Postioplastia circunferencial para correção de fimose congênita em gato: Relato de Caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11882Palavras-chave:
Disúria; Felino; Jovem; Pênis; Prepúcio.Resumo
O objetivo do trabalho foi relatar a apresentação clínica e, a correção cirúrgica da fimose congênita em um gato jovem, por postioplastia circunferencial. Um gato, macho, sem raça definida, com quatro meses de vida, deu entrada no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, com queixa de disúria, polaciúria e polidipsia desde o nascimento, além de hematúria há um dia. No exame físico foi observada dermatite úmida em região escrotal, com presença de urina na cavidade prepucial, e, ao tentar-se a tração do pênis do paciente para a avaliação, foi identificado orifício prepucial com abertura insuficiente para a exposição. Diante do histórico, da idade do paciente e exame físico, fimose por estenose congênita do óstio prepucial foi sugerida como diagnóstico. O tratamento instituído foi a cirurgia de correção. Realizada uma incisão em forma de cunha na face craniodorsal do prepúcio com exérese de cerca de 3 mm, a mucosa da borda ipsilateral do prepúcio foi posicionada em padrão de sutura simples descontínua, utilizando fio não absorvível (monoylon) 5-0. Dez dias depois do procedimento, o animal estava urinando em jato, sem mais alterações. Desta forma, a realização da correção cirúrgica de fimose congênita em gatos, com a técnica de postioplastia circunferencial, é recomendada, pois há resolução das alterações clínicas. Além disso, foi evidente no presente trabalho, que o sucesso do prognóstico do paciente se deu devido ao conhecimento da fisiologia e a um exame clínico pediátrico eficiente.
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