A teoria da dependência e o papel das organizações econômicas educacionais: reflexos nos ambientes educacionais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12391Palavras-chave:
Reforma Educacional; Standartização do Ensino; Policy Makers; Think tanks.Resumo
O ensaio teórico tem como objetivo apresentar o papel da Teoria da Dependência e seus reflexos no processo de construção sociocultural brasileira. Reflete, também, sobre o papel das organizações econômicas educacionais e sua influência na política educacional brasileira, bem como as ações dos reformadores empresariais e a standartização do ensino. Do ponto de vista metodológico, este ensaio foi constituído a partir de uma abordagem qualitativa, produzido por meio de pesquisa bibliográfica e análise documental. Para dar materialidade à este ensaio teórico privilegiou-se, nas leituras, os seguintes autores: Araújo e Frigotto (2015), Moura, Leite e Ribeiro (2015), Neves e Pronko (2008), Oriques (1995) entre outros. Considera-se que, no momento atual da política educacional brasileira, temos as organizações econômicas educacionais que escondem os seus reais propósitos de criação. Difundem ideais de promoção de uma educação para todos, ofertada de forma linear, estratificada, estaticamente criada, formulada para atender públicos específicos. A preocupação latente de grandes bancos mundiais em se inserir no mercado educacional é visualizado com bastante preocupação por partes das instituições de ensino e seu quadro docente. O financiamento atrelado ao atendimento de quesitos, de metas a serem alcançadas, revelam uma tendência de base eminentemente ideológica: a servidão para o mercado.
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