O papel do enfermeiro frente a casos de morte encefálica e doação de órgãos e tecidos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i2.12422Palavras-chave:
Morte encefálica; Obtenção de tecidos e órgãos; Cuidados de Enfermagem; Tomada de decisão; Família.Resumo
Objetivo: Descrever o desempenho do enfermeiro no processo de morte encefálica e na doação de órgãos e tecidos. Método: Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura com abordagem qualitativa exploratória voltada para atuação do enfermeiro em casos de morte encefálica e doação de órgãos. Resultados: Foram selecionados 14 artigos de acordo com o tema, após a interpretação foram divididos em duas categorias: a conduta da enfermagem frente ao possível doador com morte encefálica e diante a família dos pacientes com morte encefálica. Conclusão: O enfermeiro se apresenta como um otimizador de todo o processo de doação de órgãos e tecidos, ademais de ter um papel importante na busca ativa e na manutenção de pacientes com morte encefálica, além de se articular com os familiares na tentativa de obter uma decisão favorável à doação. A entrevista de enfermagem mostrou-se como um instrumento preditor que, se direcionado de maneira efetiva e humanizada, é capaz de evitar uma recusa familiar na tomada de decisão frente à doação.
Referências
Almeida, E. C., Bueno, S. M. V. & Baldissera, V. D. A. (2014). A abordagem dialógica para a formação ética do enfermeiro no processo de doação de órgãos. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama. 18(1): 19-22.
Alves, M. P., Rodrigues, F. S. R., Cunha, K. S., Higashi, G. D. C., Nascimento, E. R. P. & Erdmann, A. L. (2019). Processo de morte encefálica: Significado para enfermeiros de uma unidade de terapia intensiva. Rev Baiana Enferm. 33:e28033
Aranda, R. S., Zillmer, J. G. V., Gonçalves, K. D., Porto, A. R., Soares, E. R. & Geppert, A. K. (2018). Perfil e motivos de negativas de familiares para doação de órgãos e tecidos para transplante. Rev. Baiana Enferm.32:e27560.
Araújo, M. N., & Massarollo, M. C. K. B. (2014). Conflitos éticos vivenciados por enfermeiros no processo de doação de órgãos. Acta Paulista de Enfermagem. 27(3): 215-220. https://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201400037
Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Registro Brasileiro de Transplantes. (2019). Dados Numéricos da doação de órgãos e transplantes realizados por estado e instituição no período: janeiro / junho– 2019. São Paulo: ABTO.
Bonetti, C., Boes, A., Lazzari, D., Busana, J., Maestri, E. & Bresolin, P. (2017). Organ and tissue donation and reasons for its non-realization. Journal of Nursing UFPE on line. 11(9): 3533-3541.
Brasil. Lei nº 10.211, de 23 de março de 2001. Altera dispositivos da Lei nº 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. Diário Oficial da União. Brasília.
Conselho Federal de Medicina (BR). (1997). Resolução CFM no 1.480, de 8 de agosto de 1997. Dispõe sobre a caracterização de morte encefálica. Brasília: CFM.
Conselho Regional de Enfermagem (BR). (2004). Resolução nº 292 de 07 de junho de 2004. Rio de Janeiro: CRE.
Conselho Federal de Enfermagem (BR). (2009). Resolução nº358 de 15 de outubro de 2009. Brasília: CFE.
Correia, W. L. B., Alencar, S. E. M., Coutinho, D. T. R., Gondim, M. M., Almeida, P. C. & Freitas, M. C. (2018). Potencial doador cadáver: Causas da não doação de órgãos. Enfermagem em Foco. 9(3): 30-34.
Costa, C. R., Costa, L. P., & Aguiar, N. (2016). A enfermagem e o paciente em morte encefálica na UTI. Revista Bioética. 24(2): 368-373.
Costa, I. F., Mourão Netto, J. J., Brito, M. C. C., Goyanna, N. F., Santos, T. C. & Santos, S. S. (2017). Fragilidades na atenção ao potencial doador de órgãos: percepção de enfermeiros. Revista Bioética. 25(1): 130-137.
Costa, N., Oliveira, L., Santos, A., Leal, H. & Sousa T. (2018). Manejo de pacientes em morte encefálica. Journal of Nursing UFPE on line. 12(4): 953961.
Gomes, N. L., Faleiros, R. N., Anna, R. S. & Chieratto, C. L. D. (2014). Perfil das notificações das comissões intra-hospitalares de transplante de órgãos e tecidos em hospitais escola do interior de São Paulo. Cuidarte. Enferm. 8(2): 95-101.
Magalhães, A. L. P., Erdmann, A. L., Sousa, F. G. M., Lanzoni, G. M. M., Silva, E. L. & Mello, A. L. S. F. (2018). Significados do cuidado de enfermagem ao paciente em morte encefálica potencial doador. Revista Gaúcha de Enfermagem. 39: e2017-0274.
Ministério da Saúde (BR). (2019). Comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplante. Brasília.
Moraes, E. L., Neves, F. F., Santos, M. J., Merighi, M. A. B. & Massarollo, M. C. K. B. (2015). Experiências e expectativas de enfermeiros no cuidado ao doador de órgãos e à sua família. Rev. Esc. Enferm. USP. 49(spe2): 129-135.
Moraes Filho, I. M., Carvalho Filha, F. S. S. & Viana, L. M. M. (2019). O que é ser enfermeiro? Revista De Iniciação Científica E Extensão. 2(2), 69-70.
Moreira, R. J. M., Pereira, M. C. & Rodrigues, R. J. M. (2019). Atuação do enfermeiro na doação e transplantes de órgãos e tecidos. Revista JRG de Estudos Acadêmicos. 2(5): 348-359.
Oliveira, M. J. R. L. & Morais Júnior, S. L. A. (2018). O enfermeiro x potencial doador de órgãos: Conceitos relacionados à religião. Revista Nursing. 21(241): 2218-2222.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. 1ed. Ed: UAB/NTE/UFSM. Santa Maria (RS).
Resende, L. B. & Moraes Filho, I. M. (2020). Câncer em idosos: revisão narrativa das dificuldades na aceitação da doença e no tratamento. Revista JRG Estudos Acadêmicos. 3(6); 159–169.
Rossato, G. C., Girardon-Perlini, N. M. O., Begnini, D., Beuter, M., Camponogara, S. & Flores, C. L. (2017). Doar ou não doar: a visão de familiares frente à doação de órgãos. Rev. Min. Enferm. 21: e-1056.
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem. 20(2), v-vi.
Santos, J. I. R., Santos, A. D. B., Lira, G. G. & Moura, L. T. R. (2019). Percepção de familiares sobre a doação de órgãos e tecidos. Rev enferm UFPE online. 13(3): 578-86.
Silva, T., Alves, M., Braz, P., & Carbogim, F. (2018). Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante: vivência dos enfermeiros. Revista Enfermagem UERJ. 26: e34120.
Silva, T. R. B., Nogueira, M. A. & Sá, A. M. M. (2016). Conhecimento da equipe de enfermagem acerca dos cuidados como potencial doador em morte encefálica. Rev. Enferm UFPI. 5(4): 24-30.
Souza, T. V., Macedo, C. S., Fidelis, A., Bezerra, M. L. R., Carvalho Filha, F. S., Pereira M. C., Silva R. C., Reis, M. A., Gondim, M. C. & Moraes Filho I. M. (2020). Modelos teóricos utilizados por enfermeiros para avaliação da família: reflexão teórica. Revista Eletrônica Acervo Saúde. 12(4): e2614.
Tolfo, F., Camponogara, S., Montesinos, M. J. L., Siqueira, H. C. H., Scarton, J. & Beck, C. L. C. (2018). La inserción del enfermero en la comisión intrahospitalaria de donación de órganos y tejidos. Enfermería Global. 17(2), 185-223.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Loyane Barbosa dos Santos Furtado; Iel Marciano de Moraes Filho; Thais Vilela de Sousa; Jéssica Guimarães Rodrigues de Roure; Thaís Pereira Lima; Aline Aparecida Arantes; Reginaldo Martins da Silva; Mayara Cândida Pereira; Francidalma Soares Sousa Carvalho Filha
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.