Sustainability of cassava cultivation in indigenous communities of Brazilian Pantanal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.12070Palavras-chave:
Fitossociologia; Consórcios; Espécies espontâneas; Pantanal; Comunidades indígenas.Resumo
Objetivamos maximizar a produção de mandioca para subsistência em comunidades indígenas do Pantanal Brasileiro, e verificar sua sustentabilidade ecológica, introduzindo mudanças mínimas no modo de cultivo indígena usual. Para tanto, testamos consórcios de cultivos e fontes de fosfato, tendo como referência a Aldeia Indígena Babaçu, localizada em Miranda-MS, Brasil. O experimento envolveu o consórcio de mandioca com feijão-guandú (Cajanus cajan), feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) e milheto (Pennisetum americanum) e fonte de fertilizante fosfatado (inoculantes micorrízicos, P2O5 e sem fertilização / inóculo micorrízico). Amostras de solo foram coletadas para estudar o banco de sementes do solo de espécies espontâneas. Adotamos o método fitossociológico para avaliar o nível absoluto de infestação, sua composição densidade, frequência, dominância e valor de importância, e coeficientes de diversidade de Simpson e Shannon-Weiner, bem como a proporção de uniformidade de Shannon (um coeficiente de sustentabilidade) para todos os tratamentos. As áreas também foram agrupadas por similaridade de espécies. O cultivo de mandioca para subsistência em áreas indígenas também seleciona certas espécies espontâneas, e o manejo deve se concentrar em remover principalmente à mão aquelas estabelecidas na linha de cultivo; os danos à cultura podem ser maiores em anos de alto estresse abiótico. Não há efeito da fonte de suprimento de fosfato (P) no nível ou composição das espécies espontâneas. Há evidências claras de que o cultivo continuado de mandioca para subsistência em áreas indígenas do Pantanal brasileiro é sustentável ao longo do tempo, principalmente quando consorciado com outras espécies alimentares.
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