Via de parto: influência no teor de gorduras do colostro de nutrizes em maternidade do interior do Estado de São Paulo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12165

Palavras-chave:

Parto normal; Cesárea; Colostro; Amamentação.

Resumo

Objetivo: comparar o teor de gorduras do colostro em nutrizes com a via de parto e descrever as características gestacionais. Trata-se de um estudo transversal, no qual foram incluídas nutrizes que tiveram parto vaginal ou cesárea, atendidas em uma maternidade de Presidente Prudente de dezembro de 2017 a abril de 2018. A coleta foi realizada por ordenha manual entre 48 e 72 horas após o parto para a dosagem de gorduras pela técnica do crematócrito. Dados pessoais, comportamentais, obstétricos/ gestacionais foram coletados seguindo protocolo estabelecido para o estudo e análise dos prontuários médicos. Todas as nutrizes foram informadas quanto à finalidade da pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se teste t, ou teste Z ou teste de Mann-Whitney. Para todos os testes o nível de significância adotado foi de 5%. Foram descritos características sócios demográficos como idade materna estatisticamente inferior nas nutrizes que vivenciaram o parto vaginal (p<0,005), gestacionais e obstétricas e resultados perinatais dos recém-nascidos (RN) de parto vaginal e cesárea. A via de parto vaginal ou cesárea não influenciaram na composição do teor de gorduras do colostro.

Referências

Barroso Zimmermmann, J. Miranda Gomes, C., Soares Pinho Tavares, F., Guimarães Peixoto, I., Campos Vieira de Melo, P., & Fazzito de Rezende, D. (2008). Complicações puerperais associadas à via de parto. Revista Médica de Minas Gerais,19(2). http://rmmg.org/artigo/detalhes/459

Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes de atenção à gestante: a operação cesariana. Ministério da Saude. 2015; 1–101.

Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança: Nutrição infantil, aleitamento materno e alimentação complementar. Cadernos de Atenção Básica, Brasília, DF: Editora MS. 2009.

Belarmino, G. O. Moura, E. R. F., Oliveira, N. C. de, & Freitas, G. L. de. (2009). Risco nutricional entre gestantes adolescentes. Acta Paulista de Enfermagem, 22(2), 169–175. https://doi.org/10.1590/s0103-21002009000200009

Challis, J. R., Lockwood, C. J., Myatt, L., Norman, J. E., Strauss, J. F., III, & Petraglia, F. (2009). Inflammation and Pregnancy. Reproductive Sciences, 16(2), 206–215. https://doi.org/10.1177/1933719108329095

Dizdar, E. A., Sari, F. N., Degirmencioglu, H., Canpolat, F. E., Oguz, S. S., Uras, N., & Dilmen, U. (2013). Effect of mode of delivery on macronutrient content of breast milk. The Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine, 27(11), 1099–1102. https://doi.org/10.3109/14767058.2013.850486

Dourado AA, Sales MF, Alves RR, et al. (2014) Quantificação de proteínas e gorduras do colostro de mulheres com diferentes índices de massa corporal. Rev. Bras. Farm. 95 (1): 499 – 511, 2014.

Esteves, T. M. B., Daumas, R. P., Oliveira, M. I. C. de, Andrade, C. A. de F. de, & Leite, I. C. (2014). Factors associated to breastfeeding in the first hour of life: systematic review. Revista de Saúde Pública,48(4), 697–708. https://doi.org/10.1590/s0034-8910.2014048005278

Ferrari, D. V. de J., Polettini, J., de Moraes, L. L., de Campos, L. A., da Silva, M. G., Saeki, E. K., & Morceli, G. (2020). Profile of pro-inflammatory cytokines in colostrum of nursing mothers at the extremes of reproductive age. PLOS ONE,15(6), e0231882. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0231882

Fujimori, M., França, E. L., Fiorin, V., Morais, T. C., Honorio-França, A. C., & de Abreu, L. C. (2015). Changes in the biochemical and immunological components of serum and colostrum of overweight and obese mothers. BMC Pregnancy and Childbirth, 15(1). https://doi.org/10.1186/s12884-015-0574-4

Freire, Karina, Padilha, Patrícia de Carvalho, & Saunders, Cláudia.(2009). Fatores associados ao uso de álcool e cigarro na gestação. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 31(7), 335-341. https://doi.org/10.1590/S0100-72032009000700003

Gelaleti, R., Damasceno, D., Lima, P. H., Salvadori, D. M., Calderon, I. de M., Peraçoli, J., & Rudge, M. V. (2015). Oxidative DNA damage in diabetic and mild gestational hyperglycemic pregnant women. Diabetology & Metabolic Syndrome,7(1), 1. https://doi.org/10.1186/1758-5996-7-1

Granot, E., Ishay-Gigi, K., Malaach, L., & Flidel-Rimon, O. (2015). Is there a difference in breast milk fatty acid composition of mothers of preterm and term infants? The Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine, 29(5), 832–835. https://doi.org/10.3109/14767058.2015.1020785

Gregory, K., Jackson, S., Korst, L., & Fridman, M. (2011). Cesarean versus Vaginal Delivery: Whose Risks? Whose Benefits? American Journal of Perinatology, 29(01), 07–18. https://doi.org/10.1055/s-0031-1285829

Jaldin, M. da G. M., Pinheiro, F. S., Santos, A. M. dos, Muniz, N. C., & Brito, L. M. O. (2011). Crescimento do perímetro cefálico nos primeiros seis meses em crianças em aleitamento materno exclusivo. Revista Paulista de Pediatria, 29(4), 509–514. https://doi.org/10.1590/s0103-05822011000400007

Kamel, R. M. (2010). The onset of human parturition. Archives of Gynecology and Obstetrics, 281(6), 975–982. https://doi.org/10.1007/s00404-010-1365-9

Khodayar-Pardo, P., Mira-Pascual, L., Collado, M. C., & Martínez-Costa, C. (2014). Impact of lactation stage, gestational age and mode of delivery on breast milk microbiota. Journal of Perinatology, 34(8), 599–605. https://doi.org/10.1038/jp.2014.47

Knupp, V. M. de A. O., Melo, E. C. P., & Oliveira, R. B. de. (2008). Distribuição do parto vaginal e da cesariana no município do Rio de Janeiro no período de 2001 a 2004. Escola Anna Nery, 12(1), 39–44. https://doi.org/10.1590/s1414-81452008000100006

Kovács, A., Funke, S., Marosvolgyi, T., Burus, I., & Decsi, T. (2005). Fatty Acids in Early Human Milk after Preterm and Full-Term Delivery.Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, 41(4), 454–459. https://doi.org/10.1097/01.mpg.0000176181.66390.54

Leal, C. A. M., Schetinger, M. R. C., Leal, D. B. R., Morsch, V. M., da Silva, A. S., Rezer, J. F. P., de Bairros, A. V., & Jaques, J. A. dos S. (2011). Oxidative stress and antioxidant defenses in pregnant women. Redox Report, 16(6), 230–236. https://doi.org/10.1179/1351000211y.0000000013

Leguizamon Junior, T., Steffani, J. A., & Bonamigo, E. L. (2013). Escolha da via de parto: expectativa de gestantes e obstetras. Revista Bioética, 21(3), 509–517. https://doi.org/10.1590/s1983-80422013000300015

Liu, S., Liston, R. M., Joseph, K. S., Heaman, M., Sauve, R., & Kramer, M. S. (2007). Maternal mortality and severe morbidity associated with low-risk planned cesarean delivery versus planned vaginal delivery at term. Canadian Medical Association Journal, 176(4), 455–460. https://doi.org/10.1503/cmaj.060870

Lubetzky, R., Sever, O., Mimouni, F. B., & Mandel, D. (2015). Human Milk Macronutrients Content: Effect of Advanced Maternal Age. Breastfeeding Medicine, 10(9), 433–436. https://doi.org/10.1089/bfm.2015.0072

Lucas, A., Gibbs, J. A., Lyster, R. L., & Baum, J. D. (1978). Creamatocrit: simple clinical technique for estimating fat concentration and energy value of human milk. BMJ, 1(6119), 1018–1020. https://doi.org/10.1136/bmj.1.6119.1018

Mandarino, N. R., Chein, M. B. da C., Monteiro Júnior, F. das C., Brito, L. M. O., Lamy, Z. C., Nina, V. J. da S., Mochel, E. G., & Figueiredo Neto, J. A. de. (2009). Aspectos relacionados à escolha do tipo de parto: um estudo comparativo entre uma maternidade pública e outra privada, em São Luís, Maranhão, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 25(7), 1587–1596. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2009000700017

Moraes, L. L. de, Campos, L. D. A., Ferrari, D. V. de J., Saeki, E. K., Polettini, J., & Morceli, G. (2019). Impacto da idade materna na acidez do colostro de nutrizes em maternidade do interior do Estado de São Paulo. Journal of Human Growth and Development, 29(2), 153–160. https://doi.org/10.7322/jhgd.v29.9414

Morceli, G., França, E., Magalhães, V., Damasceno, D., Calderon, I., & Honorio-França, A. (2010). Diabetes induced immunological and biochemical changes in human colostrum. Acta Paediatrica,100(4), 550–556. https://doi.org/10.1111/j.1651-2227.2010.02070.x

Norman, J. E., Bollapragada, S., Yuan, M., & Nelson, S. M. (2007). Inflammatory pathways in the mechanism of parturition. BMC Pregnancy and Childbirth, 7(S1). https://doi.org/10.1186/1471-2393-7-s1-s7

Polkowski, M., Kuehnle, E., Schippert, C., Kundu, S., Hillemanns, P., & Staboulidou, I. (2017). Neonatal and Maternal Short-Term Outcome Parameters in Instrument-Assisted Vaginal Delivery Compared to Second Stage Cesarean Section in Labour: A Retrospective 11-Year Analysis. Gynecologic and Obstetric Investigation, 83(1), 90–98. https://doi.org/10.1159/000458524

Reti, N. G., Lappas, M., Riley, C., Wlodek, M. E., Permezel, M., Walker, S., & Rice, G. E. (2007). Why do membranes rupture at term? Evidence of increased cellular apoptosis in the supracervical fetal membranes. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 196(5), 484.e1-484.e10. https://doi.org/10.1016/j.ajog.2007.01.021

Sassá, A. H., Schmidt, K. T., Rodrigues, B. C., Ichisato, S. M. T., Higarashi, I. H., & Marcon, S. S. (2014). Bebês pré-termo: aleitamento materno e evolução ponderal. Revista Brasileira de Enfermagem, 67(4), 594–600. https://doi.org/10.1590/0034-7167.2014670415

Shynlova, O., Nedd-Roderique, T., Li, Y., Dorogin, A., & Lye, S. J. (2012). Myometrial immune cells contribute to term parturition, preterm labour and post-partum involution in mice. Journal of Cellular and Molecular Medicine, 17(1), 90–102. https://doi.org/10.1111/j.1582-4934.2012.01650.x

Şimşek, Y., Karabiyik, P., Polat, K., Duran, Z., & Polat, A. (2014). Mode of delivery changes oxidative and antioxidative properties of human milk: a prospective controlled clinical investigation. The Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine, 28(6), 734–738. https://doi.org/10.3109/14767058.2014.932345

Sinanoglou, V. J., Cavouras, D., Boutsikou, T., Briana, D. D., Lantzouraki, D. Z., Paliatsiou, S., Volaki, P., Bratakos, S., Malamitsi-Puchner, A., & Zoumpoulakis, P. (2017). Factors affecting human colostrum fatty acid profile: A case study. PLOS ONE, 12(4), e0175817. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0175817

Soares Pereira, A., Moreira Shitsuka, D., José Parreira, F., & Shitsuka, R. (2018). METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA (1st ed., Vol. 1). Núcleo de Tecnologia Educacional da Universidade Federal de Santa Maria . https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1

Tonini, E., Broll, A. M., & Corrêa, E. N. (2013). Avaliação do estado nutricional e hábito alimentar de funcionários de uma instituição de ensino superior do oeste de Santa Catarina. O Mundo Da Saúde, 37(3), 268–279. https://doi.org/10.15343/0104-7809.2013373268279

Wang, R., Wiemels, J. L., Metayer, C., Morimoto, L., Francis, S. S., Kadan-Lottick, N., DeWan, A. T., Zhang, Y., & Ma, X. (2016). Cesarean Section and Risk of Childhood Acute Lymphoblastic Leukemia in a Population-Based, Record-Linkage Study in California. American Journal of Epidemiology, 185(2), 96–105. https://doi.org/10.1093/aje/kww153

Weidle, W. G., Medeiros, C. R. G., Grave, M. T. Q., & Dal Bosco, S. M. (2014). Escolha da via de parto pela mulher: autonomia ou indução? Cadernos Saúde Coletiva, 22(1), 46–53. https://doi.org/10.1590/1414-462x201400010008

Downloads

Publicado

06/02/2021

Como Citar

CAMPOS , L. A. de; POLETTINI, J.; MORAES, L. L. de .; SILVA, B. D. M. da .; SAEK, E. K. .; FERRARI, D. V. de J. .; MORCELI, G. . Via de parto: influência no teor de gorduras do colostro de nutrizes em maternidade do interior do Estado de São Paulo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e10210212165, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12165. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12165. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde