no entanto, é importante destacar que além dos efeitos colaterais provocados, o uso abusivo pode causar dependência química. Buscou-se nas bases de dados SciELO, ScienceDirect e Pubmed, artigos de revisão e originais, envolvendo o tema “estudantes universitários da área da saúde” atrelado a “consumo de psicotrópicos”. Foram considerados os artigos originais e trabalhos de revisão abordando o tema no período de 2007 a 2017, que apresentavam além de outras drogas, substâncias psicotrópicas, e desconsiderados aqueles que não abrangiam estudantes da área da saúde, e não tratavam de drogas psicotrópicas. Os dados foram agrupados estatisticamente e postos em tabelas. Foi possível observar que estudante do sexo masculino apresentaram mais suscetibilidade ao uso, é possível observar também que o consumo de álcool entre os estudantes é o item que apresenta maior percentual, visto que é uma droga lícita, facilmente incorporada nas mais diversas bebidas, além de ser socialmente aceito. É possível concluir que o estresse gerado pela rotina acadêmica atrelado a fatores sociais, podem levar o estudante a ter contato mais facilmente com estas substâncias.
Referências
Amorim, T. C., Amorim, M. E. S., Guedes, L. A. C., Ramalho, S. L., Rivera, G. A. (2012). Evaluation of alcohol addiction among Brazilian Northeast medical students through the alcohol use disorders identification test and the relation with body mass index and smoking. Rev Bras Clin Med. 10(5), 398-401. Recuperado de: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2012/v10n5/a3141.pdf
Baes, C. V. W., Juruena, M. F. (2017). Psicofarmacoterapia para o clínico geral. Medicina (Ribeirão Preto), 50(supl.1), 22-36. https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v50isupl1.p22-36
Colares, V., Franca, C., Gonzalez, E. (2009). Condutas de saúde entre universitários: diferenças entre gêneros. Cad. Saúde Pública, 25(3), 521-528. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009000300007
Cunha, I. R. S., Santos, J. S. B., Leitão, J. M. S. R., Silva, J. D. de S. (2020). A Esquizofrenia no Componente Especializado Farmacêutico: Aspectos clínicos e Farmacoepidemiológicos. Research, Society and Development, 9(8), e642985741. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5741
Damasceno, R. O., Boery, R. N. S. O., Ribeiro, Í. J. S., Anjos, K. F., Santos, V. C., Boery, E. N. (2016). Uso de álcool, tabaco e outras drogas e qualidade de vida de estudantes universitários. Rev. Baiana Enferm. 30(3), 1-10. http://dx.doi.org/10.18471/rbe.v30i3.15533
Eckschmidt, F., Andrade, A. G., Oliveira, L. G. (2013). Comparação do uso de drogas entre universitários brasileiros, norte-americanos e jovens da população geral brasileira. J bras psiquiatr. 62(3), 199-207. http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852013000300004
Gomes, F. C., Andrade, A. G., Izbicki, R., Almeida, A. M., Oliveira, L. G. (2013). Religion as a Protective Factor against Drug Use among Brazilian University Students: A National Survey. Revista Brasileira de Psiquiatria, 35(1), 29–37. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbp.2012.05.010
Lemos, K. M., Neves, N. M. B. C., Kuwano, A. Y., Tedesqui, G., Bitencourt, A. G. V., Neves, F. B. C. S., Guimarães, A. N., Rebello, A., Bacellar, F., Lima, M. M. (2007). Uso de substâncias psicoativas entre estudantes de Medicina de Salvador (BA). Rev. psiquiatr. clín. 34(3), 118-124. https://doi.org/10.1590/S0101-60832007000300003
Machado, C. S., Moura, T. M., Almeida, R. J. (2015). Estudantes de medicina e as drogas: evidências de um grave problema. Rev bras educ méd (Online). 39(1), 159-67. http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v39n1e01322014
Maia, D. A. M., Marques, R. B., Maia, A. L. M. F. (2017). Consumo de bebidas alcoólicas e a prática do binge drinking em acadêmicos de medicina. Rev. Interdisciplinar. 10(1), 139-46. Recuperado de: https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/vi ew/1068/0
Pimentel, C. E., Coelho, J. L. L., Aragao, T. A. (2009). Atitudes frente ao uso de álcool, maconha e outras drogas: verificando relações de predição e mediação. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, 22(1), 29-35. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722009000100005.
Pereira A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstre am/handle/1/1582 4/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1
Silva, J. D. S., Leal, G. G., Leitão, J. M. S. R. (2020). Incidência de substâncias psicotrópicas consumidas por estudantes universitários da região nordeste do Brasil. Revista Interdisciplinar de Ciências Médicas.7(1), 1-5. Recuperado de: https://518c0f7e-c0ae-4cb3-905d-7e33c506a1a8.filesusr.com/ugd/a0f28a_d407a77f988148929eea43d6e481d04a.pdf
World Health Organization (WHO) (2008). Report on the Global Tobacco Epidemic, 2008 The MPOWER package. Geneva, World Health Organization. 42-59. Recuperado de http://who.int/tobacco/global_report/previous/en/
World Health Organization (WHO) (2006). Mental Health: Evidence and Research, Department of Mental Health and Substance Abuse, Geneva. Disease control priorities related to mental, neurological, developmental and substance abuse disorders. World Health Organization. (2a ed.), 1-103. Recuperado de: http://whqlibdoc.who.int /publications/2006/924156332X_eng.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Antônia Pâmela Martins Melo; Raimundo Nonato Cardoso Miranda Júnior
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
