Aspectos epidemiológicos do vírus da dengue em mulheres grávidas no Estado do Pará, no período de 2015 a 2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11641Palavras-chave:
Dengue; Gravidez; Epidemiologia; Saúde pública.Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar os aspectos epidemiológicos da infecção pelo vírus da Dengue em mulheres grávidas no Estado do Pará, identificando os principais fatores que acarretam na incidência da doença em gestantes. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo, descritivo-exploratório com base nos dados epidemiológicos fornecidos pelo Departamento de Informática do Sistema de Saúde Unificado (DATASUS) no período de 2015 a 2019, nas regiões de integração do Estado do Pará. Resultados e discussão: Foram identificados 2.397 casos de dengue em mulheres grávidas durante o período descrito com um aumento de casos no período de 2015 a 2016, reduções entre 2016 a 2018 e uma nova elevação no ciclo 2018 a 2019. De acordo com a pesquisa, em relação ao perfil sócio-demográfico, a doença recebeu mais notificações em grávidas que estavam no segundo trimestre gestacional, na faixa etária de 20 a 39 anos e com respectivos casos em autóctones do município de residência. Percebe-se um maior número de casos da doença nas Regiões de Saúde do Carajás, Metropolitana I, Xingu, Araguaia e Rio Caetés. Considerações finais: A dengue em gestantes no Pará prossegue existindo como uma doença negligenciada a qual necessita de ações que visem preveni-la entre esse público, e que incentivem uma maior compreensão da doença entre os profissionais de saúde envolvidos. Mais estudos são necessários para a atualização dos dados clínico-epidemiológicos acerca da dengue e seus agravos.
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