Efeitos das terapias para disfunção temporomandibular na postura craniocervical: Um ensaio clínico randomizado
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i4.11512Palavras-chave:
Transtornos da articulação temporomandibular; Dinfunção temporomandibular, Articulação temporomandibular, postura, dor, radiografia.; Articulação temporomandibular; Postura; Dor; Radiografia.Resumo
Objetivo: O presente estudo buscou avaliar se a placa oclusal, a fisioterapia e o aconselhamento utilizados no tratamento das disfunções temporomandibulares (DTM) alteram a postura craniocervical e a dor. Métodos: Estudo controlado, randomizado e cego que incluiu indivíduos com diagnóstico prévio de DTM por meio do RDC/TMD (Research Criteria for Temporomandibular Disorders). Os pacientes foram selecionados aleatoriamente de quatro grupos de tratamento: placa oclusal (OS, n = 17), fisioterapia (P, n = 19), aconselhamento (C, n = 15) e placa oclusal associada ao aconselhamento (OSC=14), totalizando 65 pessoas. Para a análise postural, foi realizada telerradiografia no início e 1 mês após a aplicação da terapia, a fim de observar a distância occipital-atlas (OAD), o ângulo craniocervical (CCA) e o posicionamento do osso hióide (HT) o software CorelDraw X6 (2012 Corel Corporation, Canadá) foi usado nas imagens. Os dados obtidos foram submetidos a diversos testes T pareados (α = 5%) e para a variável dor foi aplicado o teste SPANOVA. Resultados: Com exceção do grupo OSC na variável CCA (p = 0,003), os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente significativa para as variáveis analisadas em relação às diferentes terapias ao longo do tempo. Porém, pode-se observar que todos os grupos de tratamento permitiram uma redução da dor dos pacientes (p = 0,013) ao longo do tempo. Conclusão: Conclui-se que as terapias aplicadas têm pouca influência na postura craniocervical, mas são eficazes no alívio dos sintomas dolorosos.
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