Avaliação epidemiológica da sífilis congênita na região Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.11568Palavras-chave:
Infecção sexualmente transmissível; Sífilis na gestação; Saúde pública.Resumo
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível causada pelo Treponema Pallidum, na qual o tratamento da mesma durante a gestação é indispensável, contudo, se não tratada pode evoluir para quadros de neonatos precoces e a morte fetal. A sífilis congênita é uma patologia de notificação compulsória, categorizada como doença infectocontagiosa devido a propagação do T. pallidum por via transplacentária, durante a gravidez. No Brasil, os dados do boletim de 2018 do Ministério da Saúde foram notificados 158.051 casos de sífilis onde 26.219 dos casos representavam sífilis congênita evoluindo para 241 óbitos. Este artigo buscou descrever o perfil dos casos de sífilis na gestação, notificados na região Nordeste, Brasil, do ano de 2009 ao 2018. Foi realizado um levantamento epidemiológico de sífilis congênitas na região Nordeste no período de 2009 a 2018. Os resultados obtidos através do levantamento demonstram aumento da incidência no diagnóstico por ano a cada mil nascidos vivos, tal como observa-se para gestantes de 20 a 29 anos, bem como no diagnóstico durante o segundo e terceiro trimestre da gestação, além de apresentar um número crescente nos casos de adesão ao tratamento, retratando número crescente de mães que realizaram o pré-natal. A prevalência de sífilis foi observada em mulheres com nível de escolaridade mais baixos. Em decorrência desse levantamento de dados, viu-se a relevância que o estudo apresenta, tendo em vista a importância epidemiológica destes dados para a aplicação de políticas públicas.
Referências
Araújo, C. L., Shimizu, H. E., Sousa, A. I. A., &Hamann, E. M. (2012). Incidência da sífilis congênita no Brasil e sua relação com a Estratégia Saúde da Família. Revista de Saúde Pública, 46(3), 479-486. https://doi.org/10.1590/S0034-89102012000300010
Brasil, Ministério da Saúde (MS). (2006). Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS. Diretrizes para controle da sífilis congênita: manual de bolso. Brasília: MS.
Brasil, Ministério da Saúde. (2016). Ministério da Saúde lança ação nacional de combate à sífilis. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/26100-ministerio-da-saude-lanca-acao-nacional-de-combate-a-sifilis> Acesso em 09/12/2018
Cardoso, A. R. P., et al (2018). Análise dos casos de sífilis gestacional e congênita nos anos de 2008 a 2010 em Fortaleza, Ceará, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 23(2), 563-574. https://doi.org/10.1590/1413-81232018232.01772016
Cavalcante, A. N., Araújo, M. A. L., Nobre, M. A., & Almeida, R. L. F. D. (2019). Fatores associados ao seguimento não adequado de crianças com sífilis congênita. Revista de Saúde Pública, 53, 95..https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2019053001284
Costa, C. C. da., Freitas, L. V., Sousa, D. M. do N., Oliveira, L. L. de., Chagas, A. C. M. A., Lopes, M. V. de O. & Damasceno, A. K. de C. (2013). Sífilis congênita no Ceará: análise epidemiológica de uma década. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 47(1), 152-159. https://doi.org/10.1590/S0080-62342013000100019
De França, I. S. X., Batista, J. D. A. L., Coura, A. S., de Oliveira, C. F., Araújo, A. K. F., & de Sousa, F. S. (2015). Fatores associados à notificação da sífilis congênita: um indicador de qualidade da assistência pré-natal. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, 16(3), 374-381. 10.15253/2175-6783.2015000300010
De Macêdo, Vilma Costa de Lira, P. I. C., de Frias, P. G., Romaguera, L. M. D., Caires, S. D. F. F., & de Alencar Ximenes, R. A. (2017). Fatores de risco para sífilis em mulheres: estudo caso-controle. Revista de Saúde Pública, 51, 1-12.https://dx.doi.org/10.11606/s1518-8787.2017051007066
Domingues, R. M. S. M., & Leal, M. do C. (2016). Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo Nascer no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 32(6), e00082415. https://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00082415
Holztrattner, J. S., da Costa Linch, G. F., Paz, A. A., Gouveia, H. G., & Coelho, D. F. (2019). Sífilis congênita: realização do pré-natal e tratamento da gestante e de seu parceiro. Cogitare Enfermagem, 24.
Lima, V. C., Mororó, R. M., Martins, M. A., Ribeiro, S. M. & Linhares, M. S. C.(2017). Perfilepidemiológicodoscasosdesífiliscongênitaemummunicípiodemédio porte no nordeste brasileiro. J. Health Biol Sci;5(1):56-61. 10.12662/2317-3076jhbs.v5i1.1012.p.56-61.2017
Macêdo, V. C. de., Bezerra, A. F. B., Frias, P. G. D., & Andrade, C. L. T. D. (2009). Avaliação das ações de prevenção da transmissão vertical do HIV e sífilis em maternidades públicas de quatro municípios do Nordeste brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, 25(8), 1679-1692. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2009000800004
Oliveira, E. H., Silveira, J. A. V. da, Sampaio, S. S. de C., Verde, R. M. C. L., Soares, L. F., & Costa, S. C. R. (2020). Análise dos casos notificados de sífilis na gestação no estado da Paraíba, Brasil. Research, Society and Development, 9(1), e179911900. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i1.1900
Pires, A.C., Oliveira, D., Rocha, G., Santos, A. (2014). Ocorrência de sífilis congênita e os principais fatores relacionados aos índices de transmissão da doença no Brasil da atualidade - revisão de literatura.REVISTA UNINGÁ REVIEW, 19(1). http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1522
Saraceni, V., Pereira, G. F. M., da Silveira, M. F., Araujo, M. A. L., & Miranda, A. E. (2017). Vigilância epidemiológica da transmissão vertical da sífilis: dados de seis unidades federativas no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública, 41, e44. 10.26633/RPSP.2017.44
Vescovi, J. S., &Schuelter-Trevisol, F. (2020). Increase of incidence of congenital syphilis in Santa Catarina State between 2007-2017: temporal trend analysis. Revista paulista de pediatria :orgao oficial da Sociedade de Pediatria de São Paulo, 38, e2018390. https://doi.org/10.1590/1984-0462/2020/38/2018390
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Evaldo Hipólito de Oliveira; Elison Costa Holanda; Larissa Conceição da Silva; Maria Carolina de Sousa Brito; Patrícia Caroline Machado de Sousa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.