Correlação entre as medidas objetiva e subjetiva do nível de atividade física em mulheres com incontinência urinária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.11943

Palavras-chave:

Monitores de atividade física; Questionários; Incontinência urinária.

Resumo

A incontinência urinária (IU) pode levar o indivíduo a abandonar atividades sociais e reduzir a atividade física, pois há receio da perda de urina acontecer em público. A medida do nível de atividade física pode ser feita de maneira objetiva, mais fidedigna, porém com maior custo ou de forma subjetiva, realizada em larga escala, porém com resultados são menos precisos. O objetivo do presente trabalho foi correlacionar as medidas objetiva e subjetiva do nível de atividade física em mulheres com incontinência urinária. Trata-se de um estudo transversal composto por mulheres com queixa de perda involuntária de urina que foram convidadas a preencher o questionário internacional de atividade física (IPAQ)- Versão curta e ao uso do monitor de movimento (Fitbit Charge 3) durante 7 dias, para avaliação das medidas subjetiva e objetiva. O estudo foi composto por 66 voluntárias, com idade 57,7±11,2 anos, índice de massa corporal (IMC) = 29,1±4,2 kg/m2 e 46,9% (n= 31) das participantes apresentaram IU de gravidade moderada. Não houve correlação entre as medidas objetiva e subjetiva nas atividades leves (r = 0,0219, p= 0,863), moderadas (r = 0,0331, p = 0,794) e vigorosas (r = 0,0072; p = 0,955). De acordo com os resultados, no grupo de mulheres com incontinência urinária, não há correlação entre as medidas objetivas e subjetivas do nível de atividade física.  

Referências

Benedetti T. R. B., Antunes, P.C., Rodriguez-Añez, C. R., Mazo, G. Z., & Petroski, E.L. (2007). Reprodutibilidade e validade do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) em homens idosos. Revista brasileira de medicina do esporte, 13(1), 11-16.

Bicalho, P. G., Hallal, P. C., Gazzinelli, A., Knuth, A. G., & Velásquez-Meléndez G. (2010). Atividade física e fatores associados em adultos de área rural em Minas Gerais, Brasil. Revista de saúde pública, 44(5), 884-893.

Bo, K. (1992). Stress urinary incontinence, physical activity and pelvic floor muscle strength training. Scandinavian Journal of Medicine & Science in sports, 2: 197-206.

Boon., R. M, Hamlin, M. J., Steel, G. D., & Ross JJ. (2010). Validation of the New Zealand Physical Activity Questionnaire (NZPAQ-LF) and the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ-LF) with accelerometry. British journal of sports medicine, 44(10), 741–746.

Cardoso, A., Lima, C., & Ferreira, C. (2018). Prevalence of urinary incontinence in high-impact sports athletes and their association with knowledge, attitude and practice about this dysfunction. European journal of sport science, 18(10), 1405–1412.

Carneiro, J. A., Ramos GCF, Barbosa ATF, Medeiros SM, Lima CA, Costa FM, & Caldeira, A. P. (2017). Prevalência e fatores associados à incontinência urinária em idosos não institucionalizados. Cadernos Saúde Coletiva, 25(3), 268-277.

Craig, C. L., Marshall, A. L., Sjöström, M., Bauman, A. E., Booth, M. L., Ainsworth, B. E., … Oja, P. (2003). International physical activity questionnaire: 12-country reliability and validity. Medicine and science in sports and exercise, 35(8), 1381–1395.

Dallanezi, G., Corrente, J. E., Freire, B. F., Mazeto, G. M. F. S. (2011). Concordância do International Physical Activity Questionnaire como pedômetro, em mulheres pós-menopausadas portadoras de Osteoporose. Revista brasileira de clinica médica, 9, 93-96.

Daly, D., Clarke, M., & Begley, C. (2018). Urinary incontinence in nulliparous women before and during pregnancy: prevalence, incidence, type, and risk factors. International urogynecology journal, 29(3), 353–362.

Del Duca, G. F., Nahas, M. V., Garcia, L. M., Mota, J., Hallal, P. C., & Peres, M. A. (2013). Prevalence and sociodemographic correlates of all domains of physical activity in Brazilian adults. Preventive medicine, 56(2), 99–102.

Dumith SC. (2009). Physical activity in Brazil:a systematic review. Cadernos de saúde pública, 25(Suppl. 3), S415-S426.

Gorman, E., Hanson, H. M., Yang, P. H., Khan, K. M., Liu-Ambrose, T., & Ashe, M. C. (2014). Accelerometry analysis of physical activity and sedentary behavior in older adults: a systematic review and data analysis. European review of aging and physical activity : official journal of the European Group for Research into Elderly and Physical Activity, 11(1), 35–49.

Hagströmer, M., Oja, P., & Sjöström, M. (2006). The International Physical Activity Questionnaire (IPAQ): a study of concurrent and construct validity. Public health nutrition, 9(6), 755–762.

Hallal, P. R. C., Dumith, S. C., Bastos, J. P., Reichert, F. F., Siqueira, F. V., & Azevedo, M.R. (2007). Evolução da pesquisa epidemiológica em atividade física no Brasil: revisão sistemática. Revista de saúde pública, 41(3), 453-460.

Langoni, C. S., Knorst, S., Lovatel, G. A., Leite, V. O., & Resende, T. L. (2014). Urinary incontinence in elderly women from Porto Alegre: its prevalence and relation to pelvic floor muscle function. Fisioterapia e pesquisa, 21(1), 74-80.

Macfarlane, D., Chan, A., & Cerin, E. (2011). Examining the validity and reliability of the Chinese version of the International Physical Activity Questionnaire, long form (IPAQ-LC). Public health nutrition, 14(3), 443–450.

Maddison, R., Ni Mhurchu, C., Jiang, Y., Vander Hoorn, S., Rodgers, A., Lawes, C. M., & Rush, E. (2007). International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) and New Zealand Physical Activity Questionnaire (NZPAQ): a doubly labelled water validation. The international journal of behavioral nutrition and physical activity, 4, 62.

Malta, D. C., Moura, E. C., Castro, A. M., Cruz, D. K. A, Morais Neto, O. L., & Monteiro, C. A. (2009). Padrão de atividade física em adultos brasileiros: resultados de um inquérito por entrevistas telefônicas, 2006. Epidemiologia e serviços de saúde, 18(1), 7-16.

Masue, T., Wada, K., Nagata, C., Deguchi, T., Hayashi, M., Takeda, N., & Yasuda, K. (2010). Lifestyle and health factors associated with stress urinary incontinence in Japanese women. Maturitas, 66(3), 305–309.

Matsudo, S. M. M. Araújo T, Matsudo V, Andrade D, Andrade E, Oliveira LC, et al. (2001). Questionário internacional de atividade física (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Revista brasileira de atividade física e saúde, 6(2), 5-18.

Monteiro, C. A., Conde, W. L., Matsudo, S. M., Matsudo, V. R., Bonseñor, I. M., & Lotufo, P. A. (2003). A descriptive epidemiology of leisure-time physical activity in Brazil, 1996-1997. Revista panamericana de salud publica = Pan American journal of public health, 14(4), 246–254.

Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Pereira, V. S., Santos, J. Y., Correia, G. N., & Driusso, P. (2011). Tradução e validação para a língua portuguesa de um questionário para avaliação da gravidade da incontinência urinária [Translation and validation into Portuguese of a questionnaire to evaluate the severity of urinary incontinence]. Revista brasileira de ginecologia e obstetricia : revista da Federacao Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetricia, 33(4), 182–187.

Pinggera, G. M., Mitterberger, M., Pallwein, L., Schuster, A., Herwig, R., Frauscher, F., Bartsch, G., & Strasser, H. (2008). alpha-Blockers improve chronic ischaemia of the lower urinary tract in patients with lower urinary tract symptoms. BJU international, 101(3), 319–324.

Salvador, E. P., Reis, R. S., Florindo, A. A. & Costa, E. F. (2009). A prática de caminhada como forma de deslocamento e sua associação com a percepção do ambiente em idosos. Revista brasileira de atividade física e saúde. 14(3), 197-205.

Sandvik, H., Hunskaar, S., Seim, A., Hermstad, R., Vanvik, A., & Bratt, H. (1993). Validation of a severity index in female urinary incontinence and its implementation in an epidemiological survey. Journal of epidemiology and community health, 47(6), 497–499.

Song, Y. F., Zhang, W. J., Song, J., & Xu, B. (2005). Prevalence and risk factors of urinary incontinence in Fuzhou Chinese women. Chinese medical journal, 118(11), 887–892.

Tamanini, J. T., Lebrão, M. L., Duarte, Y. A., Santos, J. L., & Laurenti, R. (2009). Analysis of the prevalence of and factors associated with urinary incontinence among elderly people in the Municipality of São Paulo, Brazil: SABE Study (Health, Wellbeing and Aging). Cadernos de saude publica, 25(8), 1756–1762.

Thomas, T. M., Plymat, K. R., Blannin, J., & Meade, T. W. (1980). Prevalence of urinary incontinence. British medical journal, 281(6250), 1243–1245.

Townsend, M. K., Danforth, K. N., Rosner, B., Curhan, G. C., Resnick, N. M., & Grodstein, F. (2008). Physical activity and incident urinary incontinence in middle-aged women. The Journal of urology, 179(3), 1012–1017.

Tudor-Locke, C., Craig, C. L., Thyfault, J. P., & Spence, J. C. (2013). A step-defined sedentary lifestyle index: <5000 steps/day. Applied physiology, nutrition, and metabolism = Physiologie appliquee, nutrition et metabolisme, 38(2), 100–114.

Zanchetta, L. M., Barros, M. B. A., César, C. L. G., Carandina, L., Goldbaum, M., & Alves, M. C. G. P. (2010). Inatividade física e fatores associados em adultos, São Paulo, Brasil. Revista bras de epidemiologia 13(3), 387-399.

Downloads

Publicado

06/02/2021

Como Citar

SILVA, G. M. C. da .; CARREIRO, P. B. P. .; LIMA, A. M. J. de . Correlação entre as medidas objetiva e subjetiva do nível de atividade física em mulheres com incontinência urinária. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e10410211943, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.11943. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11943. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde