Resposta de pastagens de Megathyrsus maximus cv. Zuri à frequência de desfolhação
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v8i8.1185Palavras-chave:
composição química; folhas; matéria seca; senescênciaResumo
Com o objetivo de avaliar o efeito da frequência de desfolhação (14, 21, 28, 35, 42 e 49 dias) sobre a produção e composição química da forragem e características morfogênicas e estruturais de Megathyrsus maximus cv. Zuri foi conduzido um experimento em condições de campo em solos sob vegetação de cerrados em Roraima. A redução na frequência de desfolhação resultou em maiores rendimentos de matéria seca verde (MSV) e vigor de rebrota, contudo, implicou em decréscimos significativos dos teores de nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio. As taxas de aparecimento e expansão de folhas são inversamente proporcionais às frequências de desfolhação, ocorrendo o inverso quanto ao número de folhas vivas perfilho-1 (NFV), comprimento médio de folhas (CMF), índice de área foliar (IAF) e taxa de senescência foliar. Os maiores rendimentos de MSV, vigor de rebrota, NFV, CMF e IAF foram obtidos aos 40,3; 44,9; 36,9; 42,4 e 39,0 dias de rebrota, respectivamente. A frequência de desfolhação mais adequada para pastagens de M. maximus cv. Zuri, visando a conciliar produção, vigor de rebrota, qualidade e eficiência de utilização da forragem, renovação de tecidos e estrutura do dossel mais favorável ao pastejo, situa-se entre 35 e 42 dias.
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