Análise e classificação da rugosidade palatina em um grupo de jovens adultas brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11743Palavras-chave:
Identificação humana; Odontologia legal; Palato.Resumo
Objetivo: Analisar a rugosidade palatina de um grupo de jovens adultas brasileiras, classificar por meio da técnica rugoscópica esta amostra, bem como avaliar possíveis diferenças entre faixas de idade, cor da pele, uso de aparelho ortodôntico e realização de cirurgias bucais nas pesquisadas. Material e Métodos: Estudo observacional, classificatório e transversal, com abordagem quantitativa das rugas do palato. A amostra de conveniência foi obtida a partir de 30 universitárias do sexo feminino do curso de Odontologia de uma instituição privada. A coleta dos dados foi realizada por meio de fotografias intrabucais do palato de cada uma das participantes, sendo realizado um destaque das rugas palatinas com auxílio do Microsoft Paint®, com posterior classificação das imagens por uma única pesquisadora. Para a classificação das rugas palatinas das universitárias, levou-se em consideração o método proposto por Carrea (1937). Os dados foram analisados estatisticamente com a utilização dos testes Qui-Quadrado, Exato de Fischer e Razão de Verossimilhança (p=0,05). Resultados: Houve predominância de mulheres com faixa de idade de 19 a 22 anos (70,0%), leucoderma (83,3%), que fizeram uso de aparelho ortodôntico (83,3%) e negaram ter realizado qualquer tipo de cirurgia bucal (56,7%). O estudo identificou de sete a 18 rugas palatinas, com variados formatos. Conclusão: Houve maior incidência de rugas com direção em sentidos variados (tipo IV). A rugoscopia palatina não resultou em caracterizações com diferenças etárias, de ancestralidade e uso de aparelho ortodôntico. No entanto, verificou-se associação significativa entre o perfil rugoscópico das universitárias avaliadas e a realização de cirurgias bucais prévias.
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