Levantamento epidemiológico da leptospirose caprina em dois biomas distintos do Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12242Palavras-chave:
Caatinga; Cerrado; Leptospira; Pequenos Ruminantes; Saúde Pública; Zoonoses.Resumo
A caprinocultura é uma atividade largamente explorada no Brasil, com efetivo de mais de 10 milhões de caprinos, sendo o Nordeste região de destaque, com 93,9% do rebanho nacional. Porém, ainda é uma região com grandes perdas causadas por manejo inadequado e ocorrência de enfermidades, dentre elas a leptospirose, doença da esfera reprodutiva que causa perdas produtivas e econômicas aos rebanhos. Dessa forma, objetivou-se determinar a soroprevalência, sorogrupos mais frequentes e os fatores associados à ocorrência da leptospirose em caprinos de estados com diferentes biomas no Nordeste brasileiro e geoespacializar a doença na região por meio da análise de questionários epidemiológicos e dados geográficos. As amostras foram submetidas ao teste de Soroaglutinação Microscópica (SAM) com ponto de corte 50. Além disso, dados geográficos foram analisados para construção de mapas com caracterização epidemiológica da leptospirose nos estados. A frequência de soropositivos foi de 19,93% (119/597), sendo 18,92% (35/185) no estado de Alagoas e 20,38% (84/412) no Maranhão. Os sorogrupos mais frequentas para os estados foram Autumnalis (31,09%) e Icterohaemorrhagiae (25,21%). Segregando os resultados, foi possível observar a maior frequência do sorogrupo Autumnalis (42,86%) e Icterohaemorrhagiae (28,57%) no estado de Alagoas, bioma caatinga, e Autumnalis (26,19%) e Icterohaemorrhagiae (23,81%) no estado do Maranhão, bioma do cerrado. Constatou-se que a Leptospira sp. está presente nos estados analisados, tanto no bioma Caatinga quanto no Cerrado, estando presente em áreas de características diversificadas quanto a vegetação e clima, o que gera alerta para os cuidados preventivos em relação a doença.
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