Obtenção e caracterização físico-química de petit suisse prebiótico de búfala
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11856Palavras-chave:
Laticínios; Alimentos funcionais; Prebiótico; Bubalus bubalis; Kefir.Resumo
O objetivo desta pesquisa foi a elaboração e a caracterização físico-química de queijo petit suisse a partir de leite de búfala fermentado com kefir, utilizando-se inulina como substância prebiótica nas concentrações de 5% (F1), 10% (F2) e 15% (F3). Inicialmente, obteve-se a massa do queijo quark através da fermentação do leite de búfala pelo kefir, após dessorada e lavada, a massa foi processada com os demais ingredientes até total homogeneização. A caracterização físico-química foi realizada mediante a determinação dos teores de umidade, sólidos totais, cinzas, acidez total titulável em ácido lático, pH, açúcares redutores, não redutores e totais, e lipídeos. Os dados foram submetidos à análise de variância e a comparação de médias foi feita pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Verificou-se que a introdução de diferentes concentrações de inulina na formulação dos queijos não influenciou nos teores de cinzas, acidez titulável, pH e lipídeos, mas alterou os teores de umidade, sólidos totais e açúcares. De acordo com os resultados em geral, conclui-se que a Formulação 1, com 5% de inulina, é a mais indicada para o processamento do queijo petit suisse prebiótico de leite de búfala, devido a utilização de menor quantidade de matéria-prima prebiótica entre as amostras, que influencia diretamente no custo do produto final e, ainda assim, mantém a funcionalidade de um alimento prebiótico conforme a legislação vigente.
Referências
Alves, E. C., Soares, B. B., Almeida Neto, J. A. de, & Rodrigues, L. B. (2019). Strategies for reducing the environmental impacts of organic mozzarella cheese production. Journal Of Cleaner Production, 223, 226-237.
Berlese, M., Corazzin., M., & Bovolenta, S. (2019). Environmental sustainability assessment of buffalo mozzarella cheese production chain: a scenario analysis: A scenario analysis. Journal Of Cleaner Production, 238, 1-9.
Beltrao, F. A. S., Moura, C. V. R. de, Madruga, M. S., & Andrade, A. E. B. de, (2017). Avaliação do perfil de ácidos graxos de queijo tipo chevrotin simbiótico. Rev. Inst. Laticínios Cândido Tostes, 72 (1) 11-18.
Bligh, E. G., & Dyer, W. (1959). A rapid method of total lipid extraction and purfication. Canadian Journal of Blochemistry and Physlology, 7 (8), 911-917.
Cardarelli, H. R. (2006). Desenvolvimento de queijo petit-suisse simbiótico. 2006. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Costa, E. C., Romeiro, M. M., Candido, C. J., Santos, E. F. dos, & Novello, D. (2016). Queijo Petit Suisse com adição de inulina: análise físico-química e sensorial entre crianças. Uniabeu, 9 (22), 254 – 267.
Fidelis, J. C. F., Scapim, M. R. S., Tonon, L. A. C. T., Pozza, M. S. S., Pieretti, G. G., Antigo, J. L. D., & Madrona, G. S. (2014). Iogurte natural desnatado adicionado de inulina. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, 8 (2), 1478 – 1487.
Filbido, G. S., Siquieri, J. P. A., & Bacarji, A. G. (2019). Perfil do consumidor de alimentos lácteos funcionais em Cuiabá-MT. Revista Principia, (45), 31 – 39.
García-Burgos, M., Moreno-Fernández, J., Alférez, M. J.M., Díaz-Castro, J., & López-Aliaga, I. (2020). New perspectives in fermented dairy products and their health relevance. Journal Of Functional Foods, 72, 1-11.
Guimarães, J. T., Balthazar, C. F., Scudino, H., Pimentel, T. C., Esmerino, E. A., Ashokkumar, M., Freitas, M. Q., & Cruz, A. G. (2019). High-intensity ultrasound: A novel technology for the developmente of probiotic and prebiotic dairy products. Ultrasonic Sonochemistry, 57, 12-21.
Instituto Adolfo Lutz (2008). Métodos físico-químicos para análise de alimentos. IAL, 1020 p.
Matiello, E. R., Bueno, P. F., Badia, V., Polmann, G., Rigo, E., & Bagatini, L. (2016). Caracterização sensorial e físico-química do queijo tipo petit suisse elaborado a base de leite de ovelha com teor reduzido de lactose e diferentes concentrações de gordura e estabilizantes. Revista do Congresso Sul Brasileiro de Engenharia de Alimentos, 2 (1), 1 – 10.
Oliveira, A. C. de, Deola, A. R., & Elias R. P. (2013). Elaboração de petit suisse sabor morango adicionado de fibras e probiótico. Trabalho de conclusão de curso, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Medianeira, Paraná, Brasil.
Paixão, M. G., Ribeiro, O. A. S., Fonseca, R. L., Resende, C. P. A., Pinto, S. M., & Abreu, L. R. (2011). Caracterização fisico-química de queijos petit suisse comercializados na região de Lavras - MG e adequação dos rótulos quanto a legislação. Journal of Candido Tostes Dairy Institute, 66 (383), 5 – 12.
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UAB/NTE/UFSM.
Pinto, A. L. D., & Paiva, C. L. (2010). Desenvolvimento de uma massa funcional pronta para tortas utilizando o método de Desdobramento da Função Qualidade (QFD). Ciência e Tecnologia de Alimentos. Campinas, 30 (1), 36-43.
Prado, M. R., Blandón, L. M., Vandenberghe, L. P. S., Rodrigues, C., Castro, G. R., Thomaz-Soccol, V., & Soccol, C. R. (2015). Milk kefir: composition, microbial cultures, biological activities, and related products: composition, microbial cultures, biological activities, and related products. Frontiers In Microbiology, 6, 1-10.
Santos, K. A., Santos, E. F., Manhani, M. R., Sanches, F. L. F. Z., Ballard, C. R., & Novello, D. (2014). Avaliação das características sensoriais e físico-químicas de iogurte adicionado de inulina. Revista Uniabeu, 7 (15), 50 – 65.
Silva, L. M. R., Lima, A. S., Maia, G. A., Rodrigues, M. C. P., Figueiredo, R. W., & Sousa, P. H. M. (2011). Desenvolvimento de bebidas mistas à base de cajá (Spondias mombin l.) E caju (Anacardium occidentale) enriquecidas com frutooligossacarídeos e inulina. Archivos Latinoamericanos de Nutrición, 61 (2).
Sousa, P.B. (2014). Queijo petit-suisse de kefir sabor goiaba com inulina: elaboração e avaliação físico-química, microbiológica e sensorial. Dissertação de Mestrado, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Limoeiro do Norte, Ceará, Brasil.
Sousa, L. N., & Rapacci, M. (2010). Queijo petit suisse simbiótico fabricado com leite de búfala. XIII Seminário de Iniciação Científica da Pontfícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba.
Vargas, P. O., Correa, K. P., Condé, J. L., Martins, A. D. O., & Silva, F. J. M. (2017). Desenvolvimento de queijo petit suisse probiótico adicionado de farinha de chia. Brazilian Journal Of Food Research, 8 (3), 74 – 87.
Vieira, A. D. S., Santos, K. M. O., Barcelos, S. C. de, Oliveira, I. C., & Saad, S. M. I. (2014). Processamento artesanal de queijo caprino simbiótico tipo petit suisse. Comunicado Técnico, n.114, Embrapa, Sobral, Ceará, Brasil.
Yilmaz-Ersan, L., Ozcan, T., Akpınar, A., & Şahin, S. (2018). Comparison of antioxidant capacity of cow and ewe milk kefirs. Journal Of Dairy Science, 101 (5), 3788-3798.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Rebeca Morais Silva Santos; Thaisa Abrantes Souza Gusmão; Rennan Pereira de Gusmão; Ingrid Paloma Conrado Garrido ; Francisca Moisés de Sousa; Sandra Regina Dantas Baía; Mylena Olga Pessoa Melo; Larissa Monique de Sousa Rodrigues
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.