Por uma educação a favor da práxis: ação, educação e cultura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.12104

Palavras-chave:

Ação; Educação; Cultura; Práxis.

Resumo

O presente artigo traz algmas reflexões acerca da educação e da cultura, tendo como parâmetro a perspectiva crítica freireana. As reflexões que ora apresentamos giram em torno da coerência entre o dito e o feito (Práxis). Nosso objetivo é o de: Analisar as categorias freireanas Educação; Conscientização; Cultura e Cultura Popular atravessados pelo conceito de Práxis percebendo o pensar e o agir como práticas indissociaveis para os educadores de nosso tempo. A metodologia utilizada é a da revisão bibliográfica com ênfase na revisão narrativa de base qualitativa. Portanto, partimos do princípio de que a educação é um ato político, mas, também, de que todo ato político crítico necessita realizar reflexões acerca da realidade concreta, visto que esta não está dada de forma explícita. É preciso desvelá-la. Textos como este que aqui expomos visam estimular o processo de conscientização, posto que este só se concretiza na práxis. A temática que apresentamos é atual e necessária, conectando tempos que por vezes parecem longinquos, mas que na conjuntura atual se fazem pertinentes. Os resultados apontam que o revisitar das obras de Paulo Freire estão cada vez mais atuais e são possiveis de serem implementados na vida cotidiana do educador, defendemos ainda que Freire ao desenvolver o conceito de Práxis contribui fortemente para elucidar a lacuna entre o pensar e o agir e assim reconhecer a nossa condição de opressor/oprimido para que em algum momento possamos superá-la.

Biografia do Autor

Lucia Gomes Serpa, Universidade Federal da Paraíba; Universidade de São Paulo.

Formada em Interpretação Teatral pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), participou de grupos de teatro em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro e de espetáculos como Bailei na Curva (RS), Crônica da Cidade Pequena e Império da Cobiça, do grupo Tear (RS), O Menor Espetáculo da Terra e Show Colosso (RJ e SP) e O pequeno mago, do grupo XPTO (SP). Na área de Teatro-Educação, ministrou cursos e oficinas de teatro, desde 1984, em Porto Alegre, São Paulo e depois no estado da Paraíba, onde reside. Foi professora da Escola Livre de Teatro (SP) e da Escola-Teatro Célia Helena (SP) e, desde 2001, leciona e desenvolve pesquisa na Universidade Federal da Paraíba, sendo responsável pela criação do currículo do curso de Licenciatura em Teatro. Mestre em Educação pela UFPB, orientada pelo Prof. Dr. Charliton dos Santos Machado, atualmente é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, área de Pedagogia do Teatro, na ECA - USP, com orientação da Prof. Dra. Maria Thais Lima Santos.

Charliton José dos Santos Machado, Universidade Federal da Paraíba

Professor Titular da Universidade Federal da Paraíba/UFPB. Lotado no Departamento de Metodologia da Educação - DME no Centro de Educação/CE. É Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) PQ1-D.  Membro do Comitê de Assessoramento de Educação - CA-ED/CNPq.

Gabriel Alves do Nascimento, Universidade Federal da Paraíba

Mestrando do Programa de Pós-graduação em Educação pela Universidade Federal da Paraíba/UFPB. Graduado em Pedagogia com area de apronfudamento em Educação do Campo pela UFPB. Seus textos são publicados nos campos do Ensino, Educação, História da Educação, Imprenssa, Gênero, Instituições Escolares e Paradigma Indiciário.

Aline Rodrigues de Almeida, Universidade Federal da Paraíba

Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Educação da UFPB.  Graduada do curso de Pedagogia pela UFPB. Seus textos são publicados nos campos:  Educação Popular, Educação Enquanto Experiencia Comunitária e História da Educação.

Referências

Alves, R. (2003). Conversas sobre educação. Campinas/SP: Editora Verus.

Bogdan, R. C. & Biklen, S. K. (1999) Investigação qualitativa em educação: Uma introdução à teoria e aos métodos. Tradução de Maria João Alvarez, Sara Bahia dos Santos e Telmo Mourinho Baptista. Porto-Portugal: Porto. (Coleção Ciência da Educação).

Candau, V. M. (2000). Interculturalidade e educação escolar. In: CANDAU, V. M. (Org). Reinventar a escola. 4ª Edicão. Petrópolis/RJ: Vozes.

Fávero, O. (1983). AP/Cultura Popular. In: FÁVERO, O. (org.) AP/ Cultura Popular. In: Cultura Popular e a Educação Popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro: Edições Graal.

Forquim, J. C. (1993). Escola e cultura: as bases sociais epistemológicas do conhecimento escolar. Tradução de Guacira Lopes Louro. Porto Alegre: Artes Médicas.

Freire, P. (1970). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Freire, P. (1979). Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Freire, P. (1996). Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra.

Freire, P. (2015). Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Gadotti, M. (2000). Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Gramsci, A. (2004). Cadernos do cárcere. Vol. II. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. 3 ed. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira.

Gullar, F. (1983). Cultura Popular. In: Fávero, O. (org) Cultura Popular e a Educação Popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro: Edições Graal.

Konder, L. (1994). Flora Tristan: uma vida de mulher, uma paixão socialista. Rio de Janeiro: Relume Dumará.

Laraia, R. B. (1996). Cultura um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

Lovato, F. L., Silva, B. T., Lourega, L. V., Alves, D. K. C., & Muenchen, C. (2020). Análise da influência de Paulo Freire sobre as produções acadêmicas de pós-graduação da Universidade Federal de Santa Maria (2009-2018). Research, Society and Development, 9(2), e87922059. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2059

Manfredi, S. M. (1984). A educação popular no Brasil: uma releitura a partir de Antonio Gramsci. In: Bezerra, A & Brandão, C.R. (Orgs.) A questão política da Educação Popular. São Paulo: Brasiliense, 1984.

Martins, C. E. (1983). A questão da cultura popular. In: Fávero, O. (org) Cultura Popular e a Educação Popular: memória dos anos 60. Rio de Janeiro: Edições Graal.

Mattos, S. M., Alencar, O. M. de, Pereira, F. H. L., & Silva, M. R. F. da. (2020). Quando arte, ciência e política se encontram: uma reflexão sobre a experiência da “Vila dos poetas” como uma práxis Freireana. Research, Society and Development, 9(5), e147953322. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3322.

Muraro, R. M. & Boff, L. (2002). Feminino e masculino: uma nova consciência para o encontro das diferenças. Rio de Janeiro: Sextante.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM.

Santos, B. S. (1995). Subjetividade, cidadania e emancipação. In: Santos, B. S. (Org.) Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez.

Saviani, D. (2012). Pedagogia Histórico-Crítica. (Coleção educação contemporânea). 11 ed. Campinas: Autores Associados.

Scoguglia, A. C. (2003). A história das idéias de Paulo Freire e a atual crise dos paradigmas. João Pessoa: Editora Universitária.

Downloads

Publicado

30/01/2021

Como Citar

SERPA, L. G.; MACHADO, C. J. dos S.; NASCIMENTO, G. A. do; ALMEIDA, A. R. de. Por uma educação a favor da práxis: ação, educação e cultura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e54210112104, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i1.12104. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12104. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

v. 10 n. 1

Seção

Ciências Educacionais

Licença

Copyright (c) 2021 Lucia Gomes Serpa; Charliton José dos Santos Machado; Gabriel Alves do Nascimento; Aline Rodrigues de Almeida

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.