Caracterização hidrogeomorfométrica da microbacia do rio Gavião, Amazônia Ocidental, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11844

Palavras-chave:

Geotecnologias; Características da paisagem; Planejamento ambiental; Manejo racional dos recursos naturais.

Resumo

As microbacias são unidades ideais para se obter as características da paisagem, e assim, planejar adequadamente a gestão dos recursos naturais em estabelecimentos agropecuários e áreas urbanas. O presente trabalho tem como objetivo realizar a caracterização da paisagem da microbacia do rio Gavião, localizada na Amazônia Ocidental, Brasil. Foram utilizados os softwares QGIS 2.10.1, Google Earth e TrackMaker Free, imagem altimétrica do satélite Alos (sensor Palsar) e equações disponíveis na literatura. A microbacia do rio Gavião tem área de 26,41 km2, perímetro de 32,41 km, forma alongada, altitudes de 207 a 300 m, predominância de relevos planos a ondulados, rede de drenagem de 21,25 km, padrão dendrítico de 3ª ordem, baixa densidade de nascentes, média densidade de drenagem, alto coeficiente de manutenção, canal principal muito reto e tempo de concentração de 2,74 h. Conclui-se que a microbacia tem potencial para o desenvolvimento de agropecuária, entretanto, é necessário adotar práticas de manejo conservacionista de solo e água, para mitigar os impactos da ação antrópica e garantir a conservação dos recursos hídricos.

Referências

Alvares, C. A, Stape, J. L., Sentelhas, P. C., Gonçalves, L. M. & Sparovek, G. (2014). Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22(6), 711-728. 10.1127/0941-2948/2013/0507

ASF - Alaska Satellite Facility (2017). Imagem altimétrica. https://www.asf.alaska.edu/

Beltrame, A. V. (1994). Diagnóstico do meio ambiente físico de bacias hidrográficas: modelo de aplicação. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina.

Bertoni, J., & Lombardi Neto, F. (2014). Conservação do solo. Editora Icone.

Blum, C. T., Roderjan, C. V. & Galvão, F. (2011). O clima e sua influência na distribuição da floresta ombrófila densa na Serra da Prata, Morretes, Paraná. Floresta, 41(3), 589-598. 10.5380/rf.v41i3.24052

Bourke, R. M. (2010). Altitudinal limits of 230 economic crop species in Papua New Guinea. In: Haberle, S. G., Stevenson, J., & Prebble, M. (eds). Altered Ecologies: Fire, Climate and Human Influence on Terrestrial Landscapes. Canberra: The Australian National University.

Cherem, L. F. S., Faria, S. D., Zancopé, M. H. C., Sordi, M. V., Nunes, E. D. & Rosa, L. E. (2020). Análise morfométrica em bacias hidrográficas. In. Magalhães Júnior, A.P. & Barros, L.F.P. Hidrogeomorfologia: formas, processos e registros sedimentares fluviais. Rio de Janeiro-RJ: Bertrand Brasil.

Christofoletti, A. (1980). Geomorfologia. (2a ed.), Edgard Blucher.

Fairfull, S., & Witheridge, G. (2003). Why do Fish Need to Cross the Road? Fish Passage Requirements for Waterway Crossings. NSW Fisheries.

Franca, R. R. (2015). Climatologia das chuvas em Rondônia – período 1981-2011. Revista Geografias, 11(1), 44-58. https://periodicos.ufmg.br/index.php/geografias/article/view/13392/10624

Hӧfig, P., & Araujo-Junior, C. F. (2015). Classes de declividade do terreno e potencial para mecanização no estado do Paraná. Coffee Science, 10(2), 195-203.

https://www.researchgate.net/publication/277597916_classes_de_declividade_do_terreno_e_potencial_para_mecanizacao_no_estado_do_parana

Horton, R. E. (1932). Drainage basin characteristics. Transactions, American Geophysical Union, 13(1), 350-361.

INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (2018). Acervo fundiário. http://acervofundiario.incra.gov.br/acervo/acv.php.

Lima Júnior, J. C., Vieira, W. L., Macêdo, K. G., Souza, S. A. & Nascimento, F. A. L. (2012). Determinação das características morfométricas da sub-bacia do Riacho Madeira Cortada, Quixelô, CE. VII Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação. Palmas-TO: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. p. 1-7.

Lepsch, I. F., Espindola, C. R., Vischi Filho, O. J., Hernani, L. C. & Siqueira, D. S. (2015). Manual para levantamento utilitário e classificação de terras no sistema de capacidade de uso. Viçosa-MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.

Lollo, J. A. (1995). O uso da técnica de avaliação do terreno no processo de elaboração do mapeamento geotécnico: sistematização e aplicação na quadrícula de Campinas. São Carlos: Universidade de São Paulo.

Moreira, M. A. (2001). Fundamentos do Sensoriamento Remoto e Metodologias de Aplicação. São José dos Campos-SP: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Moreto, R. F., Mira, S. F., Soares, G. S., Santos Junior, N. R. F., Cavalheiro, W. C. S, Vendruscolo, J., & Rosa, D. M. (2019). Características geométricas, topográficas e hidrográficas da microbacia do rio Enganado, região sul da Amazônia Ocidental. Revista Geográfica Venezolana, especial, 110-124. http://www.saber.ula.ve/handle/123456789/46159

Ribeiro, L., Koproski, L. P., Stolle, L., Lingnau, C., Soares, R. V. & Batista, A. C. (2008). Zoneamento de riscos de incêndios florestais para a Fazenda Experimental do Canguiri, Pinhais (PR). Floresta, 38(3), 561-572. 10.5380/rf.v38i3.12430

Romero, V., Formiga, K. T. M. & Marcuzzo, F.F.N. (2017). Estudo hidromorfológico de bacia hidrográfica urbana em Goiânia/GO. Ciência e Natura, 39(2), 320-340. 10.5902/2179460X26411

Pereira, M. F. C. & Kahil, S. P. (2010). A lógica corporativa do uso do Território em Rondônia: o agronegócio da soja na região de Vilhena. Revista de Geografia Agrária, 5(10), 288-311. http://www.seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/11991/8253

Pacheco, F. M. P., Vendruscolo, J., Ramos, F. H., Rodrigues, A. A. M., Cavalheiro, W. C. S., Hara, F. A. S., Rocha, K. J. & Silva, G. N. (2020). Caracterização hidrogeomorfométrica da microbacia do rio São Jorge, Rondônia, Brasil. Brazilian Journal of Development, 6(1), 4219-4236. 10.34117/bjdv6n1-301

Panza, M. R., Donegá, M. V. B., Pacheco, F. M. P., Nagao, E. O., Hara, F. A. S., Cavalheiro, W. C. S., & Vendruscolo, J. (2020). Características da paisagem para manejo dos recursos naturais na microbacia do Rio Jacuri, Amazônia Ocidental, Brasil. Brazilian Journal of Development, 6(12), 101532-101558. 10.34117/bjdv6n12-592

Parvis, M. (1950). Drainage pattern significance in airphoto identification of soils and bedrocks. Photogrammetric Engineering, 16, 387-408.

Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da Pesquisa Científica. Santa Maria-RS: Universidade Federal de Santa Maria. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1

Santos, A. M., & Mota, V. C. (2017). Análise espacial dos usos e da cobertura da terra no pantanal dos rios Guaporé e Mamoré/Rondônia. Revista Brasileira de Geomática, 5(3), 433-452. 10.3895/rbgeo.v5n3.5421

Santos, A. M., Targa, M. S., Batista, G. T. & Dias, N. W. (2012). Análise morfométrica das sub-bacias hidrográficas Perdizes e Fojo no município de Campos do Jordão, SP, Brasil. Revista Ambiente & Água, 7(3), 195-211. 10.4136/1980-993X

Santos, D. A. R. & Morais, F. (2012). Análise morfométrica da bacia hidrográfica do rio Lago Verde como subsídio à compartimentação do relevo da região de Lagoa da Confusão – TO. Revista Geonorte, 3(4), 617-629. https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/1975/1849

Santos, R. D., Lemos, R. C., Santos, H. G., Ker, J. C., Anjos, L. H. C. & Shimizu, S. H. (2013). Manual de descrição e coleta de solo no campo. Viçosa-MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.

Soares, G. S., Santos Junior, N. R. F., Lima, A. C. R., Bento, A. R., Vendruscolo, J. & Rosell, E. C. F. (2019a). Caracterização morfométrica da sub-bacia hidrográfica do rio Capitão Cardoso Tenente Marques, Rondônia, Brasil. Revista Geográfica Venezolana, especial, 28-39. http://www.saber.ula.ve/handle/123456789/46153

Soares, G. S., Santos Júnior, N. R. F., Mira, S. F., Moreto, R. F., Cavalheiro, W. C. S., Vendruscolo, J. & Rosa, D. M. (2019b). Uso de plataforma SIG na caracterização morfométrica da microbacia do rio Santa Teresinha, Amazônia Ocidental, Brasil. Revista Geográfica Venezolana, especial, 84-95. http://www.saber.ula.ve/handle/123456789/46157

Silva, Q. D. (2012). Mapeamento geomorfológico da Ilha do Maranhão. Presidente Prudente-SP: Universidade Estadual Paulista.

Targa, M. S., Batista, G. T., Diniz, H. D., Dias, N. W. & Matos, F. C. (2012). Urbanização e escoamento superficial na bacia hidrográfica do Igarapé Tucunduba, Belém, PA, Brasil. Revista Ambiente & Água, 7(2), 120-142. 10.4136/1980-993X

Tambosi, L., Vidal, M. M., Ferraz, S. F. B. & Metzger, J. P. (2015). Funções eco-hidrológicas das florestas nativas e o Código Florestal. Estudos Avançados, 29(84), 151-162. 10.1590/S0103-40142015000200010

Vendruscolo, J., Pacheco, F. M. P., Ramos, H. F., Cavalheiro, W. C. S. & Rodrigues, A. A. M. (2020a). Hidrogeomorfometria da microbacia Alto Rio Escondido: informações para auxiliar o manejo dos recursos naturais na Amazônia ocidental. Brazilian Journal of Development, 6(3), 9709-9730. 10.34117/bjdv6n3-011

Vendruscolo, J., Pacheco, F. M. P., Rodrigues, A. A. M., Ramos, H. F., Rosa, D. M. & Cavalheiro, W. C. S. (2020b). Características morfométricas da microbacia do Médio Rio Escondido, Amazônia Ocidental, Brasil. Brazilian Journal of Development, 6(1), 565-585. 10.34117/bjdv6n1-040

Villela, S. M., & Mattos, A. (1975). Hidrologia aplicada. McGraw-Hill.

Downloads

Publicado

25/01/2021

Como Citar

DONEGÁ, M. V. B.; SOUZA, T. W. S. de .; LIMA, M. M. de .; PANZA, M. R. .; PACHECO, F. M. P.; SARAIVA, J. G.; CAVALHEIRO, W. C. S.; VENDRUSCOLO, J. Caracterização hidrogeomorfométrica da microbacia do rio Gavião, Amazônia Ocidental, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e47910111844, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i1.11844. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11844. Acesso em: 5 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas