Análise do manganês em solos de áreas ciliares do Parque Estadual do Rio Doce após o rompimento da barragem de Fundão em Mariana/MG
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11720Palavras-chave:
Mineração; Barragem; Rejeito; Metais; Contaminação.Resumo
A importância econômica da atividade mineradora bem como a sua demanda mundial, causam impactos socioambientais desde o processo de implementação da atividade até a disposição final dos rejeitos. O rompimento da barragem de Fundão, localizada em Mariana-MG, que armazenava os rejeitos do beneficiamento de minério de ferro promoveu inestímaveis prejuízos ambientais na bacia do rio Doce. O presente trabalho teve como objetivo identificar os níveis de manganês nos solos das áreas ciliares no Parque Estadual do Rio Doce após o rompimento da barragem de rejeito de Fundão. Foram analisadas seis áreas dos rios Doce, Mombaça e Turvo sendo três afetadas diretamente pelo rejeito e três não afetadas. O modelo experimental utilizado foi um fatorial 3x2x2: três rios, dois pontos (montante e jusante), e dois anos de coleta (2016 e 2017) com quatro repetições. Os resultados mostraram que os níveis médios de manganês foram mais elevados na área ciliar do rio Mombaça em comparação ao rio Doce, mesmo apresentando apenas uma das suas áreas afetada pelos rejeitos. Entre 2016 e 2017 foi observado uma tendência de redução dos valores de manganês. Das áreas afetadas, o trecho a jusante do rio Mombaça apresentou valores mais elevados quando comparado as áreas ciliares analisadas e afetadas pelos rejeitos no rio Doce. As áreas do rio Turvo, não atingido pelos rejeitos, apresentaram os menores valores de concentração de manganês. Os resultados indicam acréscimo na concentração de manganês nos solos das áreas ciliares dos rios afetados mas de forma diferenciada.
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