Transição demográfica em duas regiões do sul do Brasil: casos do Corede Celeiro e AMEOSC

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12271

Palavras-chave:

Comportamento Demográfico; Fecundidade; Envelhecimento; Migrações.

Resumo

Este artigo investiga o comportamento demográfico de duas regiões do sul do Brasil: a do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede Celeiro), no Rio Grande do Sul e a Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (AMEOSC), nos anos de 2000 e 2010. O estudo desdobra-se em três temáticas: a fecundidade, o envelhecimento e o padrão migratório. A intenção é verificar como está ocorrendo o processo de transição demográfica estabelecendo um comparativo entre as regiões e identificando possibilidades de ações para minimizar os efeitos dessa nova dinâmica. A pesquisa, que possui metodologia qualitativa, é de natureza descritivo-exploratória. Considerando que no ano de 2020 não houve a realização do Censo Demográfico em decorrência do novo Coronavírus, para o estudo foram utilizados os dados oriundos dos últimos dois Censos do IBGE, além de pesquisas anteriores sobre tais regiões. Como resultados, observou-se que a região Corede Celeiro teve uma perda populacional significativa, principalmente no quantitativo de crianças e de População Economicamente Ativa (PEA); já o segmento idoso aumentou, sinalizando um avançado processo de transição demográfica. Na região AMEOSC houve um aumento no número de habitantes, redução na fecundidade e crescimento no contingente de idosos, demonstrando também passar por um processo de transição demográfica, porém ainda mais intenso que a região Celeira. Verificou-se também uma significativa troca de população, fato que ressalta a relevância que a proximidade geográfica possui para o desenvolvimento regional.

Biografia do Autor

Larissa Zanela Mendes, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Desenvolvimento Regional na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul e bolsista PROSUC/CAPES. Mestra em Políticas Públicas e graduada em Ciências Sociais - Ciência Política pela Universidade Federal do Pampa.

Thais Zanela Mendes, Universidade Federal do Pampa

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Especialista em Intensivismo, Urgência e Emergência pelo Programa de Residência Multiprofissional do Hospital Santa Cruz/APESC-UNISC (Santa Cruz do Sul, RS). Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do Pampa - Mestrado Profissional.

Airton Adelar Mueller, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Professor e pesquisador no Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Doutor em Sociologia pela Freie Universität Berlin. Mestre em Desenvolvimento Regional e graduado em Estudos Sociais/História pela Universidade de Santa Cruz do Sul.

Nelson José Thesing, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Professor e pesquisador no Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Doutor em Integração Regional pela Universidade Federal de Pelotas, especialista em Administração e graduado em Filosofia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.    

Romualdo Kohler, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Professor e pesquisador no Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Doutor em Administração pela Universidad Nacional de Misiones, mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Santa Cruz do Sul. Especialista em Teoria Econômica e Desenvolvimento Regional, graduado em Ciências Econômicas e Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de Cruz Alta. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Referências

Albuquerque, F. R. P. C. & Silva, L. G. C. Tendências dos níveis e padrões de mortalidade e seus diferenciais regionais no período 2000-2030: Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. In Ervatti, L., Borges, G., Jardim, A. (Orgs.) (2015). Mudança demográfica no Brasil no início do século XXI: subsídios para as projeções da população. Rio de Janeiro: IBGE.

AMEOSC (2019). Portal oficial da Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina. Retrieved from https://www.ameosc.org.br/.

Bandeira, M. D., Zuanazzi, P. T., Agranonik, M. & Souza, V. R. Uma análise do fluxo migratório no Rio Grande do Sul e suas mesorregiões. In Lou, I. A. C. & Magalhães, M. V. (Orgs.) (2014). Migrações internas nos decênios 1990 e 2000 em unidades da Federação selecionadas: mudanças e continuidades. Salvador: SEI.

Borges, G. M. & Silva, L. O. Fontes de dados de fecundidade no Brasil: características, vantagens e limitações. In Ervatti, L., Borges, G. & Jardim, A. (Orgs.) (2015). Mudança demográfica no Brasil no início do século XXI: subsídios para as projeções da população. Rio de Janeiro: IBGE.

Brasil, Ministério do Desenvolvimento Social (2018). Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa. Documento técnico. Brasília/DF: Ministério do Desenvolvimento Social. Retrieved from https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/Brasil_Amigo_Pesso_Idosa/Documento_Tecnico_Brasil_Amigo_Pessoa_Idosa.pdf.

Campos, M. B. & Borges, G. M. Projeção de níveis e padrões de fecundidade no Brasil. In Ervatti, L., Borges, G. & Jardim, A. (Orgs.) (2015). Mudança demográfica no Brasil no início do século XXI: subsídios para as projeções da população. Rio de Janeiro: IBGE.

Carneiro, L. A. F., Campino, A. C. C., Leite, F., Rodrigues, C. G., Santos, G. M. M. & Silva, A. R. A. (2013). Envelhecimento populacional e os desafios para o sistema de saúde brasileiro. São Paulo: Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Cervo, A. L. (2007). Metodologia científica. (6a ed), São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Costa, A. E. K., Pissaia, L. F., Ferla, N. J., Moccelin, J. M., Rehfeldt, M. J. H. & Moreschi, C. (2018). Envelhecimento humano: reflexões a partir do diário de campo de um pesquisador. Research, Society and Development, 7(1), 01-10, e1571189. DOI: http://dx.doi.org/10.17648/rsd-v7i1.106

Deschamps, M. V. Migração em Santa Catarina: espaço atrativo no Sul do país. In Lou, I. A. C. & Magalhães, M. V. (Orgs.) (2014). Migrações internas nos decênios 1990 e 2000 em unidades da Federação selecionadas: mudanças e continuidades. Salvador: SEI.

Ervatti, L., Borges, G. & Jardim, A. (Orgs.) (2015). Mudança demográfica no Brasil no início do século XXI: subsídios para as projeções da população. Rio de Janeiro: IBGE.

Ferreira, R. S. A., Costa, L. C. P., Robustelle, M. M. S. O., Ferst, M. C. & Guerreiro, R. L. S. (2020). Mutações demográficas: considerações relacionadas ao crescimento da população idosa nas mesorregiões do Estado do Amazonas. Research, Society and Development, 9(11), 1-15, e63691110326. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10326

Gil, A. C. (2012). Métodos e técnicas de pesquisa social. (6a ed), São Paulo: Atlas.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2000). Censo demográfico do ano de 2000. Retrieved from http://www.ibge.gov.br/.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). Censo demográfico do ano de 2010. Retrieved from http://www.ibge.gov.br/.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2018). Projeção da população por sexo e idade: indicadores implícitos na projeção 2010-2060. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Retrieved from http://www.ibge.gov.br/.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1990). Divisão do Brasil em Mesorregiões e Microrregiões Geográficas, 1. Rio de Janeiro: Fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE). Diretoria de Geociências (DGC) e Departamento de Geografia (DEGEO).

Jardim, A. P. & Ervatti, L. R. Migração Interna na primeira década do século XXI: subsídios para as projeções. In Ervatti, L., Borges, G. & Jardim, A. (Orgs.) (2015). Mudança demográfica no Brasil no início do século XXI: subsídios para as projeções da população. Rio de Janeiro: IBGE.

Marconi, M. A. & Lakatos, E. M. (2012). Metodologia do Trabalho Científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliografia, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. (7a ed), São Paulo, Atlas.

Oliveira, S. L. (1997). Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisa. São Paulo: Pioneira.

Oliveira, A. T. R. (2016). Envelhecimento populacional e políticas públicas: desafios para o Brasil no século XXI. Espaço e Economia: Revista Brasileira de Geografia Econômica, (8), 1-21.

ONU, Organização das Nações Unidas (2011). World Population Prospects: the 2010 revision. New York: Unites Nations.

Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F.J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da Pesquisa Científica. [E-book]. Santa Maria, RS: UFSM, NTE. Retrieved from https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Portal do Envelhecimento (2018). As cidades mais envelhecidas do Brasil. Retrieved from https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/as-cidades-mais-envelhecidas-do-brasil/.

Simões, C. C. S. (2016). Relações entre as alterações históricas na dinâmica demográfica brasileira e os impactos decorrentes do processo de envelhecimento da população. Rio de Janeiro: IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Retrieved from https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=298579.

Tomé, A. M. & Formiga, N. S. (2020). Teorias e perspectivas sobre o envelhecimento: conceitos e reflexões. Research, Society and Development, 9(7), 1-28, e874974589. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i7.4589

Downloads

Publicado

04/02/2021

Como Citar

MENDES, L. Z.; MENDES, T. Z.; MUELLER, A. A.; THESING, N. J.; KOHLER, R. Transição demográfica em duas regiões do sul do Brasil: casos do Corede Celeiro e AMEOSC . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e6010212271, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12271. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12271. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais