Dispositivos invasivos como fatores de risco para sepse neonatal em unidades de terapia intensiva neonatal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.11048Palavras-chave:
Sepse; Complicações Infecciosas na Gravidez; Serviços de saúde da criança.Resumo
Incluir o resumo. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto dos dispositivos invasivos como fatores de risco para o desenvolvimento de sepse neonatal em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Estudo de coorte retrospectivo de base hospitalar realizado em duas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal de Ponta Grossa, Paraná, Brasil. Os dados documentais foram coletados por meio de consulta a prontuários eletrônicos de todos os pacientes internados em dois hospitais e dos pacientes com diagnóstico de sepse em outro hospital. As condições de saúde na admissão e os resultados foram avaliados. Foram calculadas as frequências dos motivos de admissão e os desfechos. Na análise de associação, as variáveis de exposição foram calculadas com odds ratio e intervalos de confiança (95%). A frequência de sepse foi de 39%, sendo 45,7% dos casos de sepse precoce e 54,3% de sepse tardia. A mortalidade associada à sepse foi de 9,9%. Observou-se que o uso de dispositivos invasivos aumenta em 6 vezes o risco de sepse neonatal. Cateter central de inserção periférica e flebotomia foram os dispositivos de maior risco. A alta incidência de sepse tardia, sua associação com o uso de dispositivos invasivos e a maior mortalidade entre os recém-nascidos com sepse sugerem a presença de fragilidades na assistência neonatal e a necessidade de buscar alternativas de abordagem neonatal para evitar novos casos de sepse neonatal e consequente morte.
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