A importância da videolaringoscopia na prática bucomaxilofacial associada a restrição de abertura bucal de pacientes traumatizados
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12178Palavras-chave:
Intubação; Trismo; Laringoscopia.Resumo
A intubação orotraqueal é considerada a manobra mais delicada realizada pelos anestesiologistas e a falha no manejo das vias aéreas é uma das principais causas de possíveis complicações que podem ser catastróficas durante a sua realização, sendo necessário portanto, um bom planejamento da equipe. Características anatômicas e/ou fisiológicas como por exemplo a limitação da abertura bucal, condição frequentemente encontrada em pacientes vítimas de fratura do arco zigomático ou que possuem alguma anormalidade na articulação temporomandibular (ATM), podem caracterizar uma via aérea difícil, o que demanda uma atenção maior do profissional. Sendo assim, a fim de superar os obstáculos que podem ocorrer durante uma intubação difícil ou inesperada, novas ferramentas vêm sendo utilizadas, como a videolaringoscopia na qual utiliza-se um dispositivo de intubação que contém câmeras de vídeo em miniatura com o objetivo de permitir que o operador tenha uma visão indireta da glote para aumentar as taxas de sucesso e diminuir o tempo de intubação. O objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico de um paciente vítima de trauma, com limitação de abertura bucal, submetido à intubação com o auxílio de um videolaringoscópio após tentativas falhas na realização da intubação convencional.
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