Escorpionismo em crianças e adolescentes: dados de uma unidade sentinela
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.12079Palavras-chave:
Saúde da Criança; Saúde do Adolescente; Picadas de Escorpião; Envenenamento; Epidemiologia.Resumo
Objetivo: analisar o perfil epidemiológico de acidentes escorpiônicos em crianças e adolescentes em um centro de assistência toxicológica e apresentar o comportamento temporal das ocorrências. Método: estudo transversal, retrospectivo, realizado no Centro de Controle de Intoxicações no Noroeste do Paraná. A amostra foi constituída por fichas de notificação de crianças e adolescentes atendidas no centro de referência de 2014 a 2018. Foram analisadas 78 fichas por meio de estatística descritiva e para análise de tendência foi utilizado o teste de Mann-Kendall. Resultados: A maioria dos casos acometeu crianças de até cinco anos e do sexo masculino; grande parte foi classificada como leve, e dois evoluíram à óbito. Houve crescimento de casos no período. Conclusão: há incidência maior em crianças menores de cinco anos, e também uma crescente no número de casos ao longo do período estudado, o que configura um sério problema de saúde pública no município estudado e região.
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