Ensino direcionado às crianças disléxicas: entraves normativos e reflexões atuais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12244Palavras-chave:
Dyslexia; Teacher training; Teaching.Resumo
Objetivou-se com este estudo identificar elementos relativos aos aspectos didático-metodológicos utilizados pelo docente aos alunos disléxicos, envolvendo a formação inicial e continuada dos docentes, experiência no ensino, capacitação realizada na área de dislexia, recursos utilizados na aula e sugestões de atividades. A dislexia é considerada um Transtorno Específico de Aprendizagem, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria. Tratou-se de uma pesquisa de campo voltada para docentes do ensino fundamental de escolas públicas da cidade de João Pessoa, na Paraíba. Participaram, portanto, 78 docentes, os quais responderam às dez perguntas do questionário aplicado, via google forms. 90% possuem cursos lato sensu, enquanto 10% strictu sensu. 75% trabalham há mais de dez anos como professor, 15% entre um a cinco anos e 10% menos de um ano. 25% asseguraram que nunca estudou sobre dislexia, 55% que o assunto foi pouco explorado, 15% acreditam que estudou de maneira regular, e, por fim, 5% julgam que a temática foi explorada significativamente. 23% responderam que não se sentem capazes de lidarem com disléxicos, 28% afirmaram que sim e 49% assinalaram que talvez. 65% afirmaram que já fizeram uso de atividades variadas, para aplicar aos sujeitos com dislexia e 35% asseguraram que não. Assim como ocorre em outras profissões, o docente precisa se capacitar constantemente, para lidar com os obstáculos encontrados na sua jornada de trabalho, pois lecionar exige preparo, motivação e formação adequada. Logo, lidar com crianças disléxicas exige uma formação inicial ou continuada direcionada para esses sujeitos.
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