Tarifa de energia elétrica e desenvolvimento sustentável paraense

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12275

Palavras-chave:

Eletricidade; Desenvolvimento; Qualidade de vida.

Resumo

O propósito desta investigação é examinar os elementos contribuintes às altas tarifas residenciais cobradas pela energia elétrica no estado do Pará e relacionar a contribuição destas tarifas ao processo de desenvolvimento daquele estado. Os procedimentos metodológicos se apoiaram em uma pesquisa bibliográfica e documental junto às tarifas residenciais praticadas pela eletricidade aos paraenses. O estudo constatou que os elementos tributos e encargos constituem-se como os que favorecem significativamente às altas tarifas cobradas não apenas no Pará, mas também nas demais unidades da federação do país. A investigação também indicou fatores agravantes ao valor tarifário praticado no estado paraense, como: dispersão territorial dos habitantes, dificuldade financeira da concessionária de energia elétrica paraense, erros do governo nos planos de expansão do setor de energia elétrica no estado e o consumo intensivo de eletricidade por parte de indústrias minerais. No tocante a dinâmica de desenvolvimento, verificou-se que as tarifas poderiam favorecer no momento em que pudessem proporcionar condições aos usuários de viabilizar novos negócios e melhorar a qualidade de vida, todavia, o que ocorre é uma sustentação de subsídios a organizações energointensivas e a prática de programas ineficientes junto a faixa mais baixa de renda dos usuários residenciais paraenses.

Biografia do Autor

Fabricio Quadros Borges, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará

Programa de Mestrado e Doutorado em Administração

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Publicado

01/02/2021

Como Citar

BORGES, F. Q. Tarifa de energia elétrica e desenvolvimento sustentável paraense. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p. e7210212275, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i2.12275. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12275. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais